01/07/2017
Senhor Presidente da Associação de Escritores Moçambicanos na Diáspora, senhores membros da Direção, minhas senhoras e meus senhores e todos os convidados aqui presentes.
É para mim uma grande honra, o meu trabalho ser reconhecido pela Associação de Escritores Moçambicanos na diáspora.
As obras, livros e artigos da minha autoria que publico e divulgo, não são um grito de revolta, são antes sim a ânsia pela liberdade do meu povo e da minha terra, subjugada por um bando de criminosos, rotulados de “FRELIMO”, que a coberto de um Movimento de Libertação de Moçambique, domina, rouba, explora e vende as riquezas do meu belo País, brutaliza e mata o seu povo por ódio tribalista, por falta de cuidados de saúde, doenças, fome e miséria.
Desde os tempos em que me apercebi, da necessidade de combater o verdadeiro colonialismo e hoje, esse neocolonialismo, praticado pelos meus irmãos, que como eu emanaram desse movimento de Libertação, à medida que a luta se foi desenvolvendo e os ideais iniciais que a originaram, foram sendo esquecidos e substituídos por interesses estranhos e particulares, levados pela ganância pelo poder e a todo o custo, semeando a morte entre irmãos, que comungavam e lutavam pelos mesmos ideais, levaram-me pelas circunstâncias que relato, a agir e a formar-me como homem livre e lutador, como me apresento.
Foram dez anos de luta pela Independência Nacional, que dediquei a minha juventude, o meu afastamento do lar e dos meus amigos, para ir lutar pela liberdade do meu País, Moçambique. Estive presente nessa luta, desde o dia 25 de setembro de 1964, o início da luta armada entre os guerrilheiros da Frente de Libertação de Moçambique “FRELIMO” contra exército Português.
A luta fracassou na frente Zambeziana, fomos evacuados para o Tanganica e ali submetidos a treinos militares intensivos para mais tarde, já como militar, ser incluído num pequeno grupo, da guarnição da residência do primeiro Presidente da Frelimo, Dr. Eduardo Mondlane, em Oster-bay Dar-és-salaam Tanganica na altura.
Terminada a missão, fui selecionado para uma outra, desta feita, clandestina na República da Zâmbia, em 1966.
Na madrugada do dia 08 de março de 1968, eu já como comandante de uma unidade da guerrilha, que reiniciei o combate de libertação, no Posto Administrativo de Gago Coutinho, conhecido por “MALEWERA”, onde fui gravemente ferido e evacuado para o exterior de Moçambique.
Terminado o tratamento e a convalescença, regressei novamente à Província de Tete, onde comandei a Base Central, hoje batizada, por Base KASSUENDE, onde exerci outras funções de comando, relacionadas com a guerra da guerrilha naquela frente.
Em agosto de 1969, fui para Nachingwea estagiar e no ano seguinte, isto é, em 1970, atravessei o Rio Rovuma para a Província de Cabo Delgado, com o objetivo de proceder a estudos de carater militar, regressando de novo ao ponto de partida Nachingwea.
Em outubro do mesmo ano, fui nomeado pelo Samora Machel, para comandante do Batalhão, que na madrugada de 12/11/1970, atravessou grande Rio Zambeze, que separa Norte e Sul do nosso País, levando a luta armada para o Sul.
Pela primeira vez, ali instalei a guerrilha, na margem sul do Zambeze, onde manteve instalado e se bateu, até à Independência Nacional.
Fui comandante, desse mesmo sector da Frelimo, desde janeiro de 1972 e no ano seguinte, isto é, em julho de 1973, descobri um plano de conspiração que visava o meu assassinato, por parte dos dirigentes da Frelimo e, antes que isso acontecesse, tive a sorte de escapar com vida e rendi-me ao exército colonial. Por esse meu acto, encontro-me vivo até hoje.
Na Frelimo, um comandante de sucesso, tinha de ser do Sul, “descendente do Império de “Gaza e descendente de Gungunhana”. Não era permitido a um “Chingondo”, ser chefe, situação que se mantem até hoje, em diversos cargos na função Pública no Governo da Frelimo.
Quando me entreguei ao exército Português, nunca abandonei o espírito de voltar a lutar por Moçambique e desta feita, optei por seguir via política.
Quando regressei a Moçambique encontrei outro grupo de Moçambicanos, também dissidentes, tendo alguns passado pela Frelimo e pela mesma razão escaparam à morte.
São eles, Basílio Banda, António Silva, Alexandre Magno, Dr.ª Joana Semião entre outros. Juntos criámos um partido denominado Movimento Nacionalista para a Independência Popular de Moçambique “MONIPAMO” que posteriormente se veio a unir com o Partido de Coligação Nacional “PCN”, cujo líder principal, tinha sido o mesmo fundador e primeiro vice-presidente da Frente de Libertação de Moçambique, o reverendo Timóteo Uria Simango, que também ele acabou assassinado pela FRELIMO.
De salientar que nós, na altura, estávamos a negociar a independência de Moçambique, com o regime de Professor Marcelo Caetano, quando inesperadamente o Movimento das forças armadas “MFA”, desencadeou em Portugal, o “25 de abril de 1974” que decidiu unilateralmente entregar a nossa independência ao movimento comunista de Moçambique “FRELIMO” de mão beijada.
Foi então que alguns de nós, fomos perseguidos e presos pelo MFA e posteriormente devolvidos à Frelimo, que os veio a liquidar.
Pessoalmente, estive preso em Nampula e com muita luta e sorte, fui liberto e procurei refugio aqui em Portugal no ano de 1974.
E é esta a história resumida da minha vida como Combatente da Liberdade e que se encontra retratada no livro “Odisseia de um Guerrilheiro”
A luta é continua a vitória é certa.
General Chingòndo um dos sobreviventes da teia do mal Frelimo
A luta fracassou na frente Zambeziana, fomos evacuados para o Tanganica e ali submetidos a treinos militares intensivos para mais tarde, já como militar, ser incluído num pequeno grupo, da guarnição da residência do primeiro Presidente da Frelimo, Dr. Eduardo Mondlane, em Oster-bay Dar-és-salaam Tanganica na altura.
Terminada a missão, fui selecionado para uma outra, desta feita, clandestina na República da Zâmbia, em 1966.
Na madrugada do dia 08 de março de 1968, eu já como comandante de uma unidade da guerrilha, que reiniciei o combate de libertação, no Posto Administrativo de Gago Coutinho, conhecido por “MALEWERA”, onde fui gravemente ferido e evacuado para o exterior de Moçambique.
Terminado o tratamento e a convalescença, regressei novamente à Província de Tete, onde comandei a Base Central, hoje batizada, por Base KASSUENDE, onde exerci outras funções de comando, relacionadas com a guerra da guerrilha naquela frente.
Em agosto de 1969, fui para Nachingwea estagiar e no ano seguinte, isto é, em 1970, atravessei o Rio Rovuma para a Província de Cabo Delgado, com o objetivo de proceder a estudos de carater militar, regressando de novo ao ponto de partida Nachingwea.
Em outubro do mesmo ano, fui nomeado pelo Samora Machel, para comandante do Batalhão, que na madrugada de 12/11/1970, atravessou grande Rio Zambeze, que separa Norte e Sul do nosso País, levando a luta armada para o Sul.
Pela primeira vez, ali instalei a guerrilha, na margem sul do Zambeze, onde manteve instalado e se bateu, até à Independência Nacional.
Fui comandante, desse mesmo sector da Frelimo, desde janeiro de 1972 e no ano seguinte, isto é, em julho de 1973, descobri um plano de conspiração que visava o meu assassinato, por parte dos dirigentes da Frelimo e, antes que isso acontecesse, tive a sorte de escapar com vida e rendi-me ao exército colonial. Por esse meu acto, encontro-me vivo até hoje.
Na Frelimo, um comandante de sucesso, tinha de ser do Sul, “descendente do Império de “Gaza e descendente de Gungunhana”. Não era permitido a um “Chingondo”, ser chefe, situação que se mantem até hoje, em diversos cargos na função Pública no Governo da Frelimo.
Quando me entreguei ao exército Português, nunca abandonei o espírito de voltar a lutar por Moçambique e desta feita, optei por seguir via política.
Quando regressei a Moçambique encontrei outro grupo de Moçambicanos, também dissidentes, tendo alguns passado pela Frelimo e pela mesma razão escaparam à morte.
São eles, Basílio Banda, António Silva, Alexandre Magno, Dr.ª Joana Semião entre outros. Juntos criámos um partido denominado Movimento Nacionalista para a Independência Popular de Moçambique “MONIPAMO” que posteriormente se veio a unir com o Partido de Coligação Nacional “PCN”, cujo líder principal, tinha sido o mesmo fundador e primeiro vice-presidente da Frente de Libertação de Moçambique, o reverendo Timóteo Uria Simango, que também ele acabou assassinado pela FRELIMO.
De salientar que nós, na altura, estávamos a negociar a independência de Moçambique, com o regime de Professor Marcelo Caetano, quando inesperadamente o Movimento das forças armadas “MFA”, desencadeou em Portugal, o “25 de abril de 1974” que decidiu unilateralmente entregar a nossa independência ao movimento comunista de Moçambique “FRELIMO” de mão beijada.
Foi então que alguns de nós, fomos perseguidos e presos pelo MFA e posteriormente devolvidos à Frelimo, que os veio a liquidar.
Pessoalmente, estive preso em Nampula e com muita luta e sorte, fui liberto e procurei refugio aqui em Portugal no ano de 1974.
E é esta a história resumida da minha vida como Combatente da Liberdade e que se encontra retratada no livro “Odisseia de um Guerrilheiro”
A luta é continua a vitória é certa.
General Chingòndo um dos sobreviventes da teia do mal Frelimo
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