sexta-feira, 31 de março de 2017
A auditoria da Kroll vai parir um rato?
Talvez sim. Eu deduzo que sim, da entrevista ao Savana de hoje da Embaixadora cessante da Suécia,
Irina Nyoni. A Suécia está a pagar à Kroll uma auditoria à dívida ocultada. O FMI disse que seria uma "auditoria internacional". A nossa PGR admitiu que ela teria uma componente forense. Os termos de referência da auditoria nunca foram divulgados. Mas a sociedade moçambicana agradeceu à Suécia e esfregou as mãos de contente. Ansiosa por finalmente poder saber dos contornos do sinistro endividamento e para onde é que foram os milhões não aplicados nas MAMs e Proindicus. E quem encheu os bolsos de forma danosa, agravando nosso estado de pobreza e adiando nossos sonhos. Mas isso, "quem foram?", depende da nossa PGR. Porque a revelação das identidades, disse Nyoni, pode prejudicar essa gente num eventual processo judicial. Eventual porque um procedimento criminal dependerá da PGR. Bom, o enredo remete para uma farsa onde doadores e Governo se deitam na mesma cama e uma tragédia tritura a plateia. Mas não é inédito. Em Moçambique os doadores foram sempre complacentes para a grande corrupcao. Zangam-se e esperneiam mas volta e meia fica tudo como dantes. Por isso, continuam impunes os assassinos de Siba Siba.
E o caso do assassinato do editor Carlos Cardoso só andou porque havia a Nina Berg, sua mulher, norueguesa. A entrevista de Nyoni está no antípodas do princípio que norteou todas as reivindicações de transparência neste caso: clarificação e responsabilização. Parece que, pouco a pouco, os doadores encharcam-se na tontura dos ziguezagues dos agentes políticos locais e dos investidores dos seus países. E o Banco Mundial terá anunciado que retomará em breve seu apoio orçamental. Será? Será que eles se preparam para lavar as mãos, como em certos processos no.passado?
Irina Nyoni. A Suécia está a pagar à Kroll uma auditoria à dívida ocultada. O FMI disse que seria uma "auditoria internacional". A nossa PGR admitiu que ela teria uma componente forense. Os termos de referência da auditoria nunca foram divulgados. Mas a sociedade moçambicana agradeceu à Suécia e esfregou as mãos de contente. Ansiosa por finalmente poder saber dos contornos do sinistro endividamento e para onde é que foram os milhões não aplicados nas MAMs e Proindicus. E quem encheu os bolsos de forma danosa, agravando nosso estado de pobreza e adiando nossos sonhos. Mas isso, "quem foram?", depende da nossa PGR. Porque a revelação das identidades, disse Nyoni, pode prejudicar essa gente num eventual processo judicial. Eventual porque um procedimento criminal dependerá da PGR. Bom, o enredo remete para uma farsa onde doadores e Governo se deitam na mesma cama e uma tragédia tritura a plateia. Mas não é inédito. Em Moçambique os doadores foram sempre complacentes para a grande corrupcao. Zangam-se e esperneiam mas volta e meia fica tudo como dantes. Por isso, continuam impunes os assassinos de Siba Siba.
E o caso do assassinato do editor Carlos Cardoso só andou porque havia a Nina Berg, sua mulher, norueguesa. A entrevista de Nyoni está no antípodas do princípio que norteou todas as reivindicações de transparência neste caso: clarificação e responsabilização. Parece que, pouco a pouco, os doadores encharcam-se na tontura dos ziguezagues dos agentes políticos locais e dos investidores dos seus países. E o Banco Mundial terá anunciado que retomará em breve seu apoio orçamental. Será? Será que eles se preparam para lavar as mãos, como em certos processos no.passado?
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