"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



quarta-feira, 19 de abril de 2017

A defesa do ex-presidente Armando Guebuza no caso do endividamento ocultado podia ser mais perspicaz

sábado, 15 de abril de 2017


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A defesa do ex-presidente Armando Guebuza no caso do endividamento ocultado podia ser mais perspicaz, buscando argumentos mais claros e assertivos. Como ela esta sendo feita, apenas fragiliza o homem e abre flancos para se conjenturar suspeições sobre sua responsabilidade nos processos da Ematum, Man e ProIndicus. A reação ao vazamento recente de um pedido judicial de levantamento de sigilo bancário sobre o ex-Presidente, seus filhos e elementos da sua administração foi trivial. Em vez de se disponibilizar para a clarificação no foro prilegiado que ele merece, foi feita a apologia da sanha persecutória e da rixa politica. E agora o jornalista Armindo Chavana pretende reduzir toda esta intrincada a um mero processo administrativo. Segundo ele, se a AR aprovar a Conta Geral do Estado de 2015, onde já constam os dados da MAM e Proindicus, fica tudo sanado. As regularidades administrativas" ficam normalizados. Do ponto de vista jurídico, diz ele, o endividamento oculto deixa de ser problema porque a AR chancelou a conta e sanou o facto de não ter sido consultada. Chavana advoga esse branqueamento parlamentar de procedimentos que se situam à montante, violados pelo Governo de AEG. Tudo o que vem depois, em toda a cadeia de valor do processo de instalação desse sistema de vigilancia costeira não conta. O "value for money' não interessa. Se o dinheiro foi aplicado ou não que se lixe. Nunca vi a auto estima de Guebuza em maré tão baixa. Seus defensores tem a obrigação de enxergar mais longe. Este assunto do endividamento ja não se resume apenas à violação da lei orcamental e ao benix aos mecanismos de checks and balances. Extravasa tudo isso.

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