"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



terça-feira, 21 de outubro de 2014

Dlhakama: Independentemente dos resultados não haverá fogo

O presidente da Renamo, Afonso Dlhakama, diz não estar preocupado com os resultados de contagens preliminares que vem sendo publicados por órgãos de informação nacionais e estrangeiros, e considera estas informações como não oficiais, aguardando que os órgãos eleitorais se pronunciem oficialmente. E reiterou uma vez mais que no mundo não pode haver uma democracia para África, outra para América e Europa, mas garante que independentemente do resultado não haverá fogo, as irregularidades registadas põem em causa a credibilidade do processo.
Numa conversa renhida mantida entre jornalistas nacionais e estrangeiros, realizada na tarde do último sábado (18), Dlhakama debruçou-se pela primeira vez depois da realização das eleições na passada quarta-feira (15), tendo considerado as mesmas como não justas e nem transparentes, por terem-se marcado num ambiente de irregularidades, enchimento de urnas, detenções, e acima de tudo foram eleições desorganizadas.
Segundo o líder da Renamo, “uns estão a divulgar os resultados mas a própria CNE não tem conhecimento e eu como candidato também não tenho conhecimento, vi que era muito importante que viesse me pronunciar sobre o assunto para dizer que por enquanto estou com sede de saber o que realmente aconteceu no dia 15, sei que nem todas as pessoas puderam votar nas mesas”, concluiu questionando o tipo de organização feita pela organização prestada pelos órgãos eleitorais, nas eleições.
Para Dlhakama, a partir do recenseamento e todo o processo ficou marcado por várias irregularidades que tornam os pleitos realizados, numa desorganização, como o caso de milhares de pessoas que não puderam votar porque as assembleias de votação começaram tarde, depois das 12h até as 18h que era a hora do enceramento, mas com pessoas ainda na bicha. “A organização em geral, quantas urnas e boletins de votos já assinalados a favor de um partido e candidato, foram apanhadas na Beira, província de Sofala, Machanga-Tete, Quelimane-Zambézia, Ilha de Moçambique-Nampula”, disse acrescentando que trata-se de uma fraude ou desorganização dos órgãos eleitorais, que poderá por em perigo a credibilidade das presentes eleições.
Ademais, o presidente daquele partido, considera que a África, ainda tem défice de organizar eleições justas e transparentes, e reitera que os africanos devem assumir essa realidade, mas garante que em Moçambique será diferente e dará o exemplo aos outros cantos do continente, e disse explicando que ainda ser cedo para dizer o que acontecerá depois, contudo, diz que a prioridade é de dialogar com o governo para que estes ilícitos não voltem a acontecer doravante.
“Vamos abandonar a cultura africana de dizer, houve irregularidade, mas não afectam os resultados…Não há democracia para os europeus, americanos e para os africanos, condeno isso, temos que salvar a África”, repudiou Dlhakama, enfatizando que não está preocupado com os resultados quem vem sendo anunciados por alguns órgãos de informação, nacionais e estrangeiros, públicos e alguns privados, chamando-os de propagandistas
Questionado se os resultados preliminares que estão a ser anunciados se mantiverem naquela ordem aceitará, disse tratar-se de uma fantochada e que não reconhecerá, mas como forma de resolver o facto, poderá negociar com o governo, para encontrar uma saída, que não ponha em causa os recentes acordos assinados entre o seu partido e o governo.

Sem comentários:

Enviar um comentário