Dhlakama diz que o Governo de Tete não o queria nas cerimónias do Dia da Paz
05 de Outubro de 2014, 10:21
O líder da Renamo, maior partido da oposição, em Moçambique, Afonso Dhlakama, acusa o governo da província central de Tete de ter criado condições para que ele não participasse na cerimónia conjunta com o governo, de deposição de flores na Praça da Independência, alusivo ao dia do Acordo Geral de Paz, assinado em Roma, entre o executivo e a Renamo, em 1992.
A cerimónia iniciou e terminou por volta das 8 horas de ontem, sem a presença do dirigente da Renamo, o que foi criando expectativas de que ele não cumpriria com a sua palavra.
Dhlakama, em campanha eleitoral para a sua eleição ao cargo de Presidente da Republica e do seu partido para à Assembleia da Republica, o parlamento, e para as Assembleias Provinciais, no escrutínio de 15 de Outubro corrente, prometeu esta semana à nação que estaria, pela primeira vez na história do AGP, numa cerimónia alusiva ao dia.
Porém, as 9 horas e 12 minutos de ontem, viaturas e motorizadas de membros e simpatizantes da Renamo desfilavam na Avenida da Liberdade, de fronte a Praça da Independência, acto sinalizando que Dhlakama estava a cumprir com a sua palavra, o governo de Tete já se preparava para abandonar o local.
Dhlakama depositou as flores sozinho.
Eu vim participar na cerimónia oficial. Comunicamos isso em Maputo, e aqui. Eu estava para chegar as 8h30, mas no âmbito do protocolo, eles ligaram e avisaram que devia atrasar mais 20 minutos. Cheguei há muito tempo e estava parado lá fora, mas eles fugiram. Não querem ver Dhlakama”, disse Dhlakama.
Se eu estivesse em Maputo estaria com o Presidente Guebuza lá. Isto é resultado do acordo de 5 de Setembro. Eles fugiram porque não aguentaram. Não vou criticá-los”, afirmou ainda.
Disse ainda que não participava antes em cerimónias nacionais porque “as coisas não estavam claras. Agora estamos a construir uma verdadeira República. Havia descriminação de heróis”.
O compromisso que assinamos em Maputo põe fim a história com base partidária. Vamos despartidarizar o Aparelho de Estado. Vamos criar uma nova República que tem respeito pelos direitos do homem. Governantes e governados valem o mesmo em democracia, com a pequena distinção de que são os governantes que devem prestar contas aos governados”, disse Dhlakama.
AIM
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