01/10/2018
Eleitores moçambicanos confrontam candidatos com pobreza e promessas esquecidas
O primeiro presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique, Brazão Mazula, considera que "imperou o legalismo e faltou sabedoria" na rejeição de candidaturas às eleições autárquicas de 10 de Outubro.
"Penso que se deixaram levar pelo legalismo, que muitas vezes anda divorciado da sabedoria, que é mais temperada pelas circunstâncias do tempo e do lugar", declarou Brazão Mazula, em entrevista à agência Lusa.
No contexto moçambicano, prosseguiu, as eleições são um fator essencial para a manutenção e promoção da paz e a exclusão de candidatos tem um efeito pernicioso.
"Um país que está em processo de construção de paz não deve mutilar um dos pressupostos, que é a competição política, nem ir por caminhos fracturantes ", considera.
Brazão Mazula entende que a exclusão de candidatos às eleições tem o potencial de criar uma contestação social que pode tirar a serenidade necessária ao processo e minar a sua legitimidade, mesmo que tenha justificação legal.
A CNE rejeitou as candidaturas às eleições autárquicas de 10 de outubro, à cidade de Maputo, do cabeça-de-lista da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Venâncio Mondlane, e da Associação Juventude para o Desenvolvimento de Moçambique (Ajudem), encabeçada por Samora Machel Júnior.
O Conselho Constitucional (CC) negou os recursos apresentados pelas duas listas das deliberações do CNE.
Brazão Mazula foi o presidente da CNE que organizou as primeiras eleições gerais e multipartidárias na história de Moçambique, em 1994, tendo mais tarde sido nomeado para reitor da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a mais importante instituição de ensino superior em Moçambique, onde é atualmente docente.
Quase sete milhões de eleitores estão recenseados para as quintas eleições autárquicas de Moçambique, marcadas para 10 de outubro em 53 municípios, que cobrem parte do território nacional onde a campanha eleitoral começou na terça-feira.
LUSA – 01.10.2018
O primeiro presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique, Brazão Mazula, considera que "imperou o legalismo e faltou sabedoria" na rejeição de candidaturas às eleições autárquicas de 10 de Outubro.
"Penso que se deixaram levar pelo legalismo, que muitas vezes anda divorciado da sabedoria, que é mais temperada pelas circunstâncias do tempo e do lugar", declarou Brazão Mazula, em entrevista à agência Lusa.
No contexto moçambicano, prosseguiu, as eleições são um fator essencial para a manutenção e promoção da paz e a exclusão de candidatos tem um efeito pernicioso.
"Um país que está em processo de construção de paz não deve mutilar um dos pressupostos, que é a competição política, nem ir por caminhos fracturantes ", considera.
Brazão Mazula entende que a exclusão de candidatos às eleições tem o potencial de criar uma contestação social que pode tirar a serenidade necessária ao processo e minar a sua legitimidade, mesmo que tenha justificação legal.
A CNE rejeitou as candidaturas às eleições autárquicas de 10 de outubro, à cidade de Maputo, do cabeça-de-lista da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Venâncio Mondlane, e da Associação Juventude para o Desenvolvimento de Moçambique (Ajudem), encabeçada por Samora Machel Júnior.
O Conselho Constitucional (CC) negou os recursos apresentados pelas duas listas das deliberações do CNE.
Brazão Mazula foi o presidente da CNE que organizou as primeiras eleições gerais e multipartidárias na história de Moçambique, em 1994, tendo mais tarde sido nomeado para reitor da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a mais importante instituição de ensino superior em Moçambique, onde é atualmente docente.
Quase sete milhões de eleitores estão recenseados para as quintas eleições autárquicas de Moçambique, marcadas para 10 de outubro em 53 municípios, que cobrem parte do território nacional onde a campanha eleitoral começou na terça-feira.
LUSA – 01.10.2018
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