segunda-feira, 27 de agosto de 2018
O discurso político de Manuel Araujo (Maprovoco)
Ontem assisti às notícias da televisão, e a STV mostrou um debate organizado na Cidade de Quelimane, em que Carneiro e Araújo estiveram frente a frente para esgrimirem os seus argumentos.
A aposta de Carneiro é na recolha de lixo e na urbanização da Cidade, e argumentou, mostrando formas futuristas de fazê-lo, sem falar das falhas da governação do mano Mané para Quelimane ser aquela cidade que nós todos sabemos (quem já esteve lá). Ele apresentou as suas ideias sem apêndices.
Já o mano Mané, escolheu o combate à mortalidade infantil ou materna-infantil (já não me recordo bem), mas a parte que mais chamou a atenção foi o facto de ele ter deixado de argumentar o seu tema e culpar outros, assim como mostrar que a população de Quelimane é vítima.
Acompanho a carreira política de Manuel Araujo desde sempre, e acho-o um jovem com um grande potencial para ser uma referência na política nacional, deixando de ser um político localizado.
Ele tem um background invejável, tanto académico, assim como de parcerias com várias pessoas. Mas ele tem um discurso muito atrasado em termos de ideias futuristas.
O mano Mané amarra-se muito ao passado, não porque não tem capacidade para avançar, mas porque todos os pilares que suportam o seu discurso desde que lhe conheço, estão no passado.
O discurso do mano Mané é de culpabilização, e logo de vitimização. Ele sempre recorre à vitimização como sua principal arma, e até chora (sim, já chorou em plena hora nobre), para mostrar que ele é um coitado, e logo precisa de um ombro para calar.
Outro aspecto que faz o mano Mané ser um político localista, é exactamente o seu discurso localizado. Ele usa muito a pertença como expediente político, que não tem capacidade de se apresentar como um político nacional.
Não lhe conheço ideias nacionais (da construção de uma nação una), e ou consensuais (de criação de consensos), e optou sempre em usar a separação e a vitimização como seus trampolins para o seu sucesso político.
Não vou falar de sensacionalismo (lembra-se de quase afogar um vereador?), pois isso atribuo à sua juventude, e todo o jovem gosta de show-off. Aquilo de afogar aquele gorducho até foi um pouco hilário.😂😂😂😂😂😂
Enfim, temos ali um político que precisa de expandir o seu discurso para um nível mais culto, mais futurista e consistente com as suas qualidades, deixando de recorrer à vitimização e culpabilização, pois acho que o futuro será mais exigente, pois as pessoas vão precisar de ideias e não de vítimas e culpados.
Nhanisse!
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