"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Falhou mais uma tentativa de assassinar Afonso Dhlakama

 


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Governo desnorteado
As forças combinadas da Unidade de Intervenção Rápida e do Grupo de Operações Especiais cercaram na manhã da passada sexta-feira a casa do presidente da Renamo Afonso Dhlakama, no Bairro das Palmeiras I, na cidade da Beira, numa operação que se supõe que tinha como objectivo assassiná-lo, e que falhou.
Dhlakama saiu das matas da Gorongosa na tarde de quinta-feira, numa operação que teve a presença de jornalistas, de mediadores, de dirigentes da Renamo e da Polícia.
Chegados à cidade da Beira na noite do mesmo dia, estava prevista uma conferência de imprensa no dia seguinte, sexta-feira, num dos hotéis da capital de Sofala.
Mas na sexta-feira, por volta das 5.00 horas, Afonso Dhlakama acordou cercado pelas forças governamentais, com bazucas e metralhadoras apontadas para a sua residência. Quando lá nos dirigimos, testemunhámos o momento de terror, com os moradores de todo o quarteirão a serem evacuados.
Segundo o que o “Canalmoz” apurou de fontes da Polícia local, a operação visava mesmo eliminar Afonso Dhlakama. Como? A ideia era cercar a casa, criar nervosismo em Afonso
Dhlakama e à sua guarda, obrigando-os a disparar contra a UIR, e esta, por sua vez, descarregava sobre a casa todo o arsenal pesado que estava estacionado do lado de fora.
Valeu a frieza de Afonso Dhlakama. General que é, deu ordens para que ninguém disparasse. Quando estávamos num dos edifícios próximos, à procura de um bom ponto para reportagem, ouvimos uma voz vinda de dentro da residência de Dhlakama a gritar da janela, dando ordens à guarda da Renamo para que ninguém disparasse.
Mais tarde, ficámos a saber que era o próprio Dhlakama.
E assim foi, ninguém disparou. Os homens da Renamo deixaram as armas num canto e ficaram em pé no quintal, enquanto outros estavam no interior da casa com Dhlakama.
A UIR arrombou o portão, deteve oito elementos da guarda da Renamo e exigiu as três armas que perdera na anterior tentativa de assassinato de Afonso Dhlakama.
Entretanto, o presidente da Renamo já havia pedido a presença dos mediadores e do chefe da Igreja Católica na Beira. Com a presença dos mediadores (Lourenço do Rosário, Dom Dinis Sengulane, Anastácio Chembeze e o sheik Abibo) e de Manuel de Araújo, presidente do Conselho Municipal de Quelimane, iniciou-se uma maratona de negociações, que culminou com a entrega de 16 armas por parte da Renamo.
Perante a imprensa, Dhlakama disse que o Governo, ao exigir as três armas que perdera no ataque do dia 25 de Setembro em Zimpinga, confirmou que tentou assassiná-lo.
Dhlakama recusou a proposta de ter segurança feita pelo Governo e exigiu a libertação dos seus homens, facto que viria a acontecer já à meia-noite do mesmo dia. Assim que a
Polícia se retirou do local, centenas de pessoas foram à residência do presidente da Renamo para saudá-lo.
Acompanhe a reportagem completa na edição impressa do “Canal de Moçambique” de quarta-feira (14 de Outubro).
CANALMOZ – 12.10.2015

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