"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



terça-feira, 6 de outubro de 2015

Carta aos membros das Forças da Defesa Nacional e da Polícia da República de Moçambique - Por Omar Francisco

 
 
 
Vozes - @Hora da Verdade
Escrito por Redação  em 06 Outubro 2015
 
Caros Militares e Polícias de Moçambique,
Escrevo-vos esta pequena carta para que possais meditar acerca do que está a acontecer convosco mesmos no seio dos vossos ministérios. A impressão que tenho é de que a palavra “nacional” esteja a perder o seu verdadeiro sentido no vosso agir quotidiano. Os ministérios da Defesa e do Interior são para fazer viver e mostrar a todo o mundo o que é “nacional”. Isto significa garantir um bom ambiente para o povo.
O povo moçambicano tem reclamado dia após dia o seu bem-estar nesse belo Moçambique. O País tem o suficiente para que todos possam viver com dignidade. Hoje, Moçambique apresenta-se como propriedade de uma só pessoa e de um só partido. Às vezes, penso que as decisões dos ministérios da Defesa e do Interior vêm do partido no poder.
Hoje, vivemos num Moçambique monopolizado. Moçambique é de todos e para todos os moçambicanos. Moçambique como país abraça todos os moçambicanos e todos os estrangeiros que querem viver de boa maneira com os moçambicanos. Queridos irmãos da Defesa e Polícia nacional, o meu maior pedido é que possais ser “nacionais” e protectores do povo. A palavra “nacional” não é sinónimo de partido. A palavra “nacional” mexe com todos os moçambicanos e estrangeiros que vivem no país.
Eu quero crer que vós tendes também alguns conselhos ou pontos para chamardes à atenção o partido no poder para a estabilidade do país. As nossas forças e polícias de Moçambique necessitam duma urgente conversão nacional. Essa conversão só poderá nascer com aqueles que juraram de verdade lutar para defender o povo e não para atender os apetites de um partido ou grupo. Portanto, eu gostaria que antes de mais nada as nossas Forças da Defesa e Polícias de Moçambique se preocupassem mais em ouvir o “grito” do povo. Quando se ignora o grito do povo dificilmente se alcança a paz.
Mais uma vez vos peço para agirdes como nacionais; que não sejais fermentados por nenhum partido ou seja quem for; e que façam o vosso trabalho para o bem do povo. Só assim podeis salvar o sentido da palavra “nacional” nos vossos ministérios. Eu sei que a conversão não e fácil, mas, uma vez alcançada, ela garante a felicidade para todos. Eu acredito que o conseguireis fazer.
Algumas questões para a vossa possível conversão:
1.O que é ser Força da Defesa Nacional?
2.O que é ser Polícia da República de Moçambique?
3.Qual é o meu maior medo de não servir a Nação como Militar ou Polícia da República de Moçambique?
Por aqui é tudo.
Espero que esta carta vos ajude a encontrar a vossa verdadeira missão como defensores do povo.
Recebam o meu forte abraço, Omar Francisco.

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