em Julho 7, 2014
Organizações da Sociedade civil marcharam
este sábado para dizer basta aos actuais confrontos militares que
continuam a matar na região centro do país, concretamente na província de
Sofala.
A marcha que terá lugar em todas
as províncias do país visa segundo os organizadores manifestar o repúdio nacional
e exigir do governo e da Renamo, que devolvam a paz e estabilidade ao país.
Os manifestantes, que percorreram
diversas ruas da cidade de Maputo até a Praça da Paz tinham como principal
mensagem: “Stop Derramamento de Sangue! Queremos Paz”.
O activista pela Paz, Tomás Vieira Mário
lamentou o crescente número de vítimas humanas provocadas pelo conflito-militar
entre o governo e a Renamo.
“Nós, moçambicanos, acreditamos em nós próprios enquanto povo pacífico e
amante da paz, povo inteligente e sábio, capaz de resolver pacificamente os
seus diferendos, e que ama a vida e odeia a morte” disse.
Lamentou ainda o facto de muitos
moçambicanos residentes em Sofala virem-se obrigados a abandonar uma vez mais
suas casas e machambas, voltando a viver em esconderijos ou em campos de
deslocados, fugindo da morte e passando privações.
Ainda de acordo com Vieira há escolas e
unidades sanitárias invadidas e ou encerradas, profissionais da educação e
saúde a abandonarem os seus postos, deixando as crianças sem direito à educação
e o povo, em geral, sem o mínimo de cuidados de saúde.
Por outro lado, falou da Estrada Nacional Número Um (EN1), principal via de
ligação entre o norte e o sul do país, onde se instalou o pânico, uma vez que
as pessoas são impedidas de viajar em paz ao encontro dos familiares ou a busca
de meios de sobrevivência e sustento das famílias.
“Para nós, povo moçambicano, a assinatura do Acordo Geral de Paz
simbolizou o fim de uma era e de uma cultura, o fim da era e da
cultura da violência e o início da era e da cultura da Paz, entre todos os
moçambicanos. Um pacto de irmandade garantindo que jamais entre nós iríamos
recorrer à forca das armas para resolver políticas”, explicou.
Os outros manifestantes também anseiam uma vivencia pacífica entre
moçambicanos, o que pode favorecer o crescimento e desenvolvimento económico do
país e querem igualmente a paz.
As diversas mensagens transmitidas por meio de panfletos, canções e gritos resumem-se ao apelo a irmandade de todos os moçambicanos independentemente da sua etnia, religião, cor da pele, entre outras características.
As diversas mensagens transmitidas por meio de panfletos, canções e gritos resumem-se ao apelo a irmandade de todos os moçambicanos independentemente da sua etnia, religião, cor da pele, entre outras características.
De referir que a marcha decorreu sob o lema “Grande
Marcha Nacional pela Paz” foi a primeira de uma série de acções que a sociedade
civil projecta para exigir a Paz nacional. Uma das acções que está a ser
ponderada, é o apelo internacional, para que organizações como as Nações Unidas
intervenham no país.
Sem comentários:
Enviar um comentário