"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sexta-feira, 18 de julho de 2014

GRAÇA MACHEL AVISA DAVID CAMERON DOS PERIGOS DE NÃO ERRADICAR A POBREZA

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clubofmozambique (2014-07-18) David Cameron é avisado hoje por Graça Machel, viúva do falecido estadista Sul-Africano Nelson Mandela que, se os líderes mundiais não fizerem de 2015 um ano para o Desenvolvimento, a consequência será, não apenas a pobreza, mas também conflitos militares crescentes dos quais os ricos não serão capazes de se proteger durante as décadas que se seguirem.

É o primeiro acto político global de Graça Machel desde a morte de seu marido, o ano passado.

A carta de Cameron também foi assinado pelo arcebispo Desmond Tutu, o cantor Bono, o vencedor do prémio Nobel da Paz Muhammad Yunus, o empresário bilionário Mo Ibrahim e a activista paquistanesa de 17 anos de idade Malala Yousafzai.

A carta pressiona o primeiro-ministro a assumir em 2015 a liderança num acordo internacional no quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas e ainda para se empenhar na garantia de um acordo sobre novos e mais exigentes objectivos de desenvolvimento do Milénio da ONU, uma questão em que o próprio Cameron tomou a dianteira o ano passado.

A carta coincide com o aniversário de Mandela - e também com o dia em que o estágio actual das negociações sobre a substituição dos objectivos de desenvolvimento do Milênio deveria fechar.

De momento, há poucos sinais de progresso destes objectivos, com sinais de que haverá um aumento no número, para 17, e uma proliferação nos alvos, para 145.

A carta conjunta adverte: ". Uma insegurança crescente causada pelo acesso desigual aos recursos naturais cada vez mais escassos leva a conflitos trágicos dos quais ninguém - nenhuma élite, não importa o quão rica - se pode esconder. Este é um resultado perfeitamente plausível de uma abordagem complacente do estilo "business as usual" ( negócio é negócio) para o ano de 2015".

"Em que mundo você quer viver em 2030? Pois o que esse mundo fôr vai depender da decisão que você tomar agora, em 2015, e dos preparativos que fizermos para ele agora."

A carta também pede um movimento global para unir desenvolvimento, clima e campanhas de direitos humanos em torno desta agenda, para forçar a ambição que é necessária para levar as reformas por diante.

A campanha, chamada Action/2015 - apoiada por centenas de organizações de todo o mundo, da Amnistia Internacional, à Conferência Pan-Africana das Igrejas, Save the Children, Campanha ONE - será lançado em Janeiro de 2015.

A carta diz: "A boa notícia é que um movimento global se está a formar para 2015 e para o futuro, inspirado pelas palavras de Nelson Mandela:. "Como a escravatura, como o apartheid, a pobreza não é natural é artificial e pode ser superada por as ações dos seres humanos". As mudanças climáticas também podem e devem ser corrigidas pelas ações dos seres humanos ".

Brendan Cox, da Save the Children, disse: "Esta é uma sirene de alerta de alguns dos líderes mais respeitados do mundo e se a ignorarmos será por nossa conta e risco. 2015 é um grande ano para o planeta e para as pessoas que vivem nele, mas, dada a nossa trajetória actual, corremos o risco de desperdiçar esta oportunidade. Ainda não é tarde demais para corrigir o curso e aumentar a ambição, mas em breve será. "

Dr. Sipho Moyo, do One Campaign, disse: "2015 é uma oportunidade histórica para a mudança Um pacote focalizado em objectivos de desenvolvimento ambiciosos mas alcançáveis ​​pode realmente capacitar os cidadãos de base do Sul global - e aqueles que globalmente fazem campanha em solidariedade com eles - para exigir e receber serviços estruturais de saúde, educação dos governos que podem salvar vidas."

"Se isso acontecer, erradicar a injustiça da pobreza extrema está ao nosso alcance - não podemos e não vamos deixar esta oportunidade escapar."

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