23/09/2019
CHERINGOMA
O MONUMENTO erguido em homenagem aos mártires de Inhaminga, cuja inauguração será feita hoje, no distrito de Cheringoma, em Sofala, pelo Chefe do Estado, Filipe Nyusi, expressa, de forma simbólica, o reconhecimento aos combatentes da gesta libertária moçambicana. Em declarações, sábado, ao “Notícias”, na vila de Inhaminga, o Ministro da Cultura e Turismo, Silva Dunduro, disse que o Governo edificou uma obra, que tem a perspectiva de garantir a perenidade da história dos moçambicanos, particularmente, a da luta de libertação nacional que culminou com a proclamação da independência nacional, em 1975.
Por isso, sublinha o governante, com esta infra-estrutura, o Governo não só presta um justo tributo aos combatentes, como também curva-se à população de Inhaminga, que foi, inocentemente, massacrada pelo regime fascista português. “Com a edificação deste património, o Governo está a trazer Inhaminga para o mundo, mas também fazendo-a reflectir na história de Moçambique”, disse o ministro, para quem esta obra tem a perspectiva de garantir perenidade deste acontecimento nacional.
Até porque, avançou, esta era uma página da nossa história que se pretendia ocultar, sobretudo, pelo regime colonial português, uma vez que, nos relatos da ocupação colonial os capítulos sobre os massacres perpetrados pela tropa portuguesa foram “rasgados” ou, simplesmente, branqueados. “Durante muitos anos tentou-se branquear estes actos macabros. Mas, é interessante que na sua investigação, a equipa do Instituto de Investigação Sócio-Cultural (ARPAC) foi encontrar, em Portugal, alguns soldados que participaram nesta barbárie. E hoje já idosos, contaram, com remorsos,
o que fizeram. Estão, claramente, com peso de consciência”, disse, acrescentando que “esta história não é somente nossa, mas também universal. Por isso, devemos dá-la a conhecer”. Estabelecendo uma analogia, Dunduro refere ser recorrente falar-se de genocídios ou holocaustos perpetrados na fase mais negra da história da humanidade, mas, dificilmente se abordam os massacres feitos pelos colonos em África, principalmente, os protagonizados, em Moçambique, pelo regime colonial português. “Este é um dos acontecimentos que nunca tinha sido denunciado nesta dimensão. Por isso, achamos que é melhor que moçambicanos venham cá, para perceberem o que o regime colonial fez contra este povo e, por extensão, nos locais, onde, esteve presente”, aconselha.
O MONUMENTO erguido em homenagem aos mártires de Inhaminga, cuja inauguração será feita hoje, no distrito de Cheringoma, em Sofala, pelo Chefe do Estado, Filipe Nyusi, expressa, de forma simbólica, o reconhecimento aos combatentes da gesta libertária moçambicana. Em declarações, sábado, ao “Notícias”, na vila de Inhaminga, o Ministro da Cultura e Turismo, Silva Dunduro, disse que o Governo edificou uma obra, que tem a perspectiva de garantir a perenidade da história dos moçambicanos, particularmente, a da luta de libertação nacional que culminou com a proclamação da independência nacional, em 1975.
Por isso, sublinha o governante, com esta infra-estrutura, o Governo não só presta um justo tributo aos combatentes, como também curva-se à população de Inhaminga, que foi, inocentemente, massacrada pelo regime fascista português. “Com a edificação deste património, o Governo está a trazer Inhaminga para o mundo, mas também fazendo-a reflectir na história de Moçambique”, disse o ministro, para quem esta obra tem a perspectiva de garantir perenidade deste acontecimento nacional.
Até porque, avançou, esta era uma página da nossa história que se pretendia ocultar, sobretudo, pelo regime colonial português, uma vez que, nos relatos da ocupação colonial os capítulos sobre os massacres perpetrados pela tropa portuguesa foram “rasgados” ou, simplesmente, branqueados. “Durante muitos anos tentou-se branquear estes actos macabros. Mas, é interessante que na sua investigação, a equipa do Instituto de Investigação Sócio-Cultural (ARPAC) foi encontrar, em Portugal, alguns soldados que participaram nesta barbárie. E hoje já idosos, contaram, com remorsos,
o que fizeram. Estão, claramente, com peso de consciência”, disse, acrescentando que “esta história não é somente nossa, mas também universal. Por isso, devemos dá-la a conhecer”. Estabelecendo uma analogia, Dunduro refere ser recorrente falar-se de genocídios ou holocaustos perpetrados na fase mais negra da história da humanidade, mas, dificilmente se abordam os massacres feitos pelos colonos em África, principalmente, os protagonizados, em Moçambique, pelo regime colonial português. “Este é um dos acontecimentos que nunca tinha sido denunciado nesta dimensão. Por isso, achamos que é melhor que moçambicanos venham cá, para perceberem o que o regime colonial fez contra este povo e, por extensão, nos locais, onde, esteve presente”, aconselha.
Uma vez construído este monumento, Silva Dunduro deseja, que figuras das artes, cultura e da investigação sócio-culural se façam ao local para terem um melhor entendimento sobre o que foi o massacre de Inhaminga, de modo a continuarem a produzir obras a respeito deste e de outros factos marcantes. Edificado no bairro do Aeródromo, que dista há cerca de cinco quilómetros da vila de Inhaminga, sede do distrito de Cheringoma,
o monumento é composto por dois murais artísticos interpretativos, que contam a história do avanço da guerrilha da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), nas frentes de Manica e Sofala, e o massacre perpetrado pela tropa colonial portuguesa em retaliação a esta epopeia. Tem ainda três pilares, de cinco metros cada, com informação histórica descritiva, que simbolizam as três valas comuns que o regime colonial português fez em Inhaminga para enterrar as mais de três mil pessoas mortas ao longo dos oito meses de duração destas matanças (Agosto de 1973 a Abril de 1974).
NOTÍCIAS – 23.09.2019
NOTA: Tudo bem. Mas para quando um monumento aos milhares de mortos da FRELIMO?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
o monumento é composto por dois murais artísticos interpretativos, que contam a história do avanço da guerrilha da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), nas frentes de Manica e Sofala, e o massacre perpetrado pela tropa colonial portuguesa em retaliação a esta epopeia. Tem ainda três pilares, de cinco metros cada, com informação histórica descritiva, que simbolizam as três valas comuns que o regime colonial português fez em Inhaminga para enterrar as mais de três mil pessoas mortas ao longo dos oito meses de duração destas matanças (Agosto de 1973 a Abril de 1974).
NOTÍCIAS – 23.09.2019
NOTA: Tudo bem. Mas para quando um monumento aos milhares de mortos da FRELIMO?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
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