domingo, 12 de maio de 2019
Sem desprezar algum trabalho feito, a nossa polícia sempre foi ridicula que eu saiba, mas desta vez atingiu o cúmulo do ridículo ao ponto da irracionalidade humana e oferecer deste modo ao público moçambicano um teatro gratuito. Pra quem viu aquele teatro protagonizado por comandante geral da República convidando a imprensa visivelmente dando-se ares de superioridade e com direito a humilhar em publico os seus colegas da corporação dar-se-ia imediatamente conta do vazio da liderança responsável de um Estado de direito baseada em pressupostos e princípios universalmente reconhecidos de direitos humanos, proprio de Estado de direito e democrático.
Uma responsabilidade e o exercício de funções não dão direito a abusos. Um comandante da Polícia é um cidadão igual a outros milhões de cidadãos moçambicanos. Quem lhe conferiu o direito de humilhar publicamente outros moçambicanos. Não há tribunais em Moçambique? Qualquer um condenado, seja qual for o crime, não tem direito de defesa, honra e bom nome?
Uma responsabilidade e o exercício de funções não dão direito a abusos. Um comandante da Polícia é um cidadão igual a outros milhões de cidadãos moçambicanos. Quem lhe conferiu o direito de humilhar publicamente outros moçambicanos. Não há tribunais em Moçambique? Qualquer um condenado, seja qual for o crime, não tem direito de defesa, honra e bom nome?
Como a inteira sociedade moçambicana permite que um comandante da Polícia substitua inteiros tribunais fazendo-se passar ele mesmo por um juiz? Que nível de arbitrariedade são estas? Será este um Estado de direito? Parece um país de bananas onde cada um entende e faz o que melhor lhe passa pela cabeça.
O que terão feito aqueles homens também não se percebeu. A única coisa que pude ver e perceber era um espetáculo sem graça de um senhor vangloriado e dando-se ares de superioridade através de ameaças e com direito especial de humilhar publicamente os seus colegas da corporação. Nem um presidente da República pode permitir-se tamanha barbaridade, arbitrariedade e violação dos direitos humanos ao olhar impávido da inteira sociedade que assiste.
Quando muitos países incluindo africanos celebram o progresso e a gradual conquista da democracia, de liberdades e respeito dos direitos humanos etc. eis que aparece arbitrariedade.
Um comandante de polícia pode substituir os tribunais? Será ele mesmo um tribunal? Não existem tribunais em Moçambique? Aqueles senhores não tem direito a defesa, a honra e ao bom nome? Como é possível tamanha barbaridade no século 21?
Diante deste esperaculo faz-me recordar a violência material e psicologica gratuita do século passado revivendo arbitrariedades do autoritarismo e das ditaduras comunistas dos anos 70 e 80. Quando as pessoas eram julgadas e condenadas ou assassinadas em publico sem defesa e o respeito pelos direitos humanos e dignidade de cada homem.
Parece historias do tempo de Campos de Reeducação. Difícil acreditar que isso aconteça em pleno século 21.
Parece historias do tempo de Campos de Reeducação. Difícil acreditar que isso aconteça em pleno século 21.
A pergunta que cada um pode fazer-se é como foi possível um senhor daquele chegar ao mais alto nível da patência policial sem carácter nem dignidade e tenha conhecimento basico dos direitos humanos e respeito pela dignidade pessoa humana? Como foi possível a sua Excelência Senhor presidente da República nomear e ter confiado num individuo desta natureza? Que tipo de liderança era aquela? Mostrar a sua grandeza do comandante e humilhar aqueles desgracados?
Estamos a voltar atrás de 50 anos. Um semelhante espetáculo não é possível ser visto no século 21 em países civilizados tanto menos em Estado de direito e democrático. Como é que a sociedade moçambicana permite?
Percebi que a intenção do comandante podia ser atrás de ameaças e expulsão pública dos membros de corporação como um acto intimidatório desencorajar quem ousa falar da Polícia nas redes sociais. Falou de um certo Unay Cambuma. Pensa senhor comandante isso possível? Nenhum país hoje já conseguiu travar a liberdade de expressão das redes sociais. Quem tentar cai no ridículo como quem tenta tapar com peneira o inteiro sol e oferece o esespetáculo semelhante.
Hoje todos percebem que as instituições do Estado são públicas quer dizer que elas pertencem a todos moçambicanos e sobre todas as coisas qualquer um tem o direito de se pronunciar. Isso chama-se cidadania e democracia.
Hoje todos percebem que as instituições do Estado são públicas quer dizer que elas pertencem a todos moçambicanos e sobre todas as coisas qualquer um tem o direito de se pronunciar. Isso chama-se cidadania e democracia.
O senhor comandante deve saber que a policia não é uma instituição privada. Quem gere as instituições públicas deve estar preparado ao conflito dialético próprio de sociedades modernas. Quem não quer críticas saia e deixa quem está aberto a confrontação democrática do pluralismo e diversidade de ideias e ao direito a crítica.
Percebi que o Senhor comandante quer mandar calar as pessoas, os membros da sua corporação através de ameaças e humilhações públicas incutindo medo. Acha esta uma solução aos problemas? Não será melhor adequar às instituições que dirige as novas e sempre crescente dinâmicas das sociedades modernas? Hoje as pessoas ja perderam o medo, cala uma voz nasce a outra. A democracia é um percurso sem retorno por mais que nos ofereça um espetáculo dos Campos de Redução dos anos 80. Que ridículo.
Governador de Nampula foge do Palacio por causa de Ratos
Já falando de um assunto interno
Consta que o Governador da Província de Nampula abandonou o palácio devido a praga de ratos que assaltou a mansão.
Pelo que consta no jornal editado localmente, o Ikweli, de que director é meu amigo, o Aunicio da Silva, há três meses ou mais que governador e sua família moram fora do Palácio.
Isto é mau; os ratos não podem fazer isso. Eles, os ratos, deviam saber que o governador precisa de um lugar condigno e longe deles para poder trabalhar em prol do desenvolvimento do país e especificamente, da Província de Nampula.
Por outro lado, sabemos todos que a Cidade de Nampula é governada pelo Senhor Paulo Vahanle desde 2018, mais concretamente desde Abril de 2018 (um ano e alguns dias, até hoje). Sabemos também que um dos problemas de governação de Vahanle é a sua incompetência na gestão do lixo e limpeza da cidade. Todos os nampulenses são unânimes em afirmar que Vahanle deve fazer melhor para devolver à cidade, o merecido brilho dos tempos do falecido Amurane. A sujidade, o lixo e a sua não remoção proporcionam o surto de pragas como ratos, baratas ou moscas; vetores de doenças como peste bubónica, cólera e outras doenças. É, por asism dizer, essa condição a que os nampulenses estão potencialmente expostos.
PS: Parece-me que, para um governador de província, ficar três meses fora do palácio fugindo de ratos é tempo demais. Se mesmo a retoma da normalidade pós-Idai levou apenas um mês, parece-me exagerado ficar esse tempo todo fora de casa por causa de ratos. Existem formas simples e eficazes de purgar os ratos do palácio. É muito mais barato e rápido que gastar dinheiro em habitações alternativas. Nós cidadãos desratizamos as habitações de tempos-em-tempos ou, purgamo-los tempestivamente. Volte ao palácio camarada governador e mate os ratos por favor. Imponha-se perante seres inferiores.
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