Acção surge horas depois de terem sido avistados tanques a caminho de Harare e um dia depois de o comandante das Forças Armadas ter exigido o fim da "purga" no partido do poder.
Dois funcionários da televisão pública do Zimbabwe, a ZBC, relataram esta noite de terça-feira à Reuters que a sede foi ocupada por militares. As mesmas fontes indicam que alguns funcionários foram manietados, tendo os soldados dito que não deveria preocupar-se, pois estavam lá apenas para proteger o local.
Também esta noite, a Associated Press avança que foram ouvidas pelo menos três explosões na capital Harare e que foram vistos veículos militares nas ruas.
Os acontecimentos das últimas horas reforçam a ideia de que poderá estar iminente um golpe de Estado no Zimbabwe. Na segunda-feira, o comandante das Forças Armadas, Constantino Chiwenga, fez uma rara intervenção pública exigindo o fim daquilo que considera ser uma “purga” no partido do poder, o Zanu-PF do Presidente Robert Mugabe – que na semana passada demitiu o segundo vice-presidente – e garantiu que o exército interviria se necessário.
Já nesta terça-feira, segundo noticiou a Reuters, citando testemunhas no terreno, foram avistados dois tanques estacionados na principal estrada que liga Harare e a cidade de Chinhoyi, numa zona localizada a cerca de 20 quilómetros da capital. Outras testemunhas referiram que quatro tanques fizeram inversão de marcha quando chegavam a Harare e seguiram em direcção ao complexo da guarda presidencial situado num subúrbio da capital.
O aviso do líder das Forças Armadas e o crescimento da tensão surgem depois da demissão do vice-presidente Emmerson Mnangagwa, que começava a ser apontado como o sucessor do Presidente Mugabe, numa decisão que foi vista como uma forma de abrir caminho ao poder à primeira-dama Grace Mugabe. Em Dezembro vai realizar-se o congresso do Zanu-PF onde será escolhido o próximo vice-presidente.
Esta terça-feira, e após a declaração de Chiwenga e os relatos de movimentações de tanques, o Zanu-PF acabou por reagir e declarar que não iria ceder à pressão militar, acusando o chefe das Forças Armadas de traição.
PÚBLICO(Lisboa) – 14.11.2017
O aviso do líder das Forças Armadas e o crescimento da tensão surgem depois da demissão do vice-presidente Emmerson Mnangagwa, que começava a ser apontado como o sucessor do Presidente Mugabe, numa decisão que foi vista como uma forma de abrir caminho ao poder à primeira-dama Grace Mugabe. Em Dezembro vai realizar-se o congresso do Zanu-PF onde será escolhido o próximo vice-presidente.
Esta terça-feira, e após a declaração de Chiwenga e os relatos de movimentações de tanques, o Zanu-PF acabou por reagir e declarar que não iria ceder à pressão militar, acusando o chefe das Forças Armadas de traição.
PÚBLICO(Lisboa) – 14.11.2017
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