O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro maior partido no país, acusou hoje a Frelimo, partido no poder, de oportunismo político, por imputar àquela organização a autoria da morte do presidente do município de Nampula, norte do país.
Em declarações à Lusa em Maputo, o porta-voz do MDM, Fernando Bismarque, declarou que as acusações da Frelimo configuram uma situação de aproveitamento político, afirmando que o partido no poder podia estar interessado na morte de Mahamudo Amurane.
"É um aproveitamento político por parte da Frelimo, a própria Frelimo é parte interessada na morte de Amurane", afirmou Bismarque.
O porta-voz do MDM lembrou as declarações do secretário-geral da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação de Moçambique (ACLLIN), integrada na Frelimo, Fernando Faustino, de que o partido no poder fará tudo o que estiver ao seu alcance para arrancar os municípios que estão nas mãos da oposição.
"Fernando Faustino dizia que os camaradas [da Frelimo] não apanhavam sono, queriam arrancar os municípios a todo o custo, ironicamente, cinco dias depois, foi assassinado o presidente Amurane", afirmou.
Fernando Bismarque declarou que as divergências entre o MDM e Mahamudo Amurane não podem ser as únicas linhas de investigação da polícia ao homicídio do edil.
"Não há uma relação entre as convulsões políticas [entre o MDM e Mahamudo Amurane] e aquilo que aconteceu", declarou Fernando Bismarque.
O MDM questionou o Governo sobre o ponto de situação das investigações à morte de Mahamudo Amurane durante a sessão parlamentar de perguntas ao executivo, levando vários deputados da Frelimo a acusar diretamente a direção do terceiro maior partido de envolvimento no homicídio.
Mahamudo Amurane mantinha publicamente divergências com a direção do seu partido, ao qual acusava de pressões para o desvio de recursos do município para as atividades do MDM.
A vítima chegou a qualificar o presidente do MDM, Daviz Simango, como ditador, tendo anunciado que iria concorrer a um segundo mandato nas eleições autárquicas de 2018 desvinculado do partido.
Na resposta à pergunta do MDM, o ministro da Justiça, Isac Chande, afirmou terça-feira no parlamento que seis pessoas foram constituídas arguidas por indícios de envolvimento no homicídio, aguardando o decurso do processo em liberdade.
Mahamudo Amurane foi mortalmente baleado no dia 04 de outubro na sua residência em Nampula.
PMA // EL
Lusa – 02.11.2017
"Não há uma relação entre as convulsões políticas [entre o MDM e Mahamudo Amurane] e aquilo que aconteceu", declarou Fernando Bismarque.
O MDM questionou o Governo sobre o ponto de situação das investigações à morte de Mahamudo Amurane durante a sessão parlamentar de perguntas ao executivo, levando vários deputados da Frelimo a acusar diretamente a direção do terceiro maior partido de envolvimento no homicídio.
Mahamudo Amurane mantinha publicamente divergências com a direção do seu partido, ao qual acusava de pressões para o desvio de recursos do município para as atividades do MDM.
A vítima chegou a qualificar o presidente do MDM, Daviz Simango, como ditador, tendo anunciado que iria concorrer a um segundo mandato nas eleições autárquicas de 2018 desvinculado do partido.
Na resposta à pergunta do MDM, o ministro da Justiça, Isac Chande, afirmou terça-feira no parlamento que seis pessoas foram constituídas arguidas por indícios de envolvimento no homicídio, aguardando o decurso do processo em liberdade.
Mahamudo Amurane foi mortalmente baleado no dia 04 de outubro na sua residência em Nampula.
PMA // EL
Lusa – 02.11.2017
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