Canal de Opinião por Salomão Muchanga
Estamos avançando um trabalho de posição de ideias e de fertilização da luta pela liberdade e direitos humanos.
Este Fórum Aberto dos Defensores dos Direitos Humanos quer comunicar à sociedade moçambicana e à comunidade internacional a urgência de se investir na defesa dos direitos humanos, impulso empolgante, força vibrante e inquebrantável dos percursores da liberdade.
Perante:
- perseguições;
- censura;
- controlo ideológico;
- sevícias;
- exclusão;
- desaparecimentos;
- baleamentos;
- assassinatos e,
- manifestações repelidas por blindados e cães…
Mas porque acreditamos na cultura da experiência e liberdade de expressão, a questão é como continuar a luta; como formar a consciência crítica sem entrar no ciclo da amargura e das lamentações.
Esta parceria confere-nos uma oportunidade para fazer uso do “Freedom House – Led Programa de Apoio e Assistência de Emergências” para garantir a segurança, realocação e outras formas de assistência aos defensores dos direitos humanos em Moçambique.
Não podemos continuar neutros: na teoria deles, onde a palavra não entra a bala fura. Falam de libertação mas a sua pedagogia é a dominação.
Vivemos um sistema que tolera e aprova o baleamento de um cidadão que emite a sua opinião mas o mesmo sistema admira a esperteza de um político que baralha biliões em nome do mar. O sistema honra essa pessoa. “How come?”
Não podemos continuar neutros!
Quando a crítica é considerada subversão; quando a corrupção é companheira do dia-a-dia; quando as dívidas ilegais geram fome e miséria;
Quando o regime vai dividindo o bolo ainda no forno; quando temos sonhos adiados e rendimentos hipotecados…
Não podemos ter medo de partir:
Não podemos estar neutros!
Toda a acção, pequena que seja, é transformadora se partir de uma visão estrutural da sociedade, com engajamento sério, consequente e vibrante pois o engajamento construtivo é a garantia para não ficar apenas em palavras, em discurso estéril.
Também devemos contar com os amigos da liberdade e dos direitos humanos e lembrar-lhes que temos no país “bons pintores mas que não podem fazer boa pintura com pincéis danificados”. Saudamos assim a Freedom House por esta parceria.
Empolgamo-nos com as liberdades democráticas por isso lançamo-nos a esta iniciativa de direitos humanos em 2 componentes:
A meta é, por um lado, termos os defensores dos direitos protegidos a trabalhar em rede, em ajuda mútua e solidária, com apoio para a sua assistência; e, por outro, desenvolver nas comunidades a cultura e valores da paz e direitos humanos com enfoque para mulheres e jovens.
Basta da religião do silêncio. Insistimos aqui que a meta é transformar habitantes em cidadãos.
Lembremo-nos sempre: a liberdade tal como se conquista também se perde, e os direitos humanos por si só não se defendem.
* Intervenção do presidente do Parlamento Juvenil, Salomão Muchanga, no lançamento do Fórum dos Defensores dos Direitos Humanos.
Título da responsabilidade do Canalmoz.
CANALMOZ – 31.10.2017
Esta parceria confere-nos uma oportunidade para fazer uso do “Freedom House – Led Programa de Apoio e Assistência de Emergências” para garantir a segurança, realocação e outras formas de assistência aos defensores dos direitos humanos em Moçambique.
Não podemos continuar neutros: na teoria deles, onde a palavra não entra a bala fura. Falam de libertação mas a sua pedagogia é a dominação.
Vivemos um sistema que tolera e aprova o baleamento de um cidadão que emite a sua opinião mas o mesmo sistema admira a esperteza de um político que baralha biliões em nome do mar. O sistema honra essa pessoa. “How come?”
Não podemos continuar neutros!
Quando a crítica é considerada subversão; quando a corrupção é companheira do dia-a-dia; quando as dívidas ilegais geram fome e miséria;
Quando o regime vai dividindo o bolo ainda no forno; quando temos sonhos adiados e rendimentos hipotecados…
Não podemos ter medo de partir:
- quando as vítimas são responsáveis por serem vítimas e;
- quando os pobres são pobres porque querem.
Não podemos estar neutros!
Toda a acção, pequena que seja, é transformadora se partir de uma visão estrutural da sociedade, com engajamento sério, consequente e vibrante pois o engajamento construtivo é a garantia para não ficar apenas em palavras, em discurso estéril.
Também devemos contar com os amigos da liberdade e dos direitos humanos e lembrar-lhes que temos no país “bons pintores mas que não podem fazer boa pintura com pincéis danificados”. Saudamos assim a Freedom House por esta parceria.
Empolgamo-nos com as liberdades democráticas por isso lançamo-nos a esta iniciativa de direitos humanos em 2 componentes:
- hospedar um Fórum dos Defensores dos Direitos Humanos (FDDH) que ligue activistas ao longo do país, usando uma abordagem estratégica para unir actores que actuam isoladamente na salvaguarda dos direitos humanos;
- construir capacidades e elevar a consciência de direitos nas áreas rurais, peri-urbanas, vilas e postos administrativos de Montepuez, Barué e Chókwè, nas províncias de Cabo Delgado, Manica e Gaza respectivamente, numa fase-piloto, através de acções de educação democrática com vista a empoderar novos e existentes defensores de direitos humanos e, a informar as comunidades locais sobre os seus direitos e liberdades fundamentais.
A meta é, por um lado, termos os defensores dos direitos protegidos a trabalhar em rede, em ajuda mútua e solidária, com apoio para a sua assistência; e, por outro, desenvolver nas comunidades a cultura e valores da paz e direitos humanos com enfoque para mulheres e jovens.
Basta da religião do silêncio. Insistimos aqui que a meta é transformar habitantes em cidadãos.
Lembremo-nos sempre: a liberdade tal como se conquista também se perde, e os direitos humanos por si só não se defendem.
* Intervenção do presidente do Parlamento Juvenil, Salomão Muchanga, no lançamento do Fórum dos Defensores dos Direitos Humanos.
Título da responsabilidade do Canalmoz.
CANALMOZ – 31.10.2017
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