"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



domingo, 3 de setembro de 2017

Kroll recomenda audição do indivíduo “A”

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Pela Procuradoria-Geral da República
Depois de ter “escor­raçado”, do seu gabinete, o grupo de auditores que investigativa a rocam­bolesca questão das “dívidas ocultas” e posteriormente se vangloriado nas redes sociais pelo “grande feito”, o individuo A, assim como identifica o relatório, deve ser ouvido pela Pro­curadoria-Geral da República (PGR).
Carlos Agostinho do Rosário, o todo poderoso oficial dos Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE) deve ser ouvido pela PGR, especificamente para responder e esclarecer em relação a questão que tem a ver com as penumbras à volta dos 500 milhões de dólares do pacote dos 850 milhões que foram concedidos à Ematum.
Esta recomendação é da própria Kroll e consta do relatório integral elaborado pela consultora britânica, entretanto, ainda escondida em segredo pela Procuradoria Gerald a República.
Segundo se sabe, a PGR partilhou o sumário executivo do relatório da Kroll em Junho, e ficou a promessa de partilhar o resto, ou seja, o relatório integral, três meses depois, mas até aqui nada transpirou.
Entretanto, a PGR preferiu parti­lhar o relatório integral com algumas embaixadas em Maputo, o que para o Centro de Integridade Pública (que teve acesso ao relatório na íntegra) não deve ser. O CIP defende e exige que a PGR partilhe já, com o público moçambicano (o principal lesado com a contratação ilegal dos 2.2 mil milhões de dívidas), o relatório na íntegra e não adoptar a estratégia de partilhar, de forma selecti­va, privilegiando algumas embaixadas.
A necessidade de explicação exaustiva dos contornos do uso dos 500 milhões de dólares resulta do facto de, durante a investigação o indivíduo “A” ter dito que o valor foi para a compra de material militar, mas, no contraditório, o fornecedor (Privinvest) rejeitou completamente a informação de Carlos Agostinho do Rosário.
A Privinvest, sedeada em Abu Dhabi e pertencente ao libanês Iskan­der Safa, disse, na ocasião, que em nenhum momento, forneceu material bélico. A Privinvest é a empresa-mãe da família Safa, que opera nas áreas da construção naval, transportes ma­rítimos, imobiliária e exploração de petróleo e gás.
Entretanto, a Procuradoria-Geral da República, ao que parece, conti­nua a enfrentar sérias dificuldades de buscar formas de ir a fundo das questões levantadas e recomendadas como acções de seguimento investiga­tivo. Esta realidade pode ser lida, por exemplo, no à vontade que tem estado a ser apresentado por Carlos Agostinho do Rosário na abordagem deste assunto.
Outras questões consideradas e recomendadas para o seguimento no trabalho da PGR têm, segundo o Centro de Integridade Pública, a ver com a necessidade de se investigar o inadequado “due diligence” do Credit Suisse e das empresas criadas, assim como iniciar processo de arbitragem internacional para apurar os indícios de sobrefacturação.
MEDIA FAX – 01.09.2017

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