Líder da Renamo defende que exército deve ser neutro. Não deve pertencer a qualquer partido político
O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, garantiu hoje em Gorongosa, que a partir de 2019, os governadores provinciais passarão a ser eleitos. Dhlakama referiu que já há um acordo entre si e o Chefe do Estado para que as eleições em causa sejam efectivas. “Conseguimos. Em 2019 teremos governadores eleitos, da Renamo, Frelimo, MDM ou se calhar de outros partidos”, revelou.
Dhlakama acrescentou que a questão da eleição dos governadores é certa, faltando, neste momento, decidir-se se será por voto directo ou através da assembleia. Mas nós dissemos que deveria ser por voto directo. “O bom é que, pela primeira vez, a Frelimo concordou e disse sim, haverá eleição de governadores”
O líder da Renamo falava durante a abertura da reunião da Comissão política do seu partido, alargada a outros quadros seniores, que tem como objectivo analisar a actual situação política do país e perspectivar as próximas eleições.
Dhlakama garantiu ainda que o projecto de descentralização da Renamo será aprovado pela Assembleia da República, apesar de ser dominada pela Frelimo. “É um acordo entre Dhlakama e Nyusi. Nós aprovamos e entra como um acordo do Governo e da Renamo”.
Afonso Dhlakama apontou, por outro lado, que a questão de despartidarização das forcas armadas continua uma preocupação. “Estamos a negociar para que, de facto, haja cumprimento do que foi acordado em Roma, que as forças armadas deixariam de ser partidárias. E isto está a ser discutido. Quando falo com o Presidente da República, ele diz que vai corrigir. A Renamo não quer golpear a Frelimo, nem matar os seus comandos. Queremos que os nossos comandos militares sejam enquadrados nos lugares de chefia. O exército deve ser neutro. Não deve pertencer nem a Renamo, nem a Frelimo e nem a qualquer outro partido”
O líder da Renamo reiterou que deve haver equilíbrio nos comandos do Ministério do Interior e das Forcas Armadas. “Se não houver acordo, poderemos ficar com dois exércitos, o da Renamo e o da Frelimo”, disse.
O líder do partido da perdiz criticou a actuação do Serviço de Informações e Segurança do Estado (SISE). “Aqui na Gorongosa, eu dei a trégua, mas por todos os lados encontram-se agentes do SISE a espiar”.
Dhlakama terminou o seu discurso garantindo que continuará a manter contactos com o Chefe do Estado, para a construção de uma paz efectiva no país. “Continuarei a fazer a minha parte. Eu gostaria de governar, com democracia, nem que seja por um mandato, como o fez Mandela, mas com democracia”, desabafou.
A reunião da Comissão Política da Renamo alargada a outros quadros deverá terminar amanhã. Refira-se que esta é a primeira aparição pública de Afonso Dhlakama, um ano meio depois do cerco à serra de Gorongosa pelas Forças armadas de Defesa de Moçambique.
O PAÍS – 23.09.2017
Afonso Dhlakama apontou, por outro lado, que a questão de despartidarização das forcas armadas continua uma preocupação. “Estamos a negociar para que, de facto, haja cumprimento do que foi acordado em Roma, que as forças armadas deixariam de ser partidárias. E isto está a ser discutido. Quando falo com o Presidente da República, ele diz que vai corrigir. A Renamo não quer golpear a Frelimo, nem matar os seus comandos. Queremos que os nossos comandos militares sejam enquadrados nos lugares de chefia. O exército deve ser neutro. Não deve pertencer nem a Renamo, nem a Frelimo e nem a qualquer outro partido”
O líder da Renamo reiterou que deve haver equilíbrio nos comandos do Ministério do Interior e das Forcas Armadas. “Se não houver acordo, poderemos ficar com dois exércitos, o da Renamo e o da Frelimo”, disse.
O líder do partido da perdiz criticou a actuação do Serviço de Informações e Segurança do Estado (SISE). “Aqui na Gorongosa, eu dei a trégua, mas por todos os lados encontram-se agentes do SISE a espiar”.
Dhlakama terminou o seu discurso garantindo que continuará a manter contactos com o Chefe do Estado, para a construção de uma paz efectiva no país. “Continuarei a fazer a minha parte. Eu gostaria de governar, com democracia, nem que seja por um mandato, como o fez Mandela, mas com democracia”, desabafou.
A reunião da Comissão Política da Renamo alargada a outros quadros deverá terminar amanhã. Refira-se que esta é a primeira aparição pública de Afonso Dhlakama, um ano meio depois do cerco à serra de Gorongosa pelas Forças armadas de Defesa de Moçambique.
O PAÍS – 23.09.2017
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