Por Anchieta Maquitela em Agosto 1, 2014
Um total de 300 membros do Movimento
Democrático de Moçambique (MDM) abandonou ontem em Nampula o seu partido não se
sabendo até então para que partidos vão filiar-se.
A informação foi divulgada pelo Chefe de
Gabinete de Imagem do MDM, Juma Molide numa conferência de imprensa convocada
para anunciar este facto.
Segundo Molide, os membros decidiram
abandonar o partido alegadamente por falta de transparência e democracia no
meio do MDM, bem como por falta de respeito aos princípios que orientam a
realização de eleições internas para a escolha dos candidatos a membros das
assembleias provinciais e a deputados da Assembleia da República.
Na lista definitiva relativa à
composição dos candidatos pelo círculo eleitoral de Nampula está visível
que os concorrentes deste partido a membros da Assembleia Provincial e a deputados
da Assembleia da República residem, na sua maioria, na província de Sofala.
Os membros do MDM em Nampula dizem estar
cansados do MDM e é evidente que foram enganados para servir os
interesses do Presidente deste partido Daviz Simango e dos seus
parentes.
Por sua vez ,o Delegado político do MDM,
em Nampula, Rachade Carvalho, o único cujo nome consta na lista de
candidatos a deputado da AR pelo círculo eleitoral de Nampula, reagiu ao
anúncio alegando que o MDM é inclusivo e por essa razão não realiza
eleições internas mas sim indicam os membros que acham ter
capacidade para exercer o cargo que propõem.
Carvalho disse ainda que o MDM não
depende de algumas centenas de membros para sobreviver acusando Juma
Molide de ambicioso e que está a exercer a função de pelo Chefe de
Gabinete de Imagem do MDM por erro da direcção.
Informações em nosso poder indicam que o
Serviço de Inteligência e Segurança do Estado( SISE), que sempre jogou a favor
do partido Frelimo, colocou recentemente em marcha um longo programa para
desestabilizar o Movimento Democrático de Moçambique, MDM.
O delegado provincial do MDM, em
Nampula, Rachade Carvalho, disse que já havia neutralizado Juma Valgy quando
pretendia instalar um ambiente de desordem e desorganização no MDM, por isso,
conclui que ele tinha uma missão particular a cumprir que era a de destruir o
partido.
“Juma Molide não é bom
companheiro. É preciso trabalhar e só depois receber de volta os frutos do
nosso suor. Juma Valgy só quer colher a toda a pressa, para além de ser um
agitador”, disse Carvalho. Soubemos ainda da movimentação estranha de elementos
do SISE, em Maputo, comunicando-se que “a bomba que vai acabar com o MDM já
rebentou”.
“Temos informações que o SISE está a
criar condições logísticas para que Juma Valgy e a sua delegação venham a
Maputo para dar uma “conferência de imprensa final” e instruíram para que fosse
replicada em Angoche, Nacala lá onde houver ambiciosos instrumentalizados que
mal chegam sonham com os píncaros do poder”, referiu.
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