É
desejo de todo Moçambicano ver o Presidente Guebuza e o líder da Renamo o
senhor Dhlakama, sentados como irmãos a exemplo do que aconteceu no dia 4 de
Outubro de 1992 e assinarem o ditoso
memorando e ditará o fim das hostilidades militares e de novo
gloriarmo-nos de Paz. No entanto está o empasse do senhor Dhlakama afirmar que
nunca irá ao Maputo antes da assinatura desse documento por medo de ser
abatido, já que com a lei da amnistia promulgada pelo Presidente da República,
não pode ser detido.
Talvez
alguns me chamem de pessimista ou contra a paz ou mesmo que sou da Renamo ou do
MDM (da oposição). Mas a verdade é que eu gosto de usar da minha direito de
cidadania e expressar aquilo que a minha visão, fruto de análises e reflecções
daquilo que acontece no nosso país.
Fazendo
a releitura dos acontecimentos destes últimos anos, no que tange o conflito
politico-militar que veio paralisar o desenvolvimento do país, podemos dizer
que o senhor Dhlakama tem toda razão do mundo para não ir a Maputo enquanto as coisas
não se clarificar. O caso recente da detenção do Muchanga logo ao sair do
encontro do Conselho do Estado convocado pelo Presidente, era de esperar essa
posição de Dhlakama.
Se
se lembram, Dhakama saiu de Maputo a Nampula e depois para Sandunjira com o
mesmo motivo de que queriam lhe assassinar. Em Março de 2012 houve aquele
assalto a delegação da Renamo a 600 metros da sua residência e isto foi
agravando o relacionamento entre as duas partes. Fugiu de Nampula a Sandunjira,
aconteceu aquilo que ele sempre foi dizendo que a Frelimo quer lhe matar,
atacando e ocupando essa residência dele. Aqui não havia outra coisa, a não ser
eliminar a ele definitivamente.
Digam
me, alguém de vocês, se eu atacasse na tua casa e ocupasse a residência com
minha força militar, e depois te convido a saíres do teu esconderijo para dialogarmos
na minha casa, aceitariam? Ou envias teu filho para te representar numa reunião
por mim convocada, e ao sair mando prender esse teu filho, e logo faço o convite
para nos encontrar na minha casa, virias ao meu encontro?
Qualquer
pessoa com bom senso, questionará sempre qual é a intenção verdadeira que o
presidente Guebuza tem para com este seu semelhante. Há necessidade de mais tolerância
se bem que queremos que a Paz volte em Moçambique e que ela se consolide. Os discursos
proferidos mostraram claramente que são simplesmente tranquilizantes de consciência
e que não reflectem o que dizem. Se de verdade tem essa vontade de devolver a
paz ao povo, proponho que ele se desloque para qualquer ponto do país que o
outro julgue seguro para sua vida. Ou em
extremos, pode convidar a ele para Gorongosa com a sua segurança e o presidente
também com a sua segurança e aí assinam o documento. Daí se verá quem está para
o bem do povo através do comportamento da sua segurança. Não sendo viável estas
possibilidades, então que mande o documento para onde ele está e assine ou
deixem que o seu representante a faça. que ponham a mão na consciência e procurem resolver o problema do povo e devolvam a paz duma maneira transparente e honesta.
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