Tentativa de eliminar provas de desvio de fundos públicos acaba em tragédia
14 Novembro 2011 04:29
Chimoio, Província de Manica
Funcionário da Direcção Provincial de Identificação Civil de Manica que tentava queimar (com gasolina) documentos que o incriminavam num rombo financeiro de dois milhões de meticais, acabou queimando-se.
Chimoio (Canalmoz) - Um funcionário público afecto ao Departamento de Administração e Finanças da Direcção de Identificação Civil da província de Manica, cuja identidade está a ser escondida, indiciado de ter desviado dois milhões de meticais da instituição, tentou eliminar, com recurso a fogo posto, as provas documentais que eventualmente o pudessem incriminar. Encontravam-se no seu gabinete de trabalho. Só que no lugar de queimar apenas os documentos, o fogo propagou-se rapidamente pelo gabinete e atingiu-o causando-lhe ferimentos graves.
O facto está a ditar momentos de agitação e incredulidade a nível dos serviços de identificação civil da província de Manica.
Segundo o porta-voz do comando provincial de Manica, Belmiro Mutandiua, o funcionário em causa que apesar de trabalhar na identificação civil – ironicamente a sua identidade não nos foi revelada pela Polícia – ardeu junto com as provas que o poderiam incriminar. “Recorreu a cinco litros de gasolina e um fósforo e ateou fogo aos documentos que se encontravam no seu gabinete de trabalho”. É a versão oficial.
A identidade do funcionário pirómano não nos foi possível encontrar por ontem ser domingo.
Afinal o “camarada” estava de férias
O funcionário em questão era acusado de desvio de fundos e vivia com receio de ir parar à cadeia. O indivíduo acabou sendo mandado de férias para se apurarem os contornos do roubo. Mas estranhamente foi ao seu gabinete de trabalho com a exclusiva missão de apagar os vestígios do que o pudesse incriminar e fazia dele o principal suspeito do rombo financeiro na DIC, a nível da provincial de Manica.
Supeito está hospitalizado
O funcionário incendiário encontra-se presentemente internado na sala de cuidados intensivos do hospital provincial de Chimoio. Só depois será submetido às audições para o processo poder seguir os trâmites legais. (José Jeco)
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