"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Corrupção aumentou em Moçambique e na região austral


Revela pesquisa da transparência internacional e do CIP.
A pesquisa da Transparência Internacional revela, ainda, que os inquiridos têm mais confiança nos media para combater a corrupção.
Os resultados da pesquisa lançada ontem, na capital do país, pela Transparência Internacional,  em parceria com o Centro de Integridade Pública (CIP), relativamente à percepção da opinião pública sobre corrupção, contrariam o discurso incisivo dos governantes sobre este mal.
É que a pesquisa, que abrangeu 1 000 entrevistados, entre a última e a primeira semanas de abril e Maio, respectivamente, mostra, no geral, que a maioria dos inquiridos tem a percepção de que a corrupção aumentou em Moçambique.
Questionados sobre o comportamento do nível de corrupção nos últimos três anos no país, 56% dos inquiridos defendem que aumentou; contra apenas metade deste universo percentual - 23% - que considera que permaneceu igual. Ainda na mesma pesquisa, 21% é de opinião de que diminuiu.
Numa avaliação mais profunda sobre a corrupção nas instituições, os dados são arrasadores, ao apontarem a Polícia da República de Moçambique como a má da “fita”, pois é considerada  extremamente corrupta por 58.2% dos inquiridos. O sistema de educação no nosso país também não goza de boa reputação no seio dos inquiridos, ao ser colocado logo a seguir à polícia, com 43.1% de inquiridos a considerá-lo, igualmente, extremamente corrupto.
Os media não escapam desta mancha de corrupção. ainda que envolvidos, aparecem na cauda, sendo apenas superados pelas organizações não governamentais, no rol de 11 instituições. A extensa lista inclui ainda o parlamento, magistrados, funcionários públicos, entre outros.
A avaliação do nível de corrupção no país deixa transparecer a ideia de que o combate ao burocratismo - uma bandeira eleitoral do actual executivo - está a ser uma batalha difícil de vencer. A pesquisa revela que 60.7% dos inquiridos pagaram suborno para que os seus processos fossem acelerados e 23% pagaram para evitar problemas com as autoridades.
A pesquisa mostra ainda que 13% consideram ter subornado para receber serviços a que tinham direito. Já uma ínfima percentagem, 2.3%, não se lembra por que teria subornado qualquer que fosse a entidade ou agente do Estado.
Nesta árdua batalha de combater à corrupção em Moçambique, os inquiridos foram questionados sobre quem é mais confiável para travar este mal, ao que maior percentagem, 22.9%, depositou o seu voto de confiança nos media, seguindo-se-lhes os líderes governamentais, 20.2%;  e organizações internacionais, 17.1%.

Sem comentários:

Enviar um comentário