Adelino Timóteo diz que ainda não se estudou a História verdadeira.
Adelino Timóteo, escritor e jornalista moçambicano, disse, na passada quinta-feira, 15 de Março, na cidade da Beira, que os moçambicanos ainda não estudaram a História verdadeira do país, após a unificação dos três movimentos que formaram a Frente de Libertação de Moçambique. Falando durante a cerimónia de lançamento do seu livro mais livro, intitulado “Os últimos dias de Uria Simango”, Adelino Timóteo afirmou que há muita coisa oculta que o povo moçambicano não sabe e que não vem reflectida nos manuais que a Frelimo produziu para o ensino no país. Contrariamente à narrativa oficial, que propaga que Uria Simango foi traidor, Adelino Timóteo descreve Uria Simango como um homem de bem, que se sempre bateu pela justiça, pela transparência e pela realização de eleições para a escolha dos dirigentes. “Depois de ter lido os livros, as cartas que a PIDE produziu, percebi que vivi muito tempo enganado a respeito da nossa verdadeira História”, disse Adelino Timóteo e acrescentou que há muitos moçambicanos que foram mortos no período da luta de libertação e depois da Independência, pela Frelimo, acusados de serem reaccionários. E cita os nomes de Joana Simeão, Uria Simango e a sua esposa, por terem defendido que a eleição dos presidentes e dirigentes do Governo devia ser por via de voto. “Tenho a máxima certeza de que, se a vida daqueles homens fosse poupada e pautássemos pela via das eleições, a Frelimo teria ganho por uma maioria absoluta invejável.
Eu descobri que Uria Simango não é aquela pessoa que dizem que foi vende-pátria, que se entregou aos portugueses para vender a independência nacional”, disse Adelino Timóteo. Segundo Adelino Timóteo, a maior guerra que Uria Simango travou dentro do seu partido foi pela realização de eleições justas, transparentes e livres. Uria Simango foi um dirigente da Frelimo, tendo sido seu vice-presidente, e foi executado extrajudicialmente pela própria Frelimo, após a Independência, em 1975, por alegada traição. Foi um dos chamados “reaccionários” pelas autoridades de Maputo. O mesmo aconteceu em relação à sua esposa, Celina Simango, e a outros dissidentes da Frelimo. No seu livro, Adelino Timóteo conta o percurso de um Uria Simango diferente daquele quea Frelimo sempre apresentou.
Adelino Timóteo pretende que o livro venha ajudar a compreender a figura de Uria Simango fora da classificação habitual de “reaccionário”. A cerimónia de lançamento do livro teve a presença de familiares, de amigos e de vários residentes na cidade da Beira. (José Jeco)
CANALMOZ – 20.03.2018
Adelino Timóteo, escritor e jornalista moçambicano, disse, na passada quinta-feira, 15 de Março, na cidade da Beira, que os moçambicanos ainda não estudaram a História verdadeira do país, após a unificação dos três movimentos que formaram a Frente de Libertação de Moçambique. Falando durante a cerimónia de lançamento do seu livro mais livro, intitulado “Os últimos dias de Uria Simango”, Adelino Timóteo afirmou que há muita coisa oculta que o povo moçambicano não sabe e que não vem reflectida nos manuais que a Frelimo produziu para o ensino no país. Contrariamente à narrativa oficial, que propaga que Uria Simango foi traidor, Adelino Timóteo descreve Uria Simango como um homem de bem, que se sempre bateu pela justiça, pela transparência e pela realização de eleições para a escolha dos dirigentes. “Depois de ter lido os livros, as cartas que a PIDE produziu, percebi que vivi muito tempo enganado a respeito da nossa verdadeira História”, disse Adelino Timóteo e acrescentou que há muitos moçambicanos que foram mortos no período da luta de libertação e depois da Independência, pela Frelimo, acusados de serem reaccionários. E cita os nomes de Joana Simeão, Uria Simango e a sua esposa, por terem defendido que a eleição dos presidentes e dirigentes do Governo devia ser por via de voto. “Tenho a máxima certeza de que, se a vida daqueles homens fosse poupada e pautássemos pela via das eleições, a Frelimo teria ganho por uma maioria absoluta invejável.
Eu descobri que Uria Simango não é aquela pessoa que dizem que foi vende-pátria, que se entregou aos portugueses para vender a independência nacional”, disse Adelino Timóteo. Segundo Adelino Timóteo, a maior guerra que Uria Simango travou dentro do seu partido foi pela realização de eleições justas, transparentes e livres. Uria Simango foi um dirigente da Frelimo, tendo sido seu vice-presidente, e foi executado extrajudicialmente pela própria Frelimo, após a Independência, em 1975, por alegada traição. Foi um dos chamados “reaccionários” pelas autoridades de Maputo. O mesmo aconteceu em relação à sua esposa, Celina Simango, e a outros dissidentes da Frelimo. No seu livro, Adelino Timóteo conta o percurso de um Uria Simango diferente daquele quea Frelimo sempre apresentou.
Adelino Timóteo pretende que o livro venha ajudar a compreender a figura de Uria Simango fora da classificação habitual de “reaccionário”. A cerimónia de lançamento do livro teve a presença de familiares, de amigos e de vários residentes na cidade da Beira. (José Jeco)
CANALMOZ – 20.03.2018
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