Canal de Opinião por Edwin Hounnou
O apoio que o MDM declarou, em Nampula, para a segunda volta da intercalar de 14 de Março, é um sinal inequívoco de que os dois partidos muito têm em comum que, com uma boa coordenação, podem mudar o actual cenário de marasmo político em que o país se encontra mergulhado. O MDM, já fora da corrida, apelou aos seus membros, amigos e simpatizantes a afluírem em massa a fim de votarem no candidato da Renamo, Paulo Vahanle, na segunda volta da eleição intercalar de 14 de Março.
Este gesto significa a disponibilidade do MDM de cooperar, formando uma frente eleitoral única nas próximas eleições – nas autárquicas de 10 de Outubro de 2018 e nas gerais de 2019, a fim de acomodar o partido Frelimo na oposição. A ganância dos que atiram pedras contra o MDM e proferiam injúrias, uns na TV e Rádio, outros nos jornais e redes socias, é infundada. O momento político de Nampula obrigou o MDM a curvar-se perante a evidência de que é melhor ter a Renamo por perto que a Frelimo. Para afastar a Frelimo do poder, nas actuais condições políticas, justifica-se fazer alianças até com o diabo. Os que lançam impropérios o fazem cumprindo outras agendas.
Ofendem por temerem a concorrência. São uns cobardes que só olham para os seus umbigos e, por vezes, conseguem enganar as suas lideranças, dando-lhes a entender que são os mais competentes. Têm medo de perder os seus privilégios. Juntar a larga popularidade da Renamo, por este partido representar os anseios dos oprimidos e excluídos pelo regime anacrónico da Frelimo, à experiência e determinação inabalável do MDM quanto à fiscalização dos possessos eleitorais em que participa, confere um outro gosto às eleições. É preciso uma frente comum para tirar a Frelimo do poder. O povo está pronto para seguir um caminho diferente faltando apenas quem lhe indique a direcção. Os partidos da oposição andam mais preocupados com as suas agendas particulares do que com o derrube da Frelimo.
O afastamento da Frelimo do poder é um imperativo nacional sobre o qual todos nós nos devemos empenhar. Uma oposição sem lucidez nos objectivos é um conjunto de vermes. A união faz milagres, gera mudanças enquanto as fofocas e intrigas enfraquecem a luta e fortifica o regime de burladores, corruptos e sanguinários. Sempre dissemos que a falta de união entre os oposicionistas é a principal razão da manutenção da Frelimo no poder. Este nosso posicionamento, algumas vezes, é mal interpretado pelos que se julgam iluminados de ambos os lados – Renamo e MDM. A História nos ensina que a união que liberta os oprimidos e os empobrecidos pelas políticas erradas dos governos da Frelimo. Desde as eleições gerais de 1994 que a Renamo vence as eleições mas não ganha. Não porque seja a preferência do povo mas por falta de fiscalização.
O apoio que o MDM declarou, em Nampula, para a segunda volta da intercalar de 14 de Março, é um sinal inequívoco de que os dois partidos muito têm em comum que, com uma boa coordenação, podem mudar o actual cenário de marasmo político em que o país se encontra mergulhado. O MDM, já fora da corrida, apelou aos seus membros, amigos e simpatizantes a afluírem em massa a fim de votarem no candidato da Renamo, Paulo Vahanle, na segunda volta da eleição intercalar de 14 de Março.
Este gesto significa a disponibilidade do MDM de cooperar, formando uma frente eleitoral única nas próximas eleições – nas autárquicas de 10 de Outubro de 2018 e nas gerais de 2019, a fim de acomodar o partido Frelimo na oposição. A ganância dos que atiram pedras contra o MDM e proferiam injúrias, uns na TV e Rádio, outros nos jornais e redes socias, é infundada. O momento político de Nampula obrigou o MDM a curvar-se perante a evidência de que é melhor ter a Renamo por perto que a Frelimo. Para afastar a Frelimo do poder, nas actuais condições políticas, justifica-se fazer alianças até com o diabo. Os que lançam impropérios o fazem cumprindo outras agendas.
Ofendem por temerem a concorrência. São uns cobardes que só olham para os seus umbigos e, por vezes, conseguem enganar as suas lideranças, dando-lhes a entender que são os mais competentes. Têm medo de perder os seus privilégios. Juntar a larga popularidade da Renamo, por este partido representar os anseios dos oprimidos e excluídos pelo regime anacrónico da Frelimo, à experiência e determinação inabalável do MDM quanto à fiscalização dos possessos eleitorais em que participa, confere um outro gosto às eleições. É preciso uma frente comum para tirar a Frelimo do poder. O povo está pronto para seguir um caminho diferente faltando apenas quem lhe indique a direcção. Os partidos da oposição andam mais preocupados com as suas agendas particulares do que com o derrube da Frelimo.
O afastamento da Frelimo do poder é um imperativo nacional sobre o qual todos nós nos devemos empenhar. Uma oposição sem lucidez nos objectivos é um conjunto de vermes. A união faz milagres, gera mudanças enquanto as fofocas e intrigas enfraquecem a luta e fortifica o regime de burladores, corruptos e sanguinários. Sempre dissemos que a falta de união entre os oposicionistas é a principal razão da manutenção da Frelimo no poder. Este nosso posicionamento, algumas vezes, é mal interpretado pelos que se julgam iluminados de ambos os lados – Renamo e MDM. A História nos ensina que a união que liberta os oprimidos e os empobrecidos pelas políticas erradas dos governos da Frelimo. Desde as eleições gerais de 1994 que a Renamo vence as eleições mas não ganha. Não porque seja a preferência do povo mas por falta de fiscalização.
Não havendo uma fiscalização séria e apertada, a Frelimo, que tem o STAE, CNE, a FIR, os tribunais sob o seu controle sempre, impondo falsas vitórias retumbantes para si. Em Nampula, ficou provado que a oposição unida pode remover a Frelimo, seja nas autarquias ou nos municípios neste ano, seja em 2019, da Ponta Vermelha e estabelecer uma nova ordem política. Segundo o novo que está a ser discutido, os cabeças de lista deveriam ser com base na aceitação desse em cada cidade, vila ou distrito. Assim, a oposição seria invencível em regiões centro e norte. Poderia disputar em Gaza, onde a Frelimo domina, porém, em Xai-Xai, pode haver surpresas, a concluir pelas últimas eleições em que o MDM quebrou a hegemonia da Frelimo.
Com dedicação, pode-se pôr fim à aparente hegemonia do partido dos libertadores. Tudo está nas mãos da Renamo e do MDM. Se Dhlakama deixar de ter pena dos seus “irmãos” Frelimo, o povo poderá livrar-se dos camaradas da Frelimo e parar com a sangrenta e roubalheira dos seus recursos naturais. Para as eleições presidenciais, a oposição deveria pensar em um único candidato que, na nossa opinião, seria Afonso Dhlakama, por razões históricas como o comandante que forçou a Frelimo a baixar a sua arrogância contra o povo.
Ganhando a Presidência da República e conquistando a maioria absoluta parlamentar, já pode mudar a Constituição sem nada pedir aos comunistas e instaurar um sistema semipresidencialista e instituir a figura de primeiro-ministro chefe do governo e não um corta-fitas, um simples secretário-mor do chefe de Estado e libertar a justiça das amarras do poder executivo. O que propomos é possível porque a magia da união move até montanhas e derruba os novos Golias que destroem a nossa sociedade.
A magia da união pode trazer a liberdade e democracia que a Frelimo nega ao povo. Uma sociedade forte é aquela cujas leis funcionam, de maneira efectiva. É onde todos os cidadãos e instituições se sujeitam aos ditames da lei.
Com o governo à mercê do banditismo e gangsterismo, como é o do nosso país, apenas a união pode quebrar a eterna desgovernação e saque a que estamos sujeitos desde que o país ascendeu à independência, em 1975. (Edwin Hounnou)
CANALMOZ – 20.03.2018
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