O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) defendeu hoje que a proposta de reestruturação das dívidas ocultas apresentada pelo Governo são a continuação de um plano de "gestão fraudulenta".
"Não há dúvidas, trata-se da continuação de um plano de gestão fraudulenta", declarou à Lusa Sande Carmona, porta-voz do terceiro partido parlamentar em Moçambique.
Em causa está a proposta do ministro das Finanças, Adriano Maleiane, apresentado na terça-feira, numa reunião com credores em Londres, para um corte de 50% nos juros atrasados, ou seja, um perdão de 318 milhões de euros.
Para o porta-voz do MDM, o primeiro passo para resolução do problema da insustentabilidade das dívidas deveria ser pressionar as instituições de justiça para a responsabilização dos autores dos empréstimos ilegais.
"Este processo devia ter começado a partir dos órgãos de justiça. O Governo devia ter exigido celeridade no que diz respeito às responsabilizações, o que facilitaria qualquer outro pedido junto de qualquer entidade envolvida", observou.
"É lamentável que tenhamos chegado a este estágio", frisou o porta-voz do MDM.
Outra reacção partidária ao encontro de Moçambique com os credores veio da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder.
"Não há dúvidas, trata-se da continuação de um plano de gestão fraudulenta", declarou à Lusa Sande Carmona, porta-voz do terceiro partido parlamentar em Moçambique.
Em causa está a proposta do ministro das Finanças, Adriano Maleiane, apresentado na terça-feira, numa reunião com credores em Londres, para um corte de 50% nos juros atrasados, ou seja, um perdão de 318 milhões de euros.
Para o porta-voz do MDM, o primeiro passo para resolução do problema da insustentabilidade das dívidas deveria ser pressionar as instituições de justiça para a responsabilização dos autores dos empréstimos ilegais.
"Este processo devia ter começado a partir dos órgãos de justiça. O Governo devia ter exigido celeridade no que diz respeito às responsabilizações, o que facilitaria qualquer outro pedido junto de qualquer entidade envolvida", observou.
"É lamentável que tenhamos chegado a este estágio", frisou o porta-voz do MDM.
Outra reacção partidária ao encontro de Moçambique com os credores veio da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder.
Questionado pela Lusa, Caifadine Manasse, porta-voz do partido, entende que a intenção do Governo é positiva e é necessário que se respeitem as estratégias que são "fruto da vontade dos moçambicanos".
A proposta apresentada aos credores pelo executivo moçambicano demonstra interesse em garantir uma boa relação com os parceiros internacionais, acrescentou.
"Saudamos o Governo por continuar a encontrar formas, junto dos parceiros internacionais, para que o nosso país continue a crescer", declarou o porta-voz da Frelimo, acrescentando que "dificuldade existem em qualquer país".
A Lusa tentou, sem sucesso, obter um comentário da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido de oposição.
No documento apresentado na terça-feira aos credores, e a que a Lusa teve acesso, Moçambique propõe um 'haircut' [perdão de dívida] de 50% "nos juros passados e nas penalizações, caso existam, e novas maturidades entre oito e 16 anos”.
Um representante do grupo de investidores que detém mais de 80% da dívida pública moçambicana disse, em declarações à agência de informação financeira Bloomberg, que a proposta apresentada pelo Governo vai ser rejeitada.
LUSA – 21.03.2018
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