"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



sexta-feira, 16 de março de 2018

“Desconhecidos” voltam a atacar e matar em Cabo Delgado



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Homens armados sobre os quais se supõe estejam ligados àqueles que têm vindo a realizar ataques desde 4 de Outubro do ano passado em Cabo Delgado, voltaram a atacar.
Desta vez foi na segunda-feira, 12 de Março, na aldeia de Chitolo, no distrito de Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado.
A informação foi divulgada pela Rádio Moçambique na sua emissão de ontem. A Rádio Moçambique diz que os homens armados, chamados “terroristas” pelo Governo, “mataram uma pessoa, queimaram cinquenta casas e saquearam bens da população”.
Segundo a RM, as Forças da Defesa e Segurança já estão na aldeia de Chitolo, que fica localizada a cerca de vinte quilómetros da sede da localidade de Unango, onde ocorreu o primeiro ataque dos homens armados a uma unidade policial e da Força de Protecção de Recursos Naturais, no dia 4 de Outubro do ano passado.
Os “terroristas”, conforme o Governo os vem catalogando, já fizeram vítimas em Nangade, Mocímboa da Praia e Palma.
Recentemente, abordámos o ministro do Interior, Jaime Basílio Monteiro, para perceber se a Polícia não estava a perder controlo da situação. O ministro disse que estava tudo controlado e que os últimos ataques não foram ataques dignos desse nome, mas roubo aos residentes por parte de elementos do grupo, que luta pela sobrevivência, “porque está fragilizado”.
Recentemente, ouvimos também o embaixador dos Estados Unidos da América em Moçambique, Dean Pittman, que manifestou preocupação com os ataques, por causa do investimento norte-americano na área de hidrocarbonetos em Cabo Delgado.
Nessa altura, Dean Pittman manifestou total abertura do seu país para ajudar no que for possível.
Os ataques acontecem dias depois da visita do ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov. Durante a sua passagem por Maputo, Serguei Lavrov anunciou que a empresa petrolífera russa “Rosneft” quer investir na Área “4” da Bacia do Rovuma.
Disse também que os dois países vão reforçar a cooperação na área militar. Ao mesmo tempo, disse ser necessária a criação de uma frente combate contra o terrorismo.
“Tendo em conta a nossa cooperação no domínio técnico-militar, entendemos que a criação do grupo intergovernamental para a cooperação técnico-militar vai promover ainda mais a nossa cooperação na área militar”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, durante a sua passagem por Maputo.
Por seu turno, José Pacheco disse que Moçambique e a Rússia estão “alinhados na cooperação económica” e que o desenvolvimento económico e social precisa de ser protegido.
E acrescentou: “Passámos em revista a cooperação nas Forças de Defesa e Segurança, no que diz respeito à formação de moçambicanos nas diversas especialidades”.
No que diz respeito ao combate contra o terrorismo Serguei Lavrov declarou: “Temos as posições comuns com os nossos parceiros moçambicanos de que uma prioridade global é criar uma frente na luta contra o terrorismo. A ameaça terrorista continua vigente.
Apesar dos esforços que muitos países fazem, continua a ameaçar muitos Estados”. (André Mulungo)
CANALMOZ – 15.03.2018

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