quinta-feira, 3 de agosto de 2017
O Governador de Nampula, Victor Borges, informou, nesta quarta-feira, aos agentes económicos do distrito de Nacarôa que a falta de apoios dos principais credores internacionais aos programas económicos do país está a obstaculizar a materialização da iniciativa presidencial “Um distrito, um banco”.
Borges respondia assim à preocupação manifestada pelos operadores económicos locais concernente à instalação de um banco naquela parcela da província de Nampula.
«Embora estejam alinhados com a estratégia do governo para a bancarização dos distritos, os bancos comerciais querem que o executivo lhes facilidades em termos de infraestruturas para o seu funcionamento, mediante um acordo de arrendamento. Porém, neste momento, o governo não reúne as condições financeiras para o efeito e, em consequência, fica comprometida a concretização da aludida iniciativa presidencial”-explicou Borges.
Neste momento, quinze distritos da província dispõem de serviços bancários, faltando, portanto, por bancarizar oito, nomeadamente Nacaroa, Mecuburi, Mogincual , Liupo, Larde, Lalaua, Memba e Mossuril.
Os agentes económicos e produtores do distrito de Nacaroa consideram imperiosa a instalação de, pelo menos, uma agência bancária naquele ponto da província, que iria concorrer para controlo do fluxo financeiro, criação de bases para assegurar a comercialização dos excedentes agrícolas da população que está a atravessar uma fase crítica caracterizada por falta de compradores.
A população de Nacaroa, incluindo funcionários e agentes do Estado, faz as suas operações bancárias na vila sede distrital de Erati e na localidade de Namialo, em Meconta, que distam cerca de 70 quilómetros.
No entanto, um dos factores que obsta a implantação de um balcão no distrito de Nacaroa está relacionado à escassez de unidades económicas, nomeadamente indústrias, comércio grossista e empresas fomentadoras de culturas de rendimento.
Ainda no referido encontro, o governador de Nampula pediu aos produtores agrários no sentido de estabelecer preços únicos para cada produto agrícola destinado à comercialização. Porque a concertação de preços reduz a vulnerabilidade dos produtores diante dos intervenientes no processo de comercialização, os quais exigem, forma sistemática, a redução do custo dos produtos.
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