domingo, 20 de agosto de 2017
Por Edwin Hounnou
O Presidente da República, Filipe Nyusi, encontrou-se, nas matas da Gorongosa, a 06 de Agosto de 2017, com o Presidente da Renamo, aparentemente, no âmbito da busca da paz, longe do conforto dos gabinetes ou das mordomias dos hotéis. À primeira vista, trata-se de uma iniciativa de louvar os dois dirigentes terem-se encontrado. Se essa atitude tivesse sido tomada logo a seguir às eleições de Outubro de 2014, de moçambicanos, e não só, teriam sido poupadas. Não teríamos os esquadrões da morte que mataram várias centenas de moçambicanos nem valas comuns para onde atiravam as suas vítimas. Nenhum moçambicano teria procurado refúgio no Malawi ou Zimbabwe para se abrigar das balas. Ninguém saberia da existência de um campo chamado Kapisse.
Está ainda bem fresco na memória de muitos o drible que Joaquim Chissano fez a Dhlakama, em Roma, e a precipitação em chegar a um acordo a qualquer preço, que terminou numa verdadeira aldrabice. A finta foi tanta que o governo da Frelimo fechou as portas á entrada de guerrilheiros da Renamo na polícia e nos serviços da segurança porque o governo ainda precisava desses serviços para futuras “vitórias eleitorais retumbantes”. A seguir a essa manobra, assistimos a transformação de derrotas da Frelimo em suas sucessivas vitórias retumbantes, colocando, desse modo, a paz e a democracia, que pressupõe alternância ao poder, em perigo. Em democracia, governa a quem o povo conferiu o poder e não a um grupo de batoteiros e mafiosos.
O Presidente da República, Filipe Nyusi, encontrou-se, nas matas da Gorongosa, a 06 de Agosto de 2017, com o Presidente da Renamo, aparentemente, no âmbito da busca da paz, longe do conforto dos gabinetes ou das mordomias dos hotéis. À primeira vista, trata-se de uma iniciativa de louvar os dois dirigentes terem-se encontrado. Se essa atitude tivesse sido tomada logo a seguir às eleições de Outubro de 2014, de moçambicanos, e não só, teriam sido poupadas. Não teríamos os esquadrões da morte que mataram várias centenas de moçambicanos nem valas comuns para onde atiravam as suas vítimas. Nenhum moçambicano teria procurado refúgio no Malawi ou Zimbabwe para se abrigar das balas. Ninguém saberia da existência de um campo chamado Kapisse.
Está ainda bem fresco na memória de muitos o drible que Joaquim Chissano fez a Dhlakama, em Roma, e a precipitação em chegar a um acordo a qualquer preço, que terminou numa verdadeira aldrabice. A finta foi tanta que o governo da Frelimo fechou as portas á entrada de guerrilheiros da Renamo na polícia e nos serviços da segurança porque o governo ainda precisava desses serviços para futuras “vitórias eleitorais retumbantes”. A seguir a essa manobra, assistimos a transformação de derrotas da Frelimo em suas sucessivas vitórias retumbantes, colocando, desse modo, a paz e a democracia, que pressupõe alternância ao poder, em perigo. Em democracia, governa a quem o povo conferiu o poder e não a um grupo de batoteiros e mafiosos.
Vale, também, recordar que o Armando Guebuza, chamado pelos seus acólitos de “visionário” que mandava dizer que nada mais havia para negociar com a Renamo, orquestrou uma guerra para ostracizar o seu principal adversário político, fechando-lhe todas as portas do diálogo. Para enganar a Dhlakama, Guebuza engendrou um falso e inaplicável acordo de cessação das hostilidades militares a fim de permitir a realização das eleições com os canos das armas rebaixados. O “visionário” queria, com aquela finta, transmitir ao mundo que o país estava em paz e, em Moçambique, havia paz. Guebuza foi o pior presidente de Moçambique por ter desencadeado uma guerra injusta e fratricida, pontapeou os termos da paz e mergulhou o nosso país em dívidas constitucionais, escondidas e criminosas.
Até prova em contrário, foi Filipe Nyusi, na qualidade de comandante-chefe das Forças de Defesa e Segurança, que ordenou emboscar a caravana de Dhlakama, em Chibata e Zimpinga, a 25 de Setembro de 2015, na província de Manica, e mandou sitiar a residência do líder da Renamo, nas Palmeiras, na cidade da Beira, quando regressava das matas para onde havia se havia refugiado. Agora, a gente bate palmas e eleva Nyusi á categoria de herói por ter ido à Gorongosa, em sinal de procura de paz, tentando limpar a nódoa da tentativa do assassinato do seu adversário político. Muitos parecem que tem problemas graves de amnesia, esquecem-se com rapidez, os acontecimentos que marcam a nossa História.
Em abono da verdade, é preciso dizer que Dhlakama o principal facilitador da Frelimo por andar esquecido de que não haverá paz nem democracia efectivas enquanto não haver uma revisão profunda da Constituição e desmantelamento dos actuais órgãos eleitorais por serem os promotores de fraudes eleitorais e, consequentemente, de conflitos que desembocam em guerras. Viveremos de trégua em trégua por nos faltar a coragem de responsabilizar criminalmente os que jogam o povo para fornalha da guerra e da pobreza. Toda a conversa ou negociação entre Nyusi e Dhlakama ou seus grupos que não implique a revisão da Constituição e a inclusão de todas forças vivas da sociedade será, só e somente só, um nado morto. Por isso tudo, Dhlakama cuide-se! Bassopa, Dhlakama! Bassopa, amigo, que não se deixe embalar!
Até prova em contrário, foi Filipe Nyusi, na qualidade de comandante-chefe das Forças de Defesa e Segurança, que ordenou emboscar a caravana de Dhlakama, em Chibata e Zimpinga, a 25 de Setembro de 2015, na província de Manica, e mandou sitiar a residência do líder da Renamo, nas Palmeiras, na cidade da Beira, quando regressava das matas para onde havia se havia refugiado. Agora, a gente bate palmas e eleva Nyusi á categoria de herói por ter ido à Gorongosa, em sinal de procura de paz, tentando limpar a nódoa da tentativa do assassinato do seu adversário político. Muitos parecem que tem problemas graves de amnesia, esquecem-se com rapidez, os acontecimentos que marcam a nossa História.
Em abono da verdade, é preciso dizer que Dhlakama o principal facilitador da Frelimo por andar esquecido de que não haverá paz nem democracia efectivas enquanto não haver uma revisão profunda da Constituição e desmantelamento dos actuais órgãos eleitorais por serem os promotores de fraudes eleitorais e, consequentemente, de conflitos que desembocam em guerras. Viveremos de trégua em trégua por nos faltar a coragem de responsabilizar criminalmente os que jogam o povo para fornalha da guerra e da pobreza. Toda a conversa ou negociação entre Nyusi e Dhlakama ou seus grupos que não implique a revisão da Constituição e a inclusão de todas forças vivas da sociedade será, só e somente só, um nado morto. Por isso tudo, Dhlakama cuide-se! Bassopa, Dhlakama! Bassopa, amigo, que não se deixe embalar!
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