"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Dhlakama “ameaçado” por desmobilizados de guerra em Nampula

 
Acusado de ter recebido dinheiro da Frelimo para adiar manifestações.
Num encontro em que Dhlakama pretendia anunciar o ponto de situação da preparação das manifestações, um desmobilizado acusou-o de estar a entretê-los para não levar a cabo as manifestações .
O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, foi severamente ameaçado e injuriado num encontro público, em Nampula, pelos desmobilizados que pertenceram às fileiras da Renamo na guerra dos 16 anos.
 Os desmobilizados de guerra acusam o líder da Renamo de ter recebido dinheiro proveniente do partido Frelimo para adiar as manifestações à escala nacional, através das quais teriam derrubado o governo até dia 25 de Dezembro passado, segundo havia prometido o próprio líder da Renamo.
No encontro havido nas instalações da Comunidade Sant’Egídio, um dos desmobilizados de guerra terá apontado à testa do líder com o dedo indicador enquanto o acusava de os estar a entreter como forma de abandonar a ideia das manifestações.
No total, foram nove desmobilizados que se dirigiram a Dhlakama de forma injuriosa, numa sala onde estavam presentes mais de 900 pessoas entre desmobilizados e outros membros simples da Renamo.  “Senhor presidente, queremos nossas armas para derrubar a Frelimo, nós estamos cansados. o senhor recebeu dinheiro de Guebuza e está aqui a dizer que ainda estamos a organizar as manifestações, organizar o quê? Nós estamos prontos para aqui mesmo começarmos. Se o senhor já não está connosco, vai ficar com Guebuza, mas não esteja aqui a enganar-nos”, disse um dos desmobilizados. “Se o senhor presidente é amigo de Guebuza, se o senhor Dhlakama dorme com Guebuza, isso é consigo, nós queremos manifestações”, disse outro desmobilizado de guerra. Entretanto, tendo em conta o rigor com que trabalha a guarda pessoal de Afonso Dhlakama, foi muito estranho que, desta vez, os mesmos tenham ficado a assistir ao seu líder a ser apontado com o dedo na testa sem não reagirem. 

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