Escrito por Redação em 03 Dezembro 2015 |
À luz do Acordo de Cessação das Hostilidades Militares, a desmilitarização e reintegração das forças residuais do maior partido de oposição nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e na Polícia da República de Moçambique (PRM), bem como a inserção social e económica de indivíduos sem aptidões físicas ou psíquicas para a sobrevivência sem o apoio contínuo do Estado, ficaram pendentes desde a interrupção do diálogo político entre o Executivo e a “Perdiz”, em Agosto passado, sem nenhum consenso. Aliás, o diálogo tornou-se, durante dezenas de rondas, monótono porque enquanto o Governo exigia que o partido liderado por Afonso Dhlakama revelasse quantos homens tem com vista a serem desmilitarizados e reintegrados económica e socialmente, a Renamo negava, de pés juntos, e argumentava que o Executivo devia, primeiro, apresentar um modelo de reintegração e a partilha de responsabilidades para clarificar o que cada uma das partes devia ou deve fazer assim que a reintegração estiver efectivada. A ser verdade o que o Ministério dos Combatentes avança, o Governo está a levar o processo avante unilateralmente e à revelia da sua contra-parte. “No âmbito do Acordo de Cessação das Hostilidades Militares as pessoas virão em listas próprias elaboradas pela Renamo e não serão quaisquer pessoas que entendam sair das suas casas (...) e alegar que são da Renamo”, disse António Muchanga, ao @Verdade, acrescentando que um certo juiz eleito para um distrito em Sofala já se apresentou ao Governo e alegou que era do partido cujo líder é Afonso Dhlakama. “A Renamo não tem magistrados eleitos”. Neste contexto, as declarações do porta-voz do Ministério dos Combatentes, Horácio Massangaie, de que os presumíveis mais de duas centenas e meia de elementos da Renamo foram reintegrados no âmbito do Acordo de Cessação das Hostilidades Militares carecem de detalhes, sobretudo que se diga em que sectores concretos as tais pessoas estão afectas, disse António Muchanga. “Eu não confirmo nada”. Num outro desenvolvimento, o porta-voz da “Perdiz” explicou que tem sido hábito o Governo referir-se aos guerrilheiros da Renamo em números que nunca existiram. “Durante a luta pela democracia, a Renamo desmobilizou 22 mil homens, mas se for a ler a Revista Tempo” contam lá mais de 60 mil guerrilheiros que se entregaram” às autoridades. E a Renamo nunca teve esse número. Isso é palhaçada”. |
"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
Renamo nega ter guerrilheiros a serem reintegrados no âmbito do Acordo de Cessação das Hostilidades Militares
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