Papa Francisco e Vaquina destacam paz em Moçambique
(2013-04-12) O Papa Francisco recebeu ontem no Vaticano, o Primeiro-Ministro de Moçambique, Alberto Vaquina, que se encontra de visita à Itália desde o início da semana. Durante o encontro de cortesia, Vaquina transmitiu as congratulações dos cristãos pela eleição do Papa Francisco no passado mês de março. As duas personalidades abordaram as cordiais relações entre Moçambique e o Vaticano, e manifestaram o desejo de um maior implementação do acordo que ambas as partes assinaram em 7 de Dezembro de 2011 e ratificado no ano passado. Foi particularmente destacada a contribuição positiva da Igreja Católica para a manutenção da paz e desenvolvimento de Moçambique, e as actividades que a igreja leva a cabo nos sectores da educação e caridade social. As mudanças em curso e os problemas que afectam a região austral de África também mereceram a atenção do Papa e do governante moçambicano. Presentes na audiência, estiveram o Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado e o Arcebispo Dominique Mamberti, Secretário para Relações entre Estados. Recorde-se que a Conferência Episcopal de Moçambique assinalou em agosto de 2012 com uma nota pastoral a celebração dos 20 anos do Acordo Geral de Paz em Moçambique, alertando para os riscos que se colocam ao regime democrático. “A democracia e a paz no nosso país só estarão garantidas se houver uma efectiva transformação dos partidos políticos, para que sejam não somente retórica mas verdadeiramente democráticos, a partir do seu interior”, vincam os bispos católicos. O documento centra-se também na vaga de descobertas de recursos minerais e nos riscos de se poderem converter em fonte de “divisão, conflitos e guerras”. "Se vierem a faltar, a sabedoria, a prudência e políticas justas e clarividentes, na sua exploração, podem tornar-se em pesadelo, uma séria ameaça para o país", alerta o episcopado. O texto criticava igualmente os casos de privatização de bens ou de espaços, “inicialmente destinados às comunidades”, como no caso da “devastação rápida e excessiva” das florestas ou a atribuição de “praias, ilhas e reservas florestais” a cidadãos nacionais ou estrangeiros. |
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