ProSavana continua a fazer vítimas
Um comunicado de missionários da igreja católica indica que cerca de quatro milhões e duzentas mil pessoas vão ficar sem terra nas províncias de Nmpula, Niassa e Zambézia. O Governo, através do Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar, concedeu 102.000 quilómetros quadrados de terras aráveis ao consórcio ProSavana, constituído pela tríade Moçambique, Japão e Brasil.
No documento que oficializa a concessão, o Governo afirma que o “projecto beneficiará os pequenos agricultores e contribuirá para a alimentação da população”, o que, segundo os missionários, não constitui a verdade, pois entendem que “o projecto utilizará muito pouca mão-de-obra local, porque serão utilizados meios mecânicos de alta tecnologia e o produto final servirá exclusivamente para a exportação”.
“Aonde irá toda aquela população que será obrigada a abandonar as suas terras? E, depois, qual será o impacto ambiental de um tal megaprojecto? Que consequências terá sobre as águas subterrâneas?”, questionam os missionários.
O comunicado é assinado por trinta missionários e missionárias combonianos, que trabalham nas províncias combonianas da Europa, que participaram de 7 a 11 de Abril num simpósio na casa natal de Comboni, em Limone, Garda (Itália). Segundo os missionários, o comunicado representa um grito de socorro em apoio “às associações de agricultores locais” e aos seus “confrades e co-irmãs”. (André Mulungo)
CANALMOZ – 16.04.2015
Um comunicado de missionários da igreja católica indica que cerca de quatro milhões e duzentas mil pessoas vão ficar sem terra nas províncias de Nmpula, Niassa e Zambézia. O Governo, através do Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar, concedeu 102.000 quilómetros quadrados de terras aráveis ao consórcio ProSavana, constituído pela tríade Moçambique, Japão e Brasil.
No documento que oficializa a concessão, o Governo afirma que o “projecto beneficiará os pequenos agricultores e contribuirá para a alimentação da população”, o que, segundo os missionários, não constitui a verdade, pois entendem que “o projecto utilizará muito pouca mão-de-obra local, porque serão utilizados meios mecânicos de alta tecnologia e o produto final servirá exclusivamente para a exportação”.
“Aonde irá toda aquela população que será obrigada a abandonar as suas terras? E, depois, qual será o impacto ambiental de um tal megaprojecto? Que consequências terá sobre as águas subterrâneas?”, questionam os missionários.
O comunicado é assinado por trinta missionários e missionárias combonianos, que trabalham nas províncias combonianas da Europa, que participaram de 7 a 11 de Abril num simpósio na casa natal de Comboni, em Limone, Garda (Itália). Segundo os missionários, o comunicado representa um grito de socorro em apoio “às associações de agricultores locais” e aos seus “confrades e co-irmãs”. (André Mulungo)
CANALMOZ – 16.04.2015
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