Editorial |
Escrito por Redação em 24 Abril 2015 |
Passados 100 dias, desde que tomou posse, as suas atitudes começam a recordarem-nos o seu antecessor. É muito pouco tempo mas algumas dúvidas em torno das suas promessas de governação já tomam conta de nós. As incursões do nosso Presidente nos negócios são publicamente desconhecidos. O Senhor já apresentou a sua declaração de património? Existe uma Lei de Probidade Pública, que, a par de demais leis, o Senhor prometeu ao povo, o seu patrão, respeitar e fazer respeitar. Já o vemos a voar de helicópteros para visitar o povo, o que não é mau. Contudo, aproveitar-se dos meios do Estado para nas suas Presidências Abertas para participar em encontros do seu partido é desgastante. Os nossos recursos não podem, de forma nenhuma, custear as suas deslocações para tratar assuntos do partido. Por um lado, o Senhor tem mostrado e reafirmado o seu compromisso com a paz. Mas, por outro, não percebemos por que motivos no primeiro orçamento do seu governo, as Forças Armadas vão receber um bolo três vezes maior que o destinado à Saúde e dez vezes maior que o da Educação! Teremos mais soldados que os médicos e os professores? Ou será que os militares vão ganhar muito mais do que aqueles que devem salvar a vida dos seus patrões, o povo? Será o prioritário é investir no Exército e não valorizar e motivar os professores? O Senhor Presidente afirmou que iria apostar na formação e no desenvolvimento do capital humano, o que chamou de “principal activo nacional”. Porém, dá-se uma fatia maior, do bolo orçamental, à polícia “secreta” em vez de dignificar os nossos professores. As suas intenções de inclusão, olhando para o seu plano quinquenal, senhor Presidente, não passam do que acima dissemos: os empregos dignos continuarão a faltar, a ligação do país continuará a ser apenas pela única estrada que conhecemos, continuará a faltar habitação e transporte digno nas zonas urbanas, a energia continuará a não iluminar a todos e a maioria dos moçambicanos vai continuar a não ter água potável! Se o dinheiro não chega é preciso rever as más opções económicas que foram feitas e não mantê-las como pretende dar a entender. A ser verdade que encontrou os cofres do país vazios, os responsáveis por isso não são desconhecidos. Ou será que lhe falta coragem para fazer mudanças que realmente melhorem a vida do seu patrão, o povo? |
"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"
sexta-feira, 24 de abril de 2015
Carta aberta ao Presidente Nyusi por @Verdade Editorial
@Verdade Editorial: Sem (mais) dias de graça
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