Pré-candidatos da
Frelimo ligados a China
Os três pré-candidatos da Frelimo
a sucessão de Armando Guebuza tem ligações empresariais a interesses
chineses, revelou ontem a publicação Indian Ocean Newsletter (ION), editada
em Paris. Filipe Nyussi, José Pacheco e Alberto Vaquina, que vão a votos na
próxima sessão do Comité Central da Frelimo, nos fim deste mês, a qual se
espera seja muito “quente” em função das já conhecidas rixas internas, têm
interesses empresariais em vários domínios mas a nota de realce é uma
aproximação a capitais e interesses chineses.
De Pacheco já se sabe que tem agido como facilitador da madeireira chinesa Mofid, baseada em Cabo Delgado, província onde ele foi governador. Pacheco foi descrito o ano passado como tendo recebido “luvas” para facilitar a exportação de madeira não processada, por parte da Mofid, para a China, contrariando a legislação nacional. A ION realça que Vaquina era governador em Tete quando uma licença de exploração mineral de carvão foi concedida à chinesa China Kingho, através de uma empresa próxima ao Presidente da República, Armando Guebuza. Por sua vez, Nyussi abriu pela primeira vez um posto de adido militar em Beijing em 2009 e, desde lá, especialistas militares moçambicanos tem recebido treinamento. Para além destas “nuances” chinesas, os três pre-candidatos continuam envolvidos nos seus negócios a par das funções públicas que detêm. Vaquina tem acções na Elapa e na Bonsama, firmas fundadas em 1998 e 1997, respectivamente. Nyussi é um dos fundadores da companhia de trânsito marítimo Somoestiva, criada em 2005. E Pacheco, para além dos seus fortes laços chineses, detém uma sociedade com o antigo Ministro Felício Zacarias e com o Presidente do Município de Maputo, David Simango. A firma chama-se Conjane e têm acções no sector mineiro e interesses, aparentemente ainda não concretizados, na área de transporte de passageiros e carga aérea, através da Conjane-Transportes. |
Sem comentários:
Enviar um comentário