Renamo diz que
exército "tomou" residência de Afonso Dhlakama
21 de Outubro de 2013, 17:41
A Renamo, principal partido da oposição,
disse hoje que o exército "fustigou e tomou" a residência do seu
líder, Afonso Dhlakama, obrigando-o a abandonar a casa para um local não
revelado, onde "está de boa saúde".
Segundo o principal partido da oposição, Afonso Dhlakama abandonou a habitação atacada pelo exército moçambicano e encontra-se de "boa saúde e com moral bastante elevado".
"O objetivo da Frelimo e do seu presidente, Armando Guebuza, é de assassinar o presidente Afonso Dhlakama, para subjugarem a vontade dos moçambicanos, pois ele jamais permitiria que os moçambicanos fiquem acorrentados na ideologia de partido único", acusou Fernando Mazanga.
Apelando à calma dos moçambicanos, o porta-voz da Renamo declarou que o líder do movimento ainda não "ordenou" a resposta das suas forças à alegada incursão do exército, tendo "autorizado" apenas a retirada da população que vive perto da residência.
O Governo ainda não se pronunciou sobre as alegações da Renamo.
O cerco à casa de Afonso Dhlakama é um sinal do recrudescimento da tensão político-militar em Moçambique, a pior desde a assinatura do Acordo Geral de Paz (AGP) em 1992, causada pela recusa do principal partido da oposição em participar nas eleições autárquicas de 20 de novembro.
A Renamo está a boicotar as próximas eleições autárquicas por ter visto rejeitada a exigência de inclusão na lei eleitoral do princípio da paridade na composição dos órgãos eleitorais, aos quais acusa de favorecerem a Frelimo.
Sem comentários:
Enviar um comentário