O movimento de indignação também foi realizado nas artérias das cidades da Beira e Quelimane contra a total apatia do Governo e das instituições do Estado para resolver os problemas do povo
Dezenas de milhares de cidadãos saíram às ruas, ontem, em protesto contra a onda de violência e o clima de insegurança que se vive no país.
É um grito de socorro que levou cerca de trinta mil cidadãos, entre religiosos, membros da sociedade civil, académicos, partidos políticos, estudantes da escola portuguesa, entre outras, a abandonarem os seus afazeres e nas ruas de Maputo manifestarem o seu descontentamento contra a onda de sequestros que tomou conta das principais cidades do país, com destaque para Maputo, Matola e Beira.
O evento tinha ainda como objectivo repudiar a tensão político-militar que poderá mergulhar o país numa guerra civil.
Nas últimas semanas, a capital do país tem estado a ser fustigada pelo crime violento e, por essa razão, milhares de cidadãos empunhando dísticos com vários dizeres de apelo à paz e ao restabelecimento da segurança percorreram cerca de três quilómetros a partir da estátua Eduardo Mondlane até à praça da Independência, com vista a pressionar o governo a estancar a onda de criminalidade e a tensão político-militar que se vive no país.
Trajando camisolas brancas ou vermelhas, os manifestantes empunhavam dísticos com frases como “abaixo a violência, o racismo, a corrupção e os raptos”.
“Abaixo a polícia corrupta, abaixo o Governo mudo, abaixo o racismo. Os raptores usam as telefonias móveis para intimidar o povo moçambicano e, mesmo assim, as telefonias continuam surdas. Os raptores usam os bancos para transferências bancárias ilícitas e, mesmo assim, os bancos estão surdos”, gritava-se na manifestação.
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