Ivone Soares, líder parlamentar da Renamo sobre a situação de violência em Moçambique
A situação de crispação político-militar com cenas de violência quer por milícias da Renamo, quer por forças governamentais da Frelimo, continua a dominar a sociedade política e pública em Moçambique.
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O ano de 2016 arrancou em Moçambique sob o clima de de crispação e de violência militar que vinha do ano passado, entre as duas principais forças políticas do país, a Renamo na oposição e a Frelimo, no poder.
Os últimos dias foram marcados por uma série de violências, primeiro com a tentativa de assassínio do secretário-geral da Renamo, Manuel Bissopo, que foi baleado por homens armados,em Zambézia, mas que está a receber tratamento médico num hospital da África do sul.
A Renamo, acusou logo o governo da Frelimo, de querer matar os seus principais dirigentes, primeiro, o seu líder, Afonso Dhlakama, que se terá escondido de novo em Gorongosa, e agora, Bissopo, o número dois do partido.
E mais recentemente, violência igualmente em Nampula ou confrontos entre o exército moçambicano e forças da Renamo; junto à fronteira com o Malawi, provocando o êxodo de mais de 3 mil moçambicanos, muitos deles torturados e espancados pela polícia e o exército moçambicanos, o que foi desmentido pelo governo.
Mas para Ivone Soares, Presidente do grupo parlamentar da Renamo, na Assembleia da República, com base num relatório da ACNUR, "esses refugiados moçambicanos que têm estado a refugiar-se no Malawi têm voz própria e porque as suas casas têm sido incendiadas e sofrem represálias por parte das forças governamentais, alegadamente, por apoiarem a Renamo."
RFI – 29.01.2016
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