RRM em Nampula destaca Força Especial para desmantelar delegação da Renamo e resgatar refém |
Quarta, 29 Fevereiro 2012 12:49 |
Além da polícia de protecção, tinha sido mandada para o local a Força de Intervenção Rápida (FIR) - estas duas sem sucesso – e, desta feita, foi reforçado este contingente policial com Grupo de Operaçao Especial (GOE). O objectivo deste último grupo de agentes da PRM é criar estratégias para por fim a presença dos homens da Renamo que se encontram no bairro de Muatala que está a tornar-se numa espécie de base central do partido. Mesmo com aquela terceira Força policial que foi indigitada para vigiar a Rua dos Sem Medo. Entrando para o mercado 25 de Junho, seguindo a Rua da Solidariedade, é agora controlada fortemente por três equipas policiais, que circulam com viaturas, sendo uma de marca Toyota de caixa aberta, e dois blindados, um camafulado para a FIR e outro da GOE. Mesmo com estas três forças da PRM nada está sendo feito para reverter a situação. Os homens da Renamo já tomaram por completo a Rua dos Sem Medo. Inácio João Dina, porta-voz da Polícia da República de Moçambique em Nampula, classifica aquela atitude de violação a Constituição da República, uma vez que impede a população de circular livremente naquele local agora controlado por ex-guerrilheiros. Dina disse, ao destacar-se esta terceira força, visa dar mais dinâmica uma estratégia de negociação com aqueles homens no sentido de libertarem a zona. Aliás, afirmou ainda que o que faz com a PRM em Nampula não reaja é por se tratar de questões que envolvem partidos políticos. O porta-voz da PRM em Nampula fez saber que vários contactos feitos pelo Comando Provincial da Polícia, junto da direcção da Renamo, foram todos ignorados. Neste momento, estuda-se novas estratégias no sentido de resolverem a questão por via pacífica. “Quando os nossos diálogos esgotarem-se, vamos usar a força no local”, disse Dina sem avançar datas concretas da operação. Inácio Dina comentou que o maior desafio neste momento é garantir a liberdade do cidadão que se encontra em cativeiro há sensivelmente 20 dias naquela delegação. O porta-voz afiançou que neste momento, enquanto se espera pelos contactos com a sua direcção, faz-se um estudo aprofundado de todos os mecanismos necessários para expulsar os exguerrilheiros da Renamo. Arira Emane Puantua, 24 anos de idade, é mãe de dois filhos. Filha mais velha de Emane Puantua, de 43 anos de idade, que se encontra em cárcere privado desde o dia 8 de Fevereiro na delegação da cidade do partido Renamo, pedi a liberdade do seu pai, pois não tem como alimentar os cinco irmãos. “Não vou falar a imprensa sem que o meu pai esteja aqui ao meu lado”, disse. Arira Emane disse que, devido à questões financeiras, acabou por vender o seu telemóvel para poder alimentar os seus irmãos e a avó, mãe do atirador que se encontra em cativeiro. Apesar de muita insistência, a matreaca de Puantua recusou-se a falar, alegando problemas de saúde, além de desconhecer os destalhes da história do desaparecimento do seu filho. | A Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula destacou mais agentes para reforçar o contingente policial que se encontra a vigiar a delegação da cidade do partido Renamo que, além dos 400 ex-guerrilheiros, o líder mandou para o local a sua guarda pessoal fortemente armada para responder às provocações perpetradas pela população e os agentes da lei e ordem.
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