Portugueses escolhem Moçambique para fugir da crise
À busca de melhores condições vida
Todos os meses chegam mais portugueses a Moçambique, tentando num país em grande crescimento a saída para a crise na Europa. Segundo a consulesa-geral de Portugal em Maputo, Graça Gonçalves Pereira, actualmente “há mais chegadas de portugueses a Moçambique, mas é um movimento que não começou agora, já se verifica desde 2010”.
Desde há dois anos, o ritmo de entradas no país duplicou, refere a cansulesa, ilustrando a afirmação com os cerca de 120 a 140 registos por mês no consulado, contra as 60 a 80 inscrições que se verificavam anteriormente àquele ano. “Podemos dizer que actualmente chegam pessoas com todos os perfis e para todos os tipos de actividade”, que se instalam não só em Maputo, disse à “Lusa” Graça Gonçalves Pereira. De acordo com diversas estimativas, 25 mil portugueses vivem Moçambique, a maioria na capital do país.
Filipa Botelho, 28 anos, formada em Design Gráfico chegou à capital moçambicana, Maputo, no âmbito do INOV-Art, um programa de estágio no estrangeiro, promovido pelo extinto Ministério da Cultura português.
Quando concorreu ao programa não teve opção de escolher nem o país, nem a empresa onde iria estagiar, mas “por muita sorte” foi parar em Moçambique. “Olhando para a minha experiência profissional em Portugal, sinto-me mais realizada profissional e pessoalmente em Moçambique”, afirma.
“Confesso que nunca pensei ter uma empresa nesta idade. Oficialmente abri a minha empresa em dezembro”, aliás, “foi a minha prenda de Natal a mim mesmo, quando recebi o alvará”, conta, sorridente.
Fonte económica local disse à Lusa que o número empresas portuguesas “tem vindo a aumentar” no país.
“A grande afluência tem sido as empresas de construção civil, metalomecânica, imobiliária e hidráulica, ramos de actividades muito ligados aos investimentos necessários para o desenvolvimento de Moçambique”, disse a mesma fonte.
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