"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Nigerianos com passaportes moçambicanos condenados à morte


Na China.
A justiça chinesa condenou à pena de morte um grupo de quatro cidadãos nigerianos, por tráfico de droga, e que se faziam passar por cidadãos moçambicanos, disse terça-feira, em Beijing, o embaixador de Moçambique naquele país asiático, António Inácio Júnior.
“Existem quatro casos de cidadãos nigerianos presos, mas que têm passaportes moçambicanos e que, muito recentemente, reconheceram que não são moçambicanos. Eles não tinham visitas desta embaixada (moçambicana) porque não são nossos cidadãos, mas eram portadores do passaportes moçambicanos e, por isso, estavam entregues a si próprios”, explicou António Júnior a uma equipa de jornalistas moçambicanos.
Os referidos cidadãos foram reclamados pelos seus familiares que estavam impedidos de visitá-los enquanto condenados como cidadãos moçambicanos.
Segundo o diplomata, este é um caso de crime organizado e de cidadãos estrangeiros que são detidos e julgados como moçambicanos, apenas porque são detentores de passaporte nacional. A maioria dos casos está ligada ao tráfico de droga e lavagem de dinheiro.
No caso vertente, houve negociações entre as missões diplomáticas de ambos os países, tendo-se concluído que se tratava efectivamente de cidadãos nigerianos. Por isso, os casos estão em processo de transferência para a embaixada da Nigéria, em Beijing.
Visivelmente agastado, o diplomata moçambicano disse, num tom de desabafo, que “a boa imagem da República de Moçambique está a ser posta em causa na China por indivíduos terceiros”.
Segundo António Júnior, a maioria de casos associados com moçambicanos ou documentos de viagem moçambicanos em actividades ilícitas tem o envolvimento de cidadãos nigerianos.

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