Há má interpretação do regulamento de avaliação
Samaria Tovela, nega que os problemas da fraca qualidade do ensino estejam ligados ao currículo em vigor.
A actual reitora do Instituto Superior de Tecnologia e Gestão (ISTEG), Samaria Tovela, e uma das pessoas que estiveram envolvidas na concepção do currículo do ensino básico, em vigor, nega que os problemas da fraca qualidade do ensino estejam ligados ao currículo em vigor. No seu entender, há má interpretação do currículo em relação ao capítulo de progressão por ciclo de aprendizagem. Para Samaria, o regulamento de avaliação não diz que o estudante deve passar mesmo não sabendo, mas que, até determinado nível, a criança deve adquirir algumas competências. Por exemplo, está previsto que até 6ª classe uma criança deve estar capaz de fazer leitura, operações básicas de matemática e habilidades linguísticas. Se as crianças passam sem saber, a culpa é do professor que as deixa progredir sem que tenham competências exigidas.
“Temos alunos da 6ª classe sem competências básicas. Não sabem ler, escrever, nem identificar letras. Isso significa que essas crianças passam pelo primeiro ciclo de ensino sem capacidade exigida para o efeito”, afirmou.
Samaria Tovela aponta dois aspectos que julga estarem directamente ligados à fraca qualidade da educação. O primeiro tem que ver com a fraca formação do professor e o outro com a gestão pedagógica. Quando o professor não está devidamente formado, explica, o resultado vai reflectir-se no aluno. Por outro lado, quando não há uma boa gestão pedagógica, igualmente, os resultados reflectem-se na qualidade do estudante. Para a reitora do ISTEG, muitos dirigentes das escolas, muitas vezes, não fazem uma devida gestão pedagógica. “É normal chegar a uma escola e não encontrar o director pedagógico e nem o seu adjunto (...)”.
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