O Líder da Renamo, Afonso Dhlakama, anunciou hoje num comício na Beira a criação da república do centro e norte de Moçambique, da qual vai ser presidente, não reconhecendo o governo da Frelimo saído das últimas eleições gerais.
"A Renamo vai formar os governos provinciais nas seis províncias e eu, Afonso Dhlakama, passarei a ser presidente da república do centro e norte de Moçambique", declarou o líder do maior partido de oposição, largamente aplaudido num comício perante milhares de pessoas na Beira, considerando esta medida como "pacífica e suave" para a atual tensão política do país.
Dhalakama garantiu contudo que, com a formação da república do centro e norte, não quer dividir o país nem dar independência a esta região, mas "autonomia política e económica" das províncias, indicando que não serão necessários passaportes para circular entre a zona sul e o centro e norte de Moçambique.
O líder da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) salientou que a "única política judicialmente funcional" encontrada pelo partido foi a criação da república, após ter sido confrontado com gritos "Sava, Save" da assistência, exigindo que o movimento abandone o projeto de formação de um governo de gestão com a Frelimo e divida o país a partir do rio Save província de Sofala.
"Não me venha a Frelimo [Frente de Libertação de Moçambique, no poder desde 1975] dizer que é inconstitucional, porque em nenhuma parte do mundo a Constituição não é emendável. Há democracias no mundo com províncias autónomas", referiu Afonso Dhlakama, exemplificando com a Madeira e os Açores, em Portugal.
Moçambique realizou eleições gerais (assembleias provinciais, legislativas e presidenciais) a 15 de outubro, cujos resultados proclamados, e rejeitados pela oposição, dão vitória à Frelimo e ao seu candidato presidencial Filipe Nyusi, colocando a Renamo e o seu líder, Afonso Dhlakama em segundo lugar e o Movimento Democrático de Moçambique e o seu presidente, Daviz Simango em terceiro.
Antes da validação dos resultados eleitorais, pelo Conselho Constitucional, a 30 de dezembro, a Renamo propôs um governo de gestão com a Frelimo, em resposta a uma alegada fraude eleitoral, e ameaçou criar um executivo próprio caso o partido no poder insistisse na rejeição da ideia.
Para o Presidente da República cessante e da Frelimo, Armando Guebuza, aceitar esta exigência seria um desrespeito pelos eleitores e um caminho para a "anarquia".
Dhlakama manifestou-se mais uma vez disponível para negociar com o Governo, mas também se classificou como "superior política e militarmente", garantindo que não se irá "ajoelhar perante a Frelimo" nem recuar e, se for necessário, "governar à força" na república hoje anunciada.
Sem adiantar datas, Afonso Dhlakama disse que vai nomear governadores e administradores nas províncias de Sofala, Tete, Zambézia e Manica (centro) e Niassa e Nampula (norte), cedendo a província nortenha de Cabo Delgado, de onde provém o Presidente da República eleito, Filipe Nyusi e as três províncias do sul (Inhambane, Gaza e Maputo).
O líder da Renamo, que chegou ao comício escoltado por viaturas protocolares da Polícia moçambicana, entre a sua guarda armada, ao largo junto do edifício dos Caminhos de Ferro de Moçambique, avançou que voltará a percorrer as províncias do centro e norte, devendo terminar os encontros com os seus partidários na região sul do país.
"O sul não tem culpa, mas é o regime da Frelimo que tenta fazer da região o seu bastião contra a vontade do povo", sublinhou Afonso Dhlakama, que considera que os resultados da sua luta pela implantação da democracia em Moçambique devem ser usufruídos por todos.
"A Renamo vai formar os governos provinciais nas seis províncias e eu, Afonso Dhlakama, passarei a ser presidente da república do centro e norte de Moçambique", declarou o líder do maior partido de oposição, largamente aplaudido num comício perante milhares de pessoas na Beira, considerando esta medida como "pacífica e suave" para a atual tensão política do país.
Dhalakama garantiu contudo que, com a formação da república do centro e norte, não quer dividir o país nem dar independência a esta região, mas "autonomia política e económica" das províncias, indicando que não serão necessários passaportes para circular entre a zona sul e o centro e norte de Moçambique.
O líder da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) salientou que a "única política judicialmente funcional" encontrada pelo partido foi a criação da república, após ter sido confrontado com gritos "Sava, Save" da assistência, exigindo que o movimento abandone o projeto de formação de um governo de gestão com a Frelimo e divida o país a partir do rio Save província de Sofala.
"Não me venha a Frelimo [Frente de Libertação de Moçambique, no poder desde 1975] dizer que é inconstitucional, porque em nenhuma parte do mundo a Constituição não é emendável. Há democracias no mundo com províncias autónomas", referiu Afonso Dhlakama, exemplificando com a Madeira e os Açores, em Portugal.
Moçambique realizou eleições gerais (assembleias provinciais, legislativas e presidenciais) a 15 de outubro, cujos resultados proclamados, e rejeitados pela oposição, dão vitória à Frelimo e ao seu candidato presidencial Filipe Nyusi, colocando a Renamo e o seu líder, Afonso Dhlakama em segundo lugar e o Movimento Democrático de Moçambique e o seu presidente, Daviz Simango em terceiro.
Antes da validação dos resultados eleitorais, pelo Conselho Constitucional, a 30 de dezembro, a Renamo propôs um governo de gestão com a Frelimo, em resposta a uma alegada fraude eleitoral, e ameaçou criar um executivo próprio caso o partido no poder insistisse na rejeição da ideia.
Para o Presidente da República cessante e da Frelimo, Armando Guebuza, aceitar esta exigência seria um desrespeito pelos eleitores e um caminho para a "anarquia".
Dhlakama manifestou-se mais uma vez disponível para negociar com o Governo, mas também se classificou como "superior política e militarmente", garantindo que não se irá "ajoelhar perante a Frelimo" nem recuar e, se for necessário, "governar à força" na república hoje anunciada.
Sem adiantar datas, Afonso Dhlakama disse que vai nomear governadores e administradores nas províncias de Sofala, Tete, Zambézia e Manica (centro) e Niassa e Nampula (norte), cedendo a província nortenha de Cabo Delgado, de onde provém o Presidente da República eleito, Filipe Nyusi e as três províncias do sul (Inhambane, Gaza e Maputo).
O líder da Renamo, que chegou ao comício escoltado por viaturas protocolares da Polícia moçambicana, entre a sua guarda armada, ao largo junto do edifício dos Caminhos de Ferro de Moçambique, avançou que voltará a percorrer as províncias do centro e norte, devendo terminar os encontros com os seus partidários na região sul do país.
"O sul não tem culpa, mas é o regime da Frelimo que tenta fazer da região o seu bastião contra a vontade do povo", sublinhou Afonso Dhlakama, que considera que os resultados da sua luta pela implantação da democracia em Moçambique devem ser usufruídos por todos.
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