A Igreja Católica diz não reconhecer a pessoa que
participou da marcha de lavagem de imagem do chefe de Estado, Armando Guebuza, e
que leu uma mensagem de saudação em nome daquela instituição. Em entrevista à
Agência Lusa, o porta-voz da igreja disse que a Igreja Católica está
surpreendida com o facto de uma pessoa ter falado, sem mandato, em seu nome,
numa marcha de exaltação do presidente moçambicano, Armando Guebuza, realizada
no passado sábado 18 de Janeiro.
Várias organizações, incluindo entidades
religiosas, leram mensagens de louvor aos feitos de Armando Guebuza, que termina
este ano o último dos dois mandatos na chefia do Estado moçambicano. Em
declarações à Lusa, o porta-voz da Conferência Episcopal de Moçambique (CEM),
que congrega os bispos católicos moçambicanos, João Nunes, disse que a Igreja
Católica está surpreendida com o facto de uma pessoa ter lido uma mensagem em
nome da entidade, porque a igreja declinou o convite para participar na marcha.
“Não é tempo para exaltar feitos de quem for, porque a tensão político-militar
está a levar muito sofrimento às famílias moçambicanas. Os feitos vêem-se por
si, não se exaltam”, disse João Nunes, que é também bispo auxiliar de Maputo.
João Nunes adiantou que a Igreja Católica está a empreender diligências para
apurar a identidade da pessoa que falou em nome da organização, para evitar que
se repitam situações do género no futuro.”Estamos a averiguar, internamente e
junto de outras igrejas, se algum padre ou pastor terá falado em nome da Igreja
Católica. Nós não mandámos para lá ninguém”, afirmou João
Nunes.
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