“Não precisamos de um patrão estrangeiro”
Comité Central da Frelimo.
Armando Guebuza diz no seu discurso de encerramento do CC que alguns “moçambicanos se sentem carentes de um patrão estrangeiro”, mas “é preciso que nós demonstremos que já estamos livres e independentes”.
Encerramento da 2ª Sessão do Comité Central da Frelimo
O capítulo fundamental do discurso de encerramento de Guebuza foi o diálogo, mas o presidente da Frelimo não podia terminar sem dizer uma das suas máximas e criticar os que têm uma visão diferente e até antagónica. Desta vez foi para os críticos ao empresariado nacional e ao surgimento de “patrões” muitas vezes associados ao poder político.
A estes críticos, Guebuza tem uma palavra: a todos os que “se sentem carentes de patrão, um patrão que deve ser necessariamente estrangeiro, nós já somos um Moçambique livre e independente, um país cujo patrão é o maravilhoso povo moçambicano. Repetimos, nós não precisamos de um patrão estrangeiro.”
Se por um lado, Guebuza exalta o heroismo da conquista da pátria das mãos do colonialista português, por outro, defende que é importante que haja “patrões” em Moçambique e que esses sejam moçambicanos e não estrangeiros. Quem se opõem a isso, com certeza, sente-se melhor governado por estrangeiros ou trabalhando para estes.
Guebuza falava ontem na Escola Central do Partido Frelimo, na Matola, por ocasião do encerramento da II Sessão Ordinária do Comité Central da Frelimo.
DIÁLOGO COMO ESTRATÉGIA ELEITORAL
Imbuído pela sua veia poética, Guebuza “dissertou” também sobre o diálogo como elemento para as vitórias do partido nos pleitos eleitorais de 20 de Novembro próximo.
Diz Guebuza que “talvez haja quem não se tenha ainda apercebido, mas a Frelimo faz o que faz, dinamiza a população no dia-a-dia porque tem uma agenda. Os nossos dirigentes, a todos os níveis, têm uma agenda de trabalho que dá substância e relevância ao diálogo em que se engajam com os nossos militantes e com o maravilhoso povo. Repetimos, a Frelimo tem uma agenda”.
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