"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



quinta-feira, 31 de março de 2016

Situação militar em Moçambique (tal e qual)

 


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Samuel Bola com Unay Cambuma e 20 outras pessoas em Gorongosa - Satundjira.
2 h · Maputo, Moçambique ·
GORONGOSA É O NOVO TALHO PARA MATAR OS PIRIKITOS DESCARTAVEIS NA FRELIMO.
O frigorífico do hospital rural de Gorongosa sem espaço para acolher mais pirikitos descartaveis.se não haver uma resposta imediato do director distrital de saúde daquela urbe para resolver a questão do espaço, até as zero horas de hoje, os munícipes vão começar a reclamar de mau cheiro.
O desgraçado de Julião Jane já previa o fracasso da missão e também por conhecer bem a Renamo, o gajo resolveu ir se hospedar no Chimoio.
A situação não está fácil.
Bola
Jusubo Abdullah Das Autónoma com Unay Cambuma e 33 outras pessoas.
5 h ·
HOSPITAL RURAL DE GORONGOSA ESTA CHEIO DE CADAVERES E FERIDOS RESULTADO DOS CONFRONTOS DE ONTEM AS 11:00!
No Hospital rural de Gorongosa esta cheio de cadáveres e feridos devido os confrontos de ontem as 11:00
Hoje 31/03/2016 pelas 10 horas 4 carros Rangeres, 2 camiões de guerra e 1 Betér deram entrada na vila sede e desceram para o local de conflito.
Os camiões a tanque de guerra, entraram ontem as 19 horas e já estão recebendo.
Um cidadão civil levou porada com agentes da FIR sem explicação aplausível depois da porrada que os homens armados da Frelimo(FADM) receberam na noite de ontem.
feridos graves fala-se de 35 mas sem dados de mortos mas são muitos mortos.
Boa tarde J.A.das Autónomas.
Unay Cambuma com Ndhaneta Mozambique.
5 h ·
BREAKING NEWS!
FDS REPELIDAS EM SATUNGIRA
*Experts vietnamitas operam armas químicas
A grande ofensiva das forcas da Frelimo começou na tarde de ontem e o primeiro grupo foi interceptado em Tazaronda e morreram mais de 20 militares e dezenas ficaram gravemente feridos. O outro grupo conseguiu nas primeiras horas da manha de hoje 31/3/2016 penetrar no perímetro de segurança da residência do líder da Renamo mas também foram repelidos quando faltam cerca de 2 quilômetros. Cerca de 35 militares foram abatidos e diverso material de guerra foi abandonado. A nossa fonte diz que ate as 11 horas de hoje decorria uma furiosa perseguição dos rangers.
Mas detalhes nas próximas horas.
Unay Cambuma
Nota: Na imagem, parte dos 5 blindados que foram despachados para Satungira e que se suspeitam conter munições químicas. Os especialistas são vietnamitas.
Jusubo Abdullah Das Autónoma com Unay Cambuma e 17 outras pessoas.
6 h ·
ETRAGO ATACADO EM HONDE ESTA MANHA!
O autocarro vinha de tete pra Chimoio, quando chegou em Honde no local de conflito foi severamente atacado.
há mortos e feridos detalhes nas próximas horas

Governo espanhol chama embaixador moçambicano após expulsão de activista espanhola

 

31 de Março de 2016, 19:23

O governo espanhol convocou o embaixador de Moçambique em Espanha para uma reunião na sexta-feira, dois dias depois de as autoridades daquele país africano terem expulsado uma activista espanhola por protestos contra a proibição de saias curtas nas escolas.

O embaixador moçambicano em Madrid, José António Matsinha, confirmou à agência Lusa que foi convocado pelo Ministério de Assuntos Exteriores (Negócios Estrangeiros) de Espanha para uma reunião na sexta-feira, mas sublinhou que desconhece a razão e a agenda do encontro.
"Temos uma relação muito boa com Espanha, pelo que a reunião pode ser por outro motivo qualquer", disse o embaixador à Lusa ao ser questionado sobre se o encontro servirá para o Governo espanhol pedir explicações pela deportação da activista espanhola.
O Serviço Nacional de Migração expulsou na quarta-feira Eva Anadón Moreno de Moçambique, alegando que a activista liderava uma marcha ilegal, perturbando a ordem pública, segundo um comunicado distribuído à imprensa e assinado pelo ministro do Interior, João Basílio Monteiro
No início de Março, Eva Anadón Moreno, juntamente com quatro outras mulheres, incluindo uma com nacionalidade brasileira, foram detidas pela polícia moçambicana, acusadas de envolvimento num protesto ilegal contra a nova medida do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano.
A directiva aplicada por algumas escolas que veda o uso de minissaias visa - supostamente - evitar o assédio nas instituições do ensino.
Para as activistas da organização Fórum Mulher, o assédio nas escolas moçambicanas é estrutural e a sua resolução exige políticas e estratégias de protecção da rapariga mais elaboradas, que não passam necessariamente pela proibição do uso de saias curtas.
Questionado pela Lusa sobre qual é a posição oficial do Governo moçambicano sobre este caso, o embaixador escusou-se a dá-la, de momento: "Caso se confirme ser esse o assunto da reunião, transmitirei a nossa posição em primeira mão a Espanha".
O jornal electrónico El Español noticiou hoje que as autoridades espanholas têm estado em contacto com Eva Anadón desde que esta foi retida nas instalações de Imigração de Maputo, na terça-feira. A consulesa espanhola naquele país, acrescenta o jornal, deslocou-se ao local, mas não terá sido autorizada a ver a activista.
Eva Anadón Moreno foi posteriormente metida num avião e já chegou a Espanha.
Lusa

Um passageiro ferido em ataque a autocarro no centro de Moçambique

 

Um homem ficou ferido, por estilhaços de vidros, num novo ataque de homens armados a um autocarro da companhia Etrago na região de Nhamatema, província de Manica, no centro de Moçambique, disse hoje a polícia.
O incidente ocorreu ao princípio da manhã de hoje contra o autocarro que fazia o trajeto Tete-Maputo, supostamente transportando recrutas, tendo o ferido recebido tratamento no Hospital Provincial de Chimoio.
"Do ataque não registámos óbitos, mas confirmamos um ferido ligeiro. Este passageiro acabou tendo escoriações de estilhaços de vidros", disse Elsídia Filipe, porta-voz da Polícia de Manica em conferência de imprensa.
O autocarro, disse, prosseguiu a marcha após o ataque, tendo buscado socorro para o passageiro ferido em Chimoio, que fica a mais de 60 quilómetros a noroeste do local da emboscada.
"Neste momento as nossas ações no terreno estão em curso no sentido de garantir a ordem, segurança e tranquilidades pública", frisou Elsídia Filipe, sem mais detalhes.
Este é o segundo incidente registado em Nhamatema esta semana, após uma comitiva governamental ter sofrido uma emboscada na segunda-feira, de que resultaram ferimentos em três agentes da Unidade de Proteção de Altas Individualidades (UPAI), uma força especial da Polícia moçambicana.
O ataque, atribuído a homens armados da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, deixou igualmente a viatura da escolta do governador de Manica com algumas perfurações de balas.
A vaga de violência político-militar em Moçambique agravou-se nas últimas semanas, com a aproximação do fim do prazo, 31 de março, anunciado pela Renamo para o início da governação nas províncias de Manica, Sofala, Tete, Zambézia (centro de Moçambique) e Nampula e Niassa (norte).
A Renamo ameaça governar pela força nas seis províncias onde reivindica vitória nas eleições gerais de 2014, acusando o partido no poder, a Frelimo, de ter protagonizado uma fraude eleitoral no escrutínio.
AYAC // EL
Lusa – 31.03.2016
 
EY: Na verdade é que houve mortos e muitos feridos e não somente um ferido como se refere acima. Lamentavelmente a situação está a ceifar vida inocentes tudo porque são pobres....

Moçambique: tensão política agudiza-se

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Blindados_MuxungueEstá a chegar ao fim o prazo dado pela RENAMO para iniciar a governação nas seis províncias onde reclama vitória eleitoral. A tensão político-militar agudiza-se no país. Veículos blindados foram avistados em Muxungué.
Ouça aqui
Veículos blindados e militares foram avistados esta quarta-feira de manhã em Munxungué
Na manhã desta quarta-feira (30.03), mais de uma dezena de veículos blindados e dois autocarros que transportavam militares chegaram a Muxungué, na província central de Sofala.
Uma testemunha contou à DW África, sob condição de anonimato, que o contingente pernoitou no posto administrativo de Save, em Inhambane, tendo chegado a Muxungué pela manhã.
"Eu vi-os a passar sozinhos por volta das sete horas", afirmou um popular que presenciou a chegada dos militares à localidade.
Renamo_mensagemestradaA coluna militar foi atacada no troço do Rio Ripembe a Zove, mas não houve vítimas, segundo o exército moçambicano.
Com o mês de março a chegar ao fim, está também a terminar o prazo que a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) deu ao Governo para assumir o poder nas seis províncias onde reclama vitória eleitoral nas eleições de 15 de outubro de 2014. A tensão político-militar entre o Governo e o maior partido da oposição agudiza-se.
 Este domingo (27.03), foram abertas crateras no troço Save-Muxungué, na Estrada Nacional 1, a principal estrada do país, onde há escoltas obrigatórias do exército. As autoridades governamentais afirmam que esta ação foi levada a cabo por homens armados da RENAMO.
"Escavaram naquela parte logo à saída da ponte e, ali, todo o cuidado é pouco", afirma um dos utilizadores desta estrada.
Com mais de meio metro de profundidade, estas crateras aumentam de tamanho a cada dia que passa, segundo relatos de testemunhas.
Acrescentam que se vive um clima de terror ao atravessar este troço da EN1 e que, nas secções onde as escavações foram feitas, os carros são obrigados a circular a uma velocidade baixa, o que pode constituir um perigo para as viaturas civis.
"Tenho medo, muito medo. Nós temos de passar ali a 10 km/h e todo o cuidado é pouco", diz um dos condutores à DW África.
As crateras foram abertas em três secções da estrada, na mesma zona onde, na semana passada, homens armados escreveram a giz no asfalto "Queremos a paridade, não queremos a guerra para matar as nossas crianças. RENAMO, a vitória é nossa".
Depois deste episódio, as forças de defesa e segurança reforçaram as medidas de segurança no troço Save-Muxungué.
DW – 31.03.2016

quarta-feira, 30 de março de 2016

Governo cai em si e reconhece ser perceptível que crescimento económico de 7% será “muito difícil”

 
 
 
Destaques - Economia
Escrito por Redação  em 31 Março 2016
Tempo depois de o Fundo Monetário Internacional (FMI) e alguns académicos e economistas moçambicanos terem indicado que a tensão político-militar, sobretudo, e as calamidades naturais iriam dificultar o alcance do crescimento do crescimento económico, agora é a vez do Governo, através do ministro da Economia e Finanças, cair em si e admitir que "é perceptível que 7% vai ser muito difícil".
À saída do primeiro Conselho Coordenador da sua instituição, Adriano Maleiane disse que "é perceptível que 7% vai ser muito difícil, mas eu não queria agora avançar os números antes de terminar a avaliação de todos os elementos que serviram de base para a planificação que fizemos".
O Executivo disse na terça-feira (29) que mais de 315.366 moçambicanos são assolados pela insegurança alimentar nas regiões sul e centro devido à seca. Pelo contrário, o norte do país é fustigado pelas cheias. Esta situação revela, para qualquer leigo, que não está a haver produção nem produtividade na agricultura, um ramo que, para além de empregar muita gente, é considerado a base da economia nacional e de desenvolvimento.
Adriano Maleiane disse que "neste momento, estamos a reavaliar os dados tendo em conta que, por exemplo, na agricultura ainda teremos de ver qual vai ser o comportamento da segunda época, porque é a área mais afectada pelas calamidades naturais".
Todavia, o Governo trabalha para assegurar que a meta do Produto Interno Bruto (PIB) esteja em pelo menos 6% e 7%. O governante explicou ainda que a meta do PIB para este ano dependerá dos resultados da segunda época agrícola, que termina em meados do ano em curso.
"É necessária uma dedicação zelosa na mobilização de receitas, gestão criteriosa dos recursos disponíveis, afetando-os em áreas com maior potencial para a promoção do desenvolvimento económico, social e inclusivo", disse Maleiane dirigindo-se a funcionários do seu ministério, no Conselho Coordenador.
Em Janeiro deste ano, o Banco de Moçambique “reconheceu serem desafiantes os objectivos macroeconómicos para 2016, que estabelecem uma inflação anual de 5,6 por cento, uma taxa de crescimento real do PIB de 7 por cento e um nível adequado de reservas internacionais, num quadro em que a situação de seca e de cheias em algumas regiões do país poderá agravar os riscos da conjuntura económica doméstica

Feminista espanhola expulsa de Moçambique por participar numa manifestação


Uma feminista espanhola, Eva Moreno, foi deportada de Moçambique por ter alegadamente participado numa manifestação ilegal promovida por algumas organizações da sociedade civil em protesto contra a obrigatoriedade de indumentária das alunas das escolas primárias e secundárias.
Advogados e membros do Fórum Mulher procuraram, em vão, impedir que esta decisão do Ministro do Interior fosse executada pelas autoridades migratória.
A 18 de Março,feministas moçambicanas procuraram organizar uma acção de protesto contra a decisão do Ministério de Educação que determinou que as raparigas deveriam passar a usar "maxi saias", ou seja saias compridas até aos calcanhares, porém a mesma foi abortada.
No entanto, duas cidadãs estrangeiras, uma brasileira e outra espanhola, foram detidas e posteriormente libertadas pela polícia.
A brasileira, que estava em serviço no país deixou Moçambique no fim da sua missão, mas a cidadã espanhola Eva Moreno, que vivia em Maputo, foi chamada à Direcção de Migração, onde na tarde desta terça-feira, 29, recebeu a informação de que seria deportada.
No entanto, após longas horas no aeroporto internacional de Maputo, a sua deportação foi inviabilizada devido à intervenção de uma procuradora.
Eva Moreno esteve na procuradoria, aonde foi apresentada a documentação que sustenta a sua deportação.
No aeroporto, representantes do Movimento de Mulheres e organizações da sociedade civil procuraram inverter esta decisão, tendo a advogada da cidadã espanhola submetido junto às autoridades uma providência cautelar para suspender a decisão do Ministro do Interior, o que não procedeu.
Iveth Mafundza, activista dos direitos das mulheres e advogada, diz não perceber os contornos deste processo.
Quem também não percebe os contornos deste processo é Graça Samo, do Fórum Mulher, que considera a decisão uma forma de reprimir a quem defende os direitos das mulheres.
Em lágrimas, mas orgulhosa por lutar pelos direitos da mulher, Eva Moreno disse que não cometeu nenhum crime que mereça a sua expulsão e  afirmou que apenas pretendia tomar parte numa peça teatral em defesa dos direitos da mulher.
Entrada interditada por 10 anos
No despacho do ministro do Interior a que a VOA teve acesso, Jaime Basílio Monteiro afirma que a espanhola "envolveu-se activa, aberta e publicamente numa manifestaçao ilegal, promovida por algumas organizações da sociedade civil, alegadamente em protesto contra obrigatoriedade de uso, nas escolas primárias e secundárias, de saias cujo comprimento deve ultrapassar os joelhos".
Para Monteiro, Eva Moreno "violou de forma clara e manifesta a lei", o que o levou a decidir a sua expulsão bem como a "interditar a sua entrada no país durante dez anos".
Fonte: Voz da América – 30.03.2016

Moçambique: autoridades ameaçam deportar activista do movimento feminista (Actualizações mais recentes: extradição confirmada)


Até a 01h00 de hoje, quarta-feira 30, a activista encontrava-se retira pela polícia no aeroporto internacional de Maputo. 
(Notícia em actualização)
30/03 - 13h40: EVA VAI EMBARCAR AS 15h35 (HORA DE MAPUTO) E ESPERA_SE QUE CHEGUE A MADRID AS 13h25 (HORA LOCAL). Um agente da Polícia da República de Moçambique acompanha-a.
30/03 - 10h40: CONFIRMADA A EXTRADIÇÃO DE EVA ANADÓN MORENO. Advogados tentam reverter a situação, mas tudo indica que a activista embarca hoje as 14h, horas de Maputo.
"Deportam-me hoje. Já estou retida no aeroporto. Os advogados estão a tentar produzir um documento que suspenda temporalmente o auto. Mas não sabemos se vai dar tempo", confirmou-me Eva Anadón
 
23h50: A Procuradora Geral da República foi impedida de retirar a activista do aeroporto. Segundo a polícia, há ordens superiores para deporta-la. Ler mais (Pambazuka – 30.03.2016)
 
EY: Assim melhor, que voltem para seus países e fazerem o que querem la. Devem aprender a colocar-se no seu lugar. Quem são elas para contrariar as normas dum governo autónomo? Espero que sirva de lição para as moçambicanas. Elas foram repatriadas, para as moçambicanas pode vir a ser mais dura. Cuidem-se garotas!

Rusgas contra a Renamo revelam nível extremo de intolerância em Moçambique -- académico

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O politólogo moçambicano João Pereira defendeu hoje que as recentes rusgas contra a Renamo revelam um "nível extremo da intolerância política em Moçambique", evidenciando uma contradição entre o discurso do Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e as ações da polícia.
"Estes episódios revelam um nível extremo da intolerância política", disse à Lusa o professor de Ciência Política na Universidade Eduardo Mondlane, à margem de um seminário sobre abstenção eleitoral em Moçambique, sustentando que há uma "grande contradição" entre o discurso de Filipe Nyusi, convidando o líder da oposição para dialogar, e as operações policiais às residências do Afonso Dhlakama.
No domingo, a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) acusou a polícia de invadir duas residências do seu líder em Maputo e a sede nacional do maior partido de oposição, mas as autoridades moçambicanas dizem que a ação visava a apreensão de material bélico, tendo sido confiscadas 47 armas.
Para João Pereira, além de um alto nível de intolerância, as rusgas contra a Renamo revelam uma falta de vontade política para resolver a crise política, um problema agravado pelo que diz ser a centralização do poder por parte de uma minoria.
Lembrando a invasão policial à casa do líder da Renamo na Beira, em outubro, e os atentados contra a sua comitiva em setembro, o académico moçambicano observa que foi instalado um clima de desconfiança no que respeita à segurança de Dhlakama, uma situação que pode condicionar a saída do líder da Renamo das matas para dialogar.
"O líder da Renamo não vai sair das matas para dialogar enquanto não sentir que há instituições credíveis que garantam a sua segurança", afirmou o politólogo, que questiona a razão da nova abordagem do Governo moçambicano para a resolução da crise política em Moçambique.
João Pereira alerta para as consequências desta crise política, considerando que Moçambique corre o risco de acabar submerso numa guerra étnica e atrasar ainda mais o desenvolvimento do país.
"Eu temo que isto acabe numa guerra entre o sul, centro e norte do país", declarou o académico, acrescentando que os desafios económicos que o país enfrenta, com oscilação dos preços das matérias-primas no mercado internacional e as calamidades naturais, já são problemas suficientes.
"É urgente, é preciso vontade política de ambas as partes para ultrapassarmos esta questão", reiterou.
Esta é a segunda vez em menos de um ano que a polícia moçambicana realiza uma operação em residências do líder da Renamo sem mandado judicial, tendo, no episódio do ano passado na Beira, admitido a inexistência de uma ordem judiciária.
A crise política em Moçambique agravou-se nas últimas semanas, com o registo de vários ataques nas principais estradas do país atribuídos ao maior partido de oposição.
Além de uma vaga de refugiados para o Malaui, país vizinho, as confrontações entre forças de defesa e segurança e o braço armado maior partido de oposição já provocaram um número desconhecido de vítimas mortais.
A Renamo ameaça governar à força nas seis províncias onde reivindica vitória nas eleições gerais de 2014, acusando o partido no poder, a Frelimo, de ter protagonizado uma fraude eleitoral no último escrutínio.
EYAC // EL
Lusa – 30.03.2016

A campanha militar vista no Facebook

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Jusubo Abdullah Das Autónoma com Unay Cambuma e 25 outras pessoas.
13 min ·
BREAKING!
ATENÇÃO INCHOPE
A CARAVANA MILITAR ESTA A PASSAR NESTE MOMENTO NO INCHOPE P'RA GORONGOSA.
E HÁ RUMORES QUE DÃO CONTA QUE NESTA CARAVANA ESTA COMANDANTE GERAL JULIO DOS SANTOS JONE!!! HMM?
Jusubo Abdullah Das Autónoma com Paulo Ferreira e 28 outras pessoas.
2 h ·
BREAKING NEWS!
RESISTENTES NÃO SE PREOCUPEM ATÉ EU NO PRINCIPIO DUVIDEI NO MARECHAL MAS AGORA ACREDITO-LHE 100% PELO O QUE VI E OUVI!
ATENÇÃO MUCHÚNGUE
Acaba de chegar no Muchúngue a caravana que saiu de Maputo com o distino a centro do País!
a caravana é composta por 2 blindados, 4 carros militares e 2 autocarros de Etrago e 3 Canhões.
Estão mesmo ali na Esquadra de Muchúngue.
mais vigilancia resistentes.
Nitafa Hi Nomo com Unay Cambuma e 19 outras pessoas.
6 h ·
Atencao!
Ha informacoes que dao conta de que um total as 9
viaturas superlotadas de FADM, sendo 6 tanques
blindados, 2 camiontes das UIR e 1 autocarro da companhia transportadora
ETRAGO que partiram ontem de maputo, ja estao quase no centro do pais cujo destino ainda nao apurado.
Outras atualizaoes nos dao conta de que o plano para mais um assalto "final" a serra da gorrongosa continuam, onde faltam os mercenarios vietnames para consumar se o plano, usando se armamento pesado. semelhante a do dia 11 do mes em curso que culminou com super baixas desastrosas por parte das fds.Resistentes estejam atentos! Traremos mais detalhes em torno do assunto!
In  Facebook

terça-feira, 29 de março de 2016

A PERDIZ - Boletim Informativo da Renamo nº 169

Editorial
SERÁ QUE NOS FALTA DE AJUDA?
Esteve de visita ao nosso país um dos principais mediadores do Acordo Geral de Paz de 1992, Mário Rafaeli, da Comunidade de Sant´Egídio,  que  na  quarta-feira,  16  de  Março,  reuniu-se  em  Maputo com  Filipe  Nyusi  para  exortá-lo  à  buscara  Paz  e  estabilidade política e militar no país.
Leia tudo em  Download PERDIZ nº 169pdf
 

Comentário de Jorge Valente sobre a palhaçada do Conselho de Ministros em querer dialogar com a Renamo

"GOVERNO REITERA ANTE A RECUSA DA RENAMO: Paz passa pela aceitação ao diálogo"

PAICV de Cabo Verde e PAIGC da Guine Bissau exemplos de partidos libertadores democráticos em Africa
A recente Victória do Movimento para Democracia MPD em Cabo Verde nas eleições legislativas decorridas na semana passada é um claro aviso aos regimes que sobretudo estão instalados na Africa Austral para sentirem vergonha das fraudes que praticam. Essa vergonha deve ser um impulso para uma verdadeira viragem rumo a verdadeira democracia para o bem do bem-estar de todos. Os ideólogos dos três regimes brutais da Africa Austral FRELIMO, ZANU-PF e MPLA que com a capa de libertadores dos respectivos países desfilam em defender através de interpretações viciadas de leis, defesa de fraudes em alegacão do cumprimento fictício de tais leis, devem colher ilações destes movimentos democráticos que aqueles partidos irmãos PAICV e PAIGC mostram ao mundo, ao se absterem das fraudes para se manterem eternamente no poder a consolidar os diversos males graves que prejudicam a identidade dos seus povos.
No caso de Moçambique, deve ficar claro que Frelimo é um partido libertador e grande partido que libertou este país, mas isso não dá a legitimidade de continuar a governar sem legitimidade sob alegacão de ter libertado o país, pois que mesmo se não fosse a Frelimo surgiria um outro grupo de nacionalistas que enveredaria pela luta de libertação porque a conjuntura politica internacional não favorecia a continuação do colonialismo europeu em Africa.
Fique claro que ninguém está contra o Partido Frelimo entanto partido, mas sim o que está em jogo são os males que este partido implantou em Moçambique com conivência dos seus variados ideólogos e que desfilam em defesa desses males.
Hoje pululam por ai bandos de lambe-botas liderados por psicopatas académicos em vários grupos uns a desinformarem a opinião pública como foi o caso do bando do Gustavo Mavie que tanto fez para convencer a opinião pública e neutralizar a consciência de viragem para a real convivência politica e social.
Actualmente já apareceu outro bando constituído por uns tais Inácio Natividade e Pedro Nacuo, cujos artigos estão fora do contexto das tentativas de viragem das coisas para uma verdadeira democracia.
Os donos radicais da Frelimo que se esforçam em manter a organização no poder não perceberam que já estão velhos e que na próxima década vão morrer um por um por velhice e deixando o país do estado em que se encontra, as futuras gerações estarão divididas e com risco de lutas tribais. Os seus filhos não serão suficientes para serem o testemunho duma verdadeira democracia ao se apresentarem como os da classe nobre enquanto a maioria está numa extrema pobreza.
A única forma de ajudar a Frelimo a sobreviver como um partido histórico de Moçambique é chamar atenção dos males que criou e consolidou ao longo dos tempos e que urge a necessidade de corrigi-los e não tentar defender esses males porque esse partido caminha para o partido altamente repressivo em que mesmo a maioria dos libertadores estão tao pobre que nunca. A Frelimo deve aceitar ir a oposição para reflectir da sua história e chamar a consciência do seu percurso, fazer correcções necessárias para se rejuvenescer de modo a responder com mestria e sabedoria os desafios que vem lá a frente.
Versão 2, Dhlakama não quer ruidos nos mediadores
Ninguém tem dúvidas da seguinte realidade em Moçambique, mesmo os espíritos sabem desta realidade:
• Moçambique saiu da colonização Portuguesa para a colonização doméstica em que o Sul do país liderado pela etnia changana coloniza as regiões Centro e norte. Um individuo que tem pensamento e consciência no lugar sente e constata no seu espirito esta realidade. Mesmo os grandes beneficiários desta situação oriundo do centro e norte sabem disso.
• A situação da hegemonia da etnia shangana iniciou na luta armada quando elementos do sul nos três movimentos de libertação consideraram reaccionários elementos do centro e norte que discordavam com algumas posições que os shanganes tomavam na formação da Frente de Libertação de Moçambique.
• Depois de vencer essa ala do sul, viram-se as execuções sumarias e campanha de exclusão contra os indivíduos do centro e norte.
• Dai as regiões do centro e norte, foram consideradas repúblicas vassalas do sul, assumindo-se como zonas apenas para exploração da matéria-prima e bens de consumo para a metrópole – Sul.
• Isto ficou testemunhado quando viu-se que todas oportunidades de desenvolvimentos foram encaminhadas para o Sul. Logo após a independência viu-se que todos dirigentes das instituições de estado e elementos decisores foram sempre elementos do sul e isto ainda continua. Na realidade o país ficou dividido ao meio sendo a fronteira o rio save.
• As desigualdades de desenvolvimento quer colectivo e individual são mais assentes neste país. Os indivíduos do centro e norte são chamados chingondos e servos, indivíduos sem pensamento e nem cara para merecer dignidade.
• Volvidos 41 anos desde que saiu o colonialismo português de moçambique as zonas centro e norte ficaram mais marginalizadas do que no tempo do colono.
• A Frelimo perdeu o controlo da gestão de moçambique e implantou males que so podem ser corrigidos com alternância governativa.
• O nível de corrupção, espirito de clientelismo, nepotismo, exclusão e deixa anda estão altos e por consequência não há nada que se adquire sem suborno sobretudo hoje para concorrer uma vaga de formação precisa pagar e o esquema está montado a partir dos ministérios, hoje para candidatar-se a um emprego precisa pagar valores altos. Nas multi nacionais empresas quem esta la a trabalhar com posições de chefia com regalias são elementos do Sul deste país. Nas embaixadas elementos que trabalham ai são do sul com posições de grande chefia.
• O nível de criminalidade está aumentar e a Frelimo montou esquadrões de morte contra os opositores, com relatos de raptos e assassinatos.
• O país hoje pertence aos estrangeiros e shanganes. O nacional vive como estrangeiro na sua própria terra, com políticas muito mas e prejudiciais as iniciativas locais de desenvolvimento.
• Hoje muitas pessoas, sobretudo na zona rural vive em pobreza extrema nas zonas centro e norte.
• Em moçambique para indicar-se um gestor vai por amizade e fazer círculo de amiguismo para comer juntos e não por capacidade e competência de serviço. Muitos maus gestores continuam impunes a prejudicar o povo apadrinhados por seus amigos e familiares do topo. O nível de sabotagem no exercício de funções de chefia em Moçambique esta alto.
• Não há democracia em Moçambique e a Frelimo continua a pensar que o pais é da sua pertença.
• Nas 5 eleições que decorreram em Moçambique, a Frelimo nunca venceu, mas agarrou-se ao poder para garantir a sua sobrevivência e por medo de serem julgados os decapitadores da riqueza do povo.
• Os senhores decisores da Frelimo oriundos do Centro e Norte nomeadamente: Aires Ali, Eduardo Mulembwe, Alberto Vaquina, Filipe Nyusi, Marcelino dos Santos, Eduardo Silva Nihia, José Pacheco, Margarida Talapa, Raimundo Pachinuapa entre outros sabem do colonialismo doméstico implantado neste país pelo Sul e os shanganes mas como estão folgados fazem de contas que nada está acontecer.
• Volvidos 41 anos da saída do colonialismo português, a maior parte dos antigos combatentes estão muito pobres enquanto uma minoria está muito rica ate aos dentes.
• Para ludibriar aos Moçambicanos, a Frelimo canta cegamente unidade nacional e o país uno e indivisível enquanto o país está dividido ao save desde 1975 e os shanganes estão a escravizar o centro e norte.
• Entre viver numa exclusão extrema e ir a guerra para garantir estabilidade nas futuras gerações preferível guerra embora maléfica, porque o sul está a piorar na sua actuação de desprezo contra o centro e norte.
• O não cumprimento do protocolo 4 da AGP serviu em grande medida como uma chamada de atenção da humilhação que a Frelimo ia fazer ao povo ao expulsar elementos da Renamo nas FADM.
• A Renamo e seu líder Afonso Dlakama são neste momento a voz do povo oprimido pela igualdade de oportunidades entre todas etnias que constituem a identidade de Moçambique.
• Não se justifica que quem ganha em 6 das 11 províncias com maioria absoluta fica declarado perdedor das eleições e quem ganha em 5 com menor percentagem fica declarado vencedor e as reclamações da oposição são desprezadas. Se as eleições são gerais nunca um individuo que apanha votos em poucos círculos eleitorais, pode ser declarado vencedor.
• Na assembleia da república a Frelimo não aceita nenhuma ideia e sugestão da Oposição e impõe suas vontades. Que democracia se implantou?
• Muitos académicos subornados pelo regime, desdobram-se em campanha de desinformação para manter a Frelimo a humilhar as regiões centro e norte.
• O que vale haver paz no meio de muitos abusos de direitos humanos e exclusão, em que uma minoria é dona do país em detrimento da maioria?
Esta realidade deve ser abordada abertamente e sem reservas para salvar a Frelimo da situação em que o partido se encontra. Alternância governativa é a solução para a paz.
Já estamos no penúltimo dia de Março e que sem a viragem politica que a Renamo prometeu mas ainda não há nada e o sul se esforça em manter a colonização doméstica que existe. A Renamo arrisca-se em ser descreditada na sociedade moçambicana se continuar a palhaçar o povo e divertir como planos falsos.
Falar hoje de construção de salas de aulas, estradas e infra-estruturas sociais no meio duma alta repressão não da para aceitar. A inquietação hoje em dia é o servir, ver como estamos a servir a maioria. A Frelimo é primeiro regime a cair dos três que ainda sobrevivem.
Jorge Valente
Namicopo - Nampula

Moçambique: Cresce expectativa com aproximação de data limite de Dhlakama

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Afonso Dhlakama disse que, até ao fim de Março corrente, a Renamo iria instalar os seus governos autónomos nas províncias onde reclama vitória nas eleições gerais de 2014.
O dia 31 de Março corrente é aguardado com expectativa em Moçambique: Termina nesse dia prazo estabelecido pela Renamo para a formação de governos provinciais.
Ouça aqui
Há cerca de um mês, Afonso Dhlakama, num tom ameaçador, disse que até ao fim de Março corrente, a Renamo iria instalar os seus governos autónomos nas províncias onde reclama vitória nas eleições gerais de 2014.
A forma como a ameaça foi feita dava a entender que desta vez nada iria falhar, mas o facto é que no terreno as coisas não acontecem.
O analista político Fernando Mbanze diz que isso é preocupante, porque não há nenhuma acçao preparatória, não só do ponto de vista militar como também administrativo.
Mbanze afirmou que se nada acontecer, a liderança de Afonso Dhlakama na Renamo vai ser posta em causa, "porque isso vai defraudar as expectativas dos apoiantes do partido".
Entretanto, no campo militar, a Renamo tem vindo a intensificar os seus ataques, sendo o mais recente o perpetrado esta segunda-feira, contra uma comitiva do governo da província central de Manica, durante o qual ficaram feridos três agentes policiais.
O ataque ocorreu na zona de Nhamatema e foi o primeiro a uma entidade governamental, desde a reedição do conflito político-militar, caracterizado por emboscadas da Renamo contra as forças de defesa e segurança.
Comentando sobre a situação, Raúl Domingo, antigo número dois da Renamo, disse que a solução passa por uma verdadeira inclusão, política, social e económica.
Domingos, afastado da Renamo por Dhlakama, foi  negociador-chefe do Acordo Geral de Paz com o Governo, assinado em 1992, em Roma, Itália.
VOA – 29.03.2016

Central eléctrica flutuante em Nacala, mais um negócio pouco claro da EDM que não resolve o défice energético do Norte de Moçambique


Foto de Adérito Caldeira
Os Presidentes de Moçambique e da Zâmbia inauguraram, no passado dia 19, com muita pompa e promessas de energia de mais qualidade uma central eléctrica flutuante que está ancorada no Porto de Nacala. Acontece que quase a totalidade da electricidade que vai ser produzida pelo navio MV Karadeniz Powership Irem Sultan é destinada ao país vizinho e do negócio, que aconteceu sem concurso público, só se sabe que vai dar lucro mas ninguém revela quanto custa aos moçambicanos nem qual é o impacto desta fonte de energia não limpa ao nosso meio ambiente.

Desde finais de 2010 que a empresa estatal que detém o monopólio da distribuição de energia no nosso país, a Electricidade de Moçambique(EDM), opera em défice energético particularmente porque a Hidroeléctrica de Cahora Bassa(HCB) já não tem mais energia disponível para o mercado nacional, devido aos compromissos futuros assumidos com a África do Sul e o Zimbabwe, e que serviram de garantia para o empréstimo do pagamento da reversão da barragem do Estado português para o moçambicano.
A solução da EDM tem sido adquirir electricidade à produtores independentes de energia eléctrica que a vendem por um custo bem mais alto do que o da “nossa” HCB, que é de 3,5 dólares norte-americanos por quilowatt/hora(kWh).
“A tarifa de energia da barcaça está na ordem dos 14,0 dólares norte-americanos por kWh mas será custeada pela Zambia”, explicou Sérgio Parruque, o director comercial da estatal moçambicana,em entrevista por correio electrónico (email).
Oficialmente 111 megawatts(MW) de energia serão produzidos na central eléctrica flutuante, que é propriedade da empresa turca Karadeniz Powership Co., que conecta-se com as linhas de transporte de energia de Nacala e daí é distribuída até Tete onde conecta-se às torres zambianas, pelo meio alimenta também as províncias de Nampula, Cabo Delgado e Niassa.
“(...) Dada a sua localização geográfica (física), os consumidores da Electricidade de Moçambique irão obter vantagens consideráveis, pois ela irá melhorar a estabilidade do sistema eléctrico de transporte na região Norte e aumentar a fiabilidade de abastecimento de energia aos consumidores domésticos e Industriais da mesma região”, esclareceu o director comercial da EDM.
Ainda de acordo com Sérgio Parruque, “a EDM irá cobrar pelos serviços de utilização da Infraestrutura de transporte de energia de Nacala, obtendo uma receita de 24 milhões de dólares norte-americanos durante 2 anos que será acrescido ao custo de energia à Zambia. Portanto podemos considerar que há um beneficio mutuo para Moçambique”.
Acontece que a Zâmbia está comprar 100 MW, dos 111 MW que vão ser produzidos por esta central flutuante turca, o que quer dizer que sobram apenas 11 MW para os moçambicanos.
Só a cidade de Nacala-Porto tem um défice energético de 30 MW, portanto não é verdade que a região Norte vai ter “energia de melhor qualidade e maior segurança energética” como declarou o Presidente Filipe Nyusi no acto oficial, ladeado pelo seu homólogo Edgar Lungo.
Entretanto o @Verdade apurou que em termos práticos a energia que será vendida à Zâmbia será proveniente da Hidroeléctrica de Cahora Bassa e a energia produzida por esta central flutuante irá ser usada para cobrir os 100 MW que deixarão de ser transportados de Tete para as três províncias do Norte de Moçambique, o que a confirmar-se poderá efectivamente melhorar a qualidade da energia fornecida, contudo o défice energético mantém-se.
O Executivo de Nyusi, a EDM e até mesmo a empresa turca não revelam quanto custa o aluguer desta central eléctrica flutuante contudo, olhando apenas para o preço que a energia por ela produzida será vendida, cerca de quatro vezes mais cara do que a HCB vende, não se consegue perceber a viabilidade deste negócio que aconteceu sem concurso público, mais um entre os muitos realizados pela companhia estatal de energia moçambicana.

Para gerar energia esta central flutuante da Karadeniz Powership Co., que está no Porto de Nacala desde meados de Fevereiro, usa óleos de combustíveis pesados com baixo teor de enxofre, um derivado de petróleo. Não são conhecidos estudos do impacto ambiental desta central eléctrica, não foi possível apurar se a barcaça dispõe de sistemas de tratamento das emissões atmosféricas ou se possui locais de armazenamento temporário dos óleos usado e resíduos combustíveis líquidos.

O drama da energia sem qualidade, e o défice energético, está longe de estar resolvido no Norte, assim como no Centro e no Sul do nosso país.
A chamada “linha Centro-Norte” devido a sua extensão, de cerca de 1000 quilómetros, regista perdas de pelo menos 5% da energia que transporta.
As previsões da EDM indicam que ao ritmo actual a escassez de energia só no Corredor de Nacala será de 180 MW, em 2017, poderá aumentar para 250 MW, em 2021, e a solução passa não só pela construção de novas fontes de energia mas também pela renovação das actuais linhas de transporte que estão obsoletas.

Renamo acusa Júlio Jane e Bernardino Rafael de serem mentirosos

Leia tudo aqui no CANALMOZ de hoje:
Download Canalmoz1674_29.03.2016

FORÇAS DA FRELIMO CONTINUAM A SOFRER PESADAS BAIXAS

* FFDS desmoralizadas em Manica
As perdizes estão mesmo a destrocar as forcas armadas da Frelimo nos confrontos que tem ocorrido. De acordo com as informações que nos chegaram de fontes do exercito da Frelimo na província de manica, na passada sexta-feira, dia 25/3/2016, mais de 250 militares das FADM ("fademos") e FIR decidiram atacar o quartel das forcas da Renamo localizado no posto administrativo de Mavonde, província de Manica mas o grande grupo foi interceptado antes de chegar a base e houve uma seria troca de tiros que resultou na morte de 37 militares das FDS e 59 ficaram gravemente feridos e houve grande pânico nas hostes das FDS.
Quando o comandante provincial da polícia de Manica foi visitar os sinistrados no hospital, ficou chocado quando viu tantos corpos sem vida; e feridos aos gritos de dor e outros a insultarem em voz alta o governo da Frelimo e o comandante não se atreveu a entrar na sala onde estavam os feridos por temer levar porrada.

Diz se mesmo que as FDS em Manica já não aceitam ser alinhados para operações militares contra os rangers de Afonso Dhlakama. Os militares alegam que estão a morrer em vao numa guerra sem sentido só porque o comité central de Armando Guebuza quer continuar com a guerra em defesa dos seus interesses empresariais enquanto o "ministério" da defesa ja deu a sua opinião sobre a incapacidade do exercito em fazer frente a Renamo e que o melhor seria uma saída politica que e a aceitação das exigências da Renamo (paridade militar e autonomia das 6 províncias onde teve maioria nas eleições de 2014).

O "ministério" da defesa foi ainda mais longe ao informar ao comité central da Frelimo controlado pelos caducos camaradas de Nachingueia que o exercito já não tem efectivos suficientes para uma guerra contra as forcas da Renamo e que grande parte dos efectivos disponíveis tem baixa moral combativa.

Publicamos aqui que houve um confronto no domingo, dia 27/3/2016 no distrito Inhambanense de Funhalouro. Dados actualizados que recebemos das nossas fontes indicam que os confrontos tiveram lugar na estrada que liga o posto administrativo de Tsenane e a localidade Matlale, onde as perdizes atacaram uma coluna composta por duas viaturas escoltada por um blindado, o primeiro ataque foi por volta das 10-11 horas e o segundo foi às 22 horas e as morreram ao todo 27 militares das FDS, 17 ficaram gravemente ferido e dois foram capturados porque foram se refugiar em áreas controladas pelas perdizes As duas viaturas ficaram destruídas. Os feridos foram socorridos no Hospital Provincial de Inhambane.

Informações da ultima hora obtidas de fontes fidedignas ligadas as perdizes indicam que as forcas da Renamo vão lançar muito brevemente ataques "preventivos" de grande escala na região sul, visto que a Frelimo continua a enviar uma massa de militares e mercenárias estrangeiros bem como diverso material de guerra para as regiões centro e norte. Vamos continuar o desenrolar dos acontecimentos.
UNAY CAMBUMA

Últimas da situação político-militar em Moçambique


BREAKING!
Informacoes da ultima hora indicam que o Estado Maior General em Maputo ordenou ao comandante da brigada de Tete de nome Boavida para levar duas armas pesadas para bombardear os quarteis das forcas da Renamo ao redor da Serra da Gorongoza.

Uma das armas e comummente denominada por "B-11' mas trata se da versao de um cano da mundialmente conhecida BM-21 "Grad", sendo a versao de um cano denominada BM-21-P ("B-11") cujo missil de quase 50kg e 122mm pode alcancar 11km e espalhar 14.000 estilhacos numa area de 100 metros quadrados. Os misseis podem ser incendiarios, de alto explosivo, de fragmentacao ou quimicos (fumos toxicos).
 
A outra arma a ser usada sera o morteiro de 82mm de 60 kg cujos obuses explosivos ou quimicos de 3-6 kg tem um alcance de 3km. Tambem aventa se a hipotese de usarem o morteiro pesado rebocado de 120mm com alcance de 5,7 km e com obuses quimicos ou de alto explosivo de 15-16kg. A ideia dos comandados do Boavida e de primeiro fazer um bombardeamento de saturacao a distancia para depois mandar avancar a infantaria, tactica que resultou em desastres de grandes proporcoes para as forcas da frelimo durante o conflito de 2013-2014.

Segundo a fonte que nos facultou estas informacoes, as perdizes ja tem conhecimento destes planos e ja estao preparados para destruir ou capturar este armamento pesado. Ate porque diz se que este tal coronel Boavida e um medroso e cobarde, foi o mesmo que ha semanas atras mandou o seu chefe das operacoes para comandar as tropas no interior de Satungira enquanto ele ficou na vila da Gorongoza a beber, comer e a "brincar" com mulheres e quando teve conhecimento da hecatombe dos seus elementos fugiu sem deixar rastos de regresso a Tete tendo o seu chefe das operacaoes ficado perdido durante horas ns matas.
Aguardemos pelos proximos desenvolvimentos.

UNAY CAMBUMA
 
Bom dia Mozirmaos!
As nossas fontes bem colocadas e seguras me confideciaram uma vez mais que os comandos das forças Revolucionárias da Renamo, não recuaram da implementacao do projecto das autarquias províncias. Estão neste momento no fim do processo da pulverização das 6 províncias, isto é, estão prepando o terreno com uma operação "Anti-piriquito" que visa tomar todas posições das Fds nas regiões autónomas e neutralizar todos os esquadrões de morte que semeiam terror naquelas regiões. Depois deste processo os governadores da Renamo vao tomar a posse e exercer as suas funções sem ameaças das emboscadas aos tiros, semelhante do que aconteceu em zimpinga no dia 25/09 /15 onde culminou com a morte de 309 Militares, dos quais:
-89 zimbabueanos,
-50 Angolanos comandados por um suposto general que matou o Jonas Savimbe que também tombou no local e
-170 mocambicanos, comandados por capitão Ngungunhane, que também acabou morrendo no local.
Mozristentes @ vitoria dos resistentes é certa atendendo e considerando que na renamo não se recua até a vitória final ! Umat vez resistente, resistente para sempre! tenho dito, Nitafa Hi Nomo!

GOVERNADOR DE MANICA O MARGINAL ALBERTO MONDLANE SOFREU ONTEM UMA LIGÉIRA EMBOSCADA DAS PERDÍZES EM NHAMTEMA POSTO ADMINISTRATIVO DE HONDE!

AS PERDÍZES DERAM UM SINAL AO MONDLANE QUE A QUALQUER MOMENTO PODEM LHE CAPTURAR OU ENTÃO LHE ABATER.
O ataque que teve o lugar em Nhamtema posto Administrativo de Honde, ocorreu cerca das 16 horas, tendo provocado ferimentos de alguns membros da comitiva.
Entre os integrantes destaca-se O director provincial de Trabalho, emprego e segurança social Mouzinho Carlos.
Os Homens da perdíz abriram fogo quando a comitiva estava proxima de uma curva muito perigosa.
SMS:
Boa noite como esta junto com a familia?
ca estamos normal, ouviste que emboscaram o Governador de Manica as 17:20minutos, quando saía de Bárue?
foi apenas uma ligéira emboscada.
Outra sms:
Ouvi na "TIM" hoje havía um Debate Alguem ligou a comentar a situação Pólitica, principalmente o que aconteceu ontem em casa do Lider e depois disse que houve ataque a coluna do Governador em Honde.
so o Mazoio fez-se de despercebido e disse triste ataque.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Polícia moçambicana diz que rusgas contra a Renamo visam desativar esconderijos de armas

28 de Março de 2016, 14:03

 Maputo, 28 mar (Lusa) - A polícia moçambicana afirmou hoje que as rusgas que realizou no domingo na sede da Renamo, principal partido de oposição, e nas residências do líder do movimento em Maputo são parte de uma campanha para desativar esconderijos de armas.
Em conferência de imprensa de balanço semanal da atividade policial, o porta-voz da polícia moçambicana em Maputo, Orlando Mudumane, disse que os guardas detidos durante as rusgas terão de explicar a origem e a finalidade das armas apreendidas durante a operação.
"O trabalho (de investigação policial) continua a decorrer, eles terão de explicar a origem daquele material bélico", afirmou Modumane, acrescentando que a ação enquadra-se nos esforços da polícia visando a desativação de esconderijos de armas.
Em declarações à Lusa, o porta-voz da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), António Muchanga, declarou hoje que o partido está a proceder ao levantamento de alegados prejuízos causados pela ação policial.
"Os departamentos encarregados de tomar conta da sede e das residências do presidente da Renamo estão a fazer o rescaldo dos atos de vandalismo praticados pela polícia", afirmou Muchanga, remetendo para mais tarde pormenores sobre a ação da polícia.
No domingo, a Renamo acusou a polícia de invadir duas residências do seu líder e a sede da organização em Maputo, mas as autoridades moçambicanas dizem que a ação visava a apreensão de material bélico.
"Nós fomos surpreendidos com invasão e arrombamento de duas residências do presidente [Afonso Dhlakama] e da sede do partido em Maputo", sustenta a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) em comunicado, indicando que as autoridades moçambicanas detiveram dois guardas e apreenderam 20 armas.
Em declarações citadas pelo diário O País, na sua página de internet, o comandante da Polícia da República de Moçambique, Júlio Jane, disse, no entanto, que a operação visava apenas a apreensão de material bélico e resultou na apreensão de 47 armas de fogo, além de pedras preciosas, munições e fardamento militar do partido de Afonso Dhlakama.
Esta versão é, no entanto, contrariada pelo comunicado da Renamo, que indica que na residência oficial de Afonso Dhlakama, onde vive a sua família, a polícia moçambicana apreendeu 20 armas do tipo AK-47 e deteve dois guardas.
De acordo com o comunicado, durante a sua operação numa outra residência de Afonso Dhlakama, a polícia moçambicana apreendeu 85.500 meticais para compra de víveres e na sede do partido, localizada no centro da capital, foi confiscado cerca de duzentos mil meticais, um computador e duas armas do tipo AK-47.
"É do conhecimento de todo o povo moçambicano e da comunidade internacional que essas armas estavam naquela casa do presidente da Renamo desde outubro de 1993", no âmbito dos acordos de paz, lê-se ainda no documento, que questiona as razões que levam a "Frelimo [Frente de Libertação de Moçambique, partido no poder] e seu Governo a levar estas armas".
Na versão da Polícia moçambicana, a operação, que durou cerca de uma hora e em que "não foi usada nenhuma força", resultou de denúncias de munícipes e as autoridades notificaram os guardas que se encontravam nos locais.
A Renamo, no seu comunicado, diz que o seu líder vai reagir apenas politicamente, recordando que a guerra civil no país terminou há 24 anos, com a assinatura do Acordo Geral de Paz em 1992.
A crise política em Moçambique agravou-se nas últimas semanas, com o registo de vários ataques atribuídos ao braço armado do maior partido de oposição.
Além de uma vaga de refugiados para o Malaui, país vizinho, as confrontações entre forças de defesa e segurança e o braço armado maior partido de oposição já provocaram um número desconhecido de vítimas mortais.
A Renamo ameaça governar à força nas seis províncias onde reivindica vitória nas eleições gerais de 2014, acusando o partido no poder, a Frelimo, de ter protagonizado uma fraude eleitoral no último escrutínio.

PMA (EYAC) // VM
Lusa/Fim

Sofala: Homens armados cortam N1 com crateras

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O grupo já tinha deixado recado em pavimento da estrada semana passada
Homens armados, alegadamente da oposição Renamo, cortam a principal estrada de Moçambique com três crateras, abertas em iguais secções do troço Save-Muxúnguè, na província de Sofala, centro de Moçambique, aumentando as dificuldades e perigos de circulação.
As crateras, de 15 metros cada, foram abertas durante o fim-de-semana no troço sujeito a escoltas obrigatórias do exército desde Fevereiro, e concretamente nas zonas alvos de constantes ataques militares a colunas de viaturas.
“São ao todo três buracos enormes abertas naquele troço, todas atravessam as duas faixas de rodagem e estão a dificultar largamente a circulação de viaturas” disse uma testemunha, adiantando que a circulação no troço esta sendo feita de forma lenta e perigosa.
Disse ainda que “uma das covas foi feita perto de Ripembe, muito perto de uma posição do exército”, salientando que quando os carros chegam “nos lugares cortados, os militares dividem-se, uns tapam os buracos e outros mantém a segurança dos carros”.
Na semana passada homens armados deixaram um recado no pavimento da principal estrada de Moçambique com os seguintes dizeres: “Queremos paridade, não queremos a guerra para matar as nossas crianças. Renamo a vitória é nossa”.
As escoltas de viaturas iniciaram em Fevereiro naquele troço, depois que foram atacadas cinco viaturas, três dias após o departamento de segurança e defesa da Renamo ter anunciado a pretensão de implantar controlos nas principais estradas do centro de Moçambique.
Em 2013, a Renamo bloqueou a circulação rodoviária no troço Save-Muxúnguè (Sofala), junto a N1, com frequentes ataques a viaturas civis e militares. A situação condicionou a circulação em colunas de viaturas com escoltas militares, e cessou com a assinatura do acordo de cessação das hostilidades militares, a 5 de Setembro de 2014, nas vésperas das eleições que o partido reivindica ter ganho ameaçando governar em seis províncias a partir deste mês de Março.
A VOA tentou sem sucesso ouvir a reacção da Polícia de Sofala.
VOA – 28.03.2016

ZECA CALIATE, VOZ DA VERDADE - BENEFICIAR E MONOPOLIZAR AS RIQUEZAS DO NOSSO PAÍS

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Zeca_caliate7Caro Sr. Emílio, o que chamaria o Sr. a esta atitude tão pronta dos seus Parceiros Gangsters????
Os cães de fila (FIR) dos também MANAMBUAS CHEFES, efectuaram um assalto à Sede Nacional do Partido Renamo onde se apoderaram de dinheiros do Partido e onde ameaçaram os familiares do Presidente da Renamo nas suas residências criando pânico e terror junto da sua família, filhos e netos. 
Uma força de cerca de 20 homens da FIR (Força de Intervenção Rápida) e GOE (Grupo das Operações Especiais) invadiram, este Domingo de Páscoa, por volta das 09.00 horas, a Sede Nacional da Renamo, localizada na Avenida Ahmed Sekou Touré, na Cidade de Maputo, onde arrombaram as portas e retiraram importantes documentos.
Esta acção foi antecedida de uma outra em que arrombaram as duas residências de Afonso Dhlakama, o líder máximo do Partido da Democracia, vulgo Renamo.
Na Sede Nacional, o gangue de militares da Frelimo, assim descritos no documento a nós fornecido, roubaram 200.100,00 mt, e duas (02) AKM-47. Na residência nº2, levaram (20) AKM-47 e dois guardas foram detidos. Na casa onde vive a ex-esposa do líder da Renamo saquearam o montante em dinheiro de 85.500,00mt. 
Esta operação decorreu sem nenhum mandato judicial, portanto, claramente, ilegal.
Esperamos que, desta vez, o Gomate wa Zaurinha não se comporte como se de  um anjinho tratasse, e que está sendo sabotado por forças desconhecidas, como se ouviu quando das emboscadas e do triste cerco á residência de Dhlakama, na Cidade da Beira. DEPOIS DISTO...
Caros Manambuas, A Revolução que teria que ter sido feita há 41 anos atrás, está á porta e tanto quanto sei os comandos das forças Democráticas estão a afinar os últimos detalhes, afirmando ainda que as perdizes já estão posicionadas e em prontidão combativa em todas as regiões do País "Sul, Centro e Norte" caso haja tentativa de interferências ou impedimento do lado dos mbavas do Desgoverno durante a execução da implementação do projecto das províncias autónomas as consequências para vocês ``Comunas da Desgraça`` serão dramáticas.
Esses mbavas falam muito de paz para as televisões, mas o que eles querem mesmo é continuar a reinar sozinhos e comer a matambira que poderia chegar ás mãos do Povo numa situação normal de Democracia...com o lema de ``se não és da Frelimo não és Moçambicano, e como tal, estás contra este País``, aliás o objetivo principal de tanto barulho sobre a paz, é para enganar a opinião pública Nacional e alguma Internacional, pois a conjuntura económica com cumplicidade Internacional, em colaboração com alguns Países Africanos, Asiáticos e Europeus, que até fazem gala em manter o povo Moçambicano na escravatura e a mendigar no seu próprio País. Já verificámos isso, nas recentes eleições que decorreram em Moçambique em 2014, onde quase a maioria dos Países com grandes interesses no solo Moçambicano, foram unânimes em apoiar a Frelimo, com a excepção nalgumas situações da embaixada dos Estados Unidos da América. De salientar que os Americanos tentam tratar desta situação com muita delicadeza, pois neste momento é preciso agradar a Deus e ao Diabo (manambuas da Frelimo) devido á eminente ameaça dos capitais chineses tomarem conta em absoluto do estado Moçambicano á semelhança do que está a acontecer em Angola. Veremos os meios que aplicarão para ajudar a encontrar uma verdadeira paz para todos os Moçambicanos que sejam eles de esquerda ou de direita para se acabar com o conflito armado e com as políticas de açambarcamento.
Infelizmente, um grupelho de Moçambicanos habituados a roubar os outros, como por exemplo o ex-Presidente de Moçambique e ex expião Russo de nome de código ``TZOM`` Joaquim Alberto Chissano, um dos CARRASCOS de Mondlane e Samora apoderou-se num passado recente, do prédio, sito na rua mártires de Machava junto ao parque dos continuadores, onde fuzilaram a sangue frio o jornalista Carlos Cardoso, na antiga embaixada da Republica da China, hoje o edifício está transformada em hotel de luxo que pertence a mesma família Chissano. Aliás, basta verificar a lista que se segue abaixo, para compreender que são estes alguns dos grandes responsáveis do passado, e do presente de tanto sofrimento e derramamento de sangue neste País, além do ex-Presidente Samora Moisés Machel, Joaquim Chissano, Armando Emílio Guebuza e o actual Filipe Gomate wa Zaurinha, são também alguns cúmplices os seguintes MANAMBUAS MBAVAS: Raimundo Pachinuapa, Alberto Chipande, Mtumuke, Mariano Araújo Matsinhe, António Hama Thai, Éneas Comiche, Marcelino dos Santos, Eliseu, Thalapa, Sérgio Vieira, o Sr.Emílio Couto(Mia) etc,etc,etc.
É importante desde já que o povo não se esqueça, nunca, deste nomes que enumero, para perceber quem são os grandes causadores dos graves problemas que ocorrem no nosso País, e ao mesmo tempo dizer que são estes também os proprietários dos grandes negócios que arruínam o nosso País, onde têm manifesto interesse em manter a guerra para sustentar a boa vida Burguesa e do novo riquismo do qual não conseguem abdicar.
Pergunto-vos a vós, os ricos de Moçambique, até quando vão manter o macabro plano de  eliminarem as pessoas??? Pois desde 1967 ano em que eliminaram fisicamente Filipe Magaia e outros seres humanos, até aqui não desistiram continuam a fuzilar até os dirigentes fundadores da Frente de Libertação da Frelimo, eu não quero acreditar que vocês ainda acreditam que vão resolver as coisas como aconteceu ``NOS TEMPOS``... Não se cansam??? Que pergunta a minha, certo?? Claro que não. Esta atitude só demonstra que vocês estão no estrebucho final. Moçambique é um País enorme com muitas oportunidades para quem queira desenvolver o País e prosperar. As riquezas e o clima do nosso querido País foram uma dádiva de Deus, pois tratemo-la como tal e não como um inferno de Mbavas a praticarem a opressão e desgraça de um Povo. Moçambique não precisa de Gentinha Reles Opressora.
Já não podem restar quaisquer dúvidas, de que é a Frelimo e o seu (Des)governo é que não querem a Paz. Quem semeia ventos, colhe tempestades....
Meus irmãos Moçambicanos, relembro-vos em consciência, a todos os resistentes a este regime sanguinário inconsequente, que enquanto as chefias radicais assassinas desse partido Frelimo não forem capturadas e encarceradas, o povo nao terá liberdade e sempre haverá alguém para enviar os ``cães de caça do regime`` para vos perseguir, agredir e eliminar.
FUNGULANI MASSO, lembrem-se bem, QUEM NÃO LUTA PERDE SEMPRE, A LUTA É CONTÍNUA.
Zeca Caliate, General Chingòndo um dos sobreviventes da teia do mal Frelimo!
Europa, 28 de Março de 2016 

SELO: Repressão policial contra acção de rua que reivindicava o fim da violência contra a rapariga na escola - Por Fórum Mulher


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 Escrito por Redação  em 28 Março 2016 

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Foto do Fórum MulherOrganizações da sociedade civil tentaram organizar uma acção de rua, com actividade teatral e leitura de um comunicado de imprensa, para se manifestarem contra o aumento da violência contra a rapariga na escola, bem como contra as normas que pretendem controlar o vestuário das estudantes, pondo nelas as culpas pelas agressões sexuais que sofrem de professores e colegas.
Num desrespeito de todos os direitos, a polícia reprimiu esta acção, que não chegou a acontecer, detendo cinco das activistas, usando de força, intimidação pela armas e confiscação de materiais como cartazes, celulares e máquinas fotográficas.
A sociedade civil pede contas desta actuação ilegal da polícia, que alegava estar a cumprir "Ordens de cima".
Antecedentes
Um grupo de organizações da sociedade civil, sob coordenação do Fórum Mulher, emitiu, no dia 17 de Março, um comunicado de imprensa sobre os direitos das mulheres e raparigas na Educação, referindo vários exemplos de violações desses mesmos direitos, nomeadamente: o Despacho nº 39, que obriga as estudantes grávidas a serem compulsivamente transferidas para o curso nocturno, os castigos corporais insultuosos e degradantes impostos às meninas por alguns professores, o aumento do assédio sexual, a afectação em massa de adolescentes de ambos os sexos para as classes nocturnas alegadamente por falta de vagas, com a consequente desistência escolar, e o controlo do vestuário das raparigas.
Este posicionamento foi motivado pela informação divulgada na imprensa (jornais e televisão), sobre as escolas que obrigam as meninas a usarem saias compridas até ao tornozelo, como parte do uniforme escolar.
No âmbito desta acção, foi programado, no dia 18 de Março, uma intervenção de rua, divulgada através do referido comunicado e por meio de um cartaz que circulou entre activistas, pelos meios sociais (e-mail, FB, WhatsApp). A ideia era ler o comunicado para a imprensa no momento da acção e em seguida apresentar uma peça teatral, representada por um grupo de meninas, activistas e actrizes, estudantes do ensino secundário. Esta peça teatral tinha por tema a violência contra as raparigas na escola e foi concebida por um colectivo de meninas, que queriam falar dos problemas que enfrentam quotidianamente.
Esta acção teve a participação de um grupo brasileiro de teatro da sociedade civil, que se encontrava em Moçambique, convidado por duas organizações moçambicanas, Horizonte Azul e Movimento Feminista de Moçambique (MOVFEM). A sua presença na cidade de Maputo sucedeu-se a uma visita a várias províncias do país onde interagiram com outros colectivos de jovens estudantes.
Foto do Fórum MulherPara a actividade foram preparados cartazes com os seguintes dizeres:
- “Eu não me visto para ti”;
- “Minha saia não me faz mais santa nem mais puta”;
- “Minha saia não é um convite”; “Toma o controlo do teu pénis”;
- “E as mini saias dos bebés e das idosas violadas?”;
- “Governo: quando vai dar um basta às violações sexuais?”;
- “A tua falta de controlo não é da minha conta”.
Estas mensagens tinham por intenção enfatizar o carácter brutal e machista das práticas de violência contra as raparigas, vigentes e “normais” em muitas escolas do país. Pretendia-se que o material fosse provocador, de modo a incentivar e promover o debate. O sentimento que se tem, é que estes assuntos são constantemente ignorados, pelo que é necessário obrigar as pessoas a reflectir sobre o tema e a tomar posições para combater de uma vez por todas estas situações que afugentam as raparigas da escola.
O local escolhido para a intervenção de rua foi nas proximidades da Escola Francisco Manyanga, por ser considerada uma escola modelo que influencia outras na cidade.
Para esta actividade não se informaram as autoridades municipais, uma vez que se considerou que era uma acção de pequeno vulto, localizada num passeio, mas sem interromper a normal circulação de pessoas e viaturas. É de notar que as organizações envolvidas têm uma ampla experiência de manifestações públicas e não se achou que esta acção em particular, pela sua pequena dimensão, pudesse representar risco para a ordem pública e carecesse de prévia informação.
Os acontecimentos do dia 18 de Março
A acção estava marcada para as 11 horas, mas por volta das 10H30 as pessoas começaram a concentrar-se no passeio defronte da escola, estando já presente a polícia, tanto os que se encontravam fardados, como os que estavam à paisana, homens e mulheres.
Foto do Fórum MulherNão foi possível realizar a acção planeada, pela actuação da polícia, que impediu pela força a sua concretização. Os eventos sucederam-se na seguinte ordem:
- Por volta das 10H50 uma das activistas chegou ao local e entregou os cartazes que estavam na sua viatura;
- os cartazes não foram sequer expostos mas colocados em monte no passeio, à espera do início;
- Nesse momento a polícia decidiu agir, recolhendo de imediato os cartazes, alegando falta de permissão e informando que para os recuperar deveriam ir à 7ª esquadra;
- As activistas questionaram essa decisão, mas optaram por continuar com a actividade sem os cartazes, que não eram um componente chave da mesma;
- Nessa altura os polícias começaram a insistir em saber quem eram as organizadoras da actividade, aos gritos, porque pretendiam levá-las para a esquadra. Como a resposta não os satisfazia, porque lhe foi dito que era uma acção concertada por um colectivo de várias organizações e pessoas, os polícias começaram a agarrar as activistas de raça branca que se encontravam presentes e a arrastá-las. Ignoraram as restantes activistas que se encontravam presentes e em maioria;
- Quando as activistas aceitaram que levassem os cartazes, a acção policial abrandou um pouco. Nesse momento o grupo deslocou-se um pouco mais longe no passeio e o grupo de jovens começou a cantar e a dançar, entoando: “Quando as mulheres se unirem, o patriarcado vai cair/Quando as meninas se unirem, o machismo vai cair/ Quando as mulheres se unirem, a violência vai cair/Vai cair, vai cair, vai cair...”;
- Esta canção despoletou uma rápida reacção dos policiais, que buscaram as suas armas nos carros e correram com elas para o grupo de meninas. Estas começaram a fugir, aterrorizadas, dispersando-se e atravessando a estrada de maneira imprudente e perigosa.
- Perante este “assalto” da polícia, um grupo de activistas enfrentou-os, questionando a razão desse comportamento e avisando dos perigos, pois as meninas corriam sem controlo e cheias de medo, podendo ser vítimas de atropelamento;
- Outras activistas tiravam fotos e filmavam para posteriormente denunciarem a violência policial;
- Foi nesta altura que os policiais procederam à detenção de 5 das activistas que mais questionavam ou tiravam fotos e filmavam, tentando retirar os celulares e confiscando as máquinas; foram algemadas;
- No momento em que as levavam para a esquadra, chegaram ao local onde ia decorrer a acção tanques da FIR e carros com cães polícias.
As televisões STV e Miramar encontravam-se presentes e filmaram os acontecimentos. A principal pergunta para as activistas presentes foi saber se tinham autorização, se tinham falado com o director da escola e se este estava informado. Em nenhum momento perguntaram o porquê, nem procuraram conhecer o conteúdo do comunicado.
Os acontecimentos na esquadra
As 5 activistas chegaram por volta das 11H20 à 7ª esquadra, tendo ficados detidas até cerca das 17H30.
Foto do Fórum MulherNa esquadra, foram identificadas, tiraram-lhe os brincos, as pulseiras, os relógios, os celulares e os atacadores das sapatilhas e colocaram-nas numa cela. O policial que as entregou ao oficial de permanência informou que duas activistas de raça branca eram as líderes, enquanto uma terceira era agitadora, e as restantes foram indicadas como tendo feito captação de imagens não autorizadas.
Da cela, mais tarde, vieram retirar as 2 activistas de raça branca, pretendendo que elas falassem com a imprensa. Perante a recusa de uma delas, tentaram forçá-la verbalmente, mas sem sucesso. Aí foram buscar uma outra activista, que falou para a imprensa.
A seguir colocaram-nas de novo na cela e levaram as outras duas. Com estas tentaram uma táctica divisionista, questionando-as porque é que “seguiam” as brancas e ocidentais que não conheciam nem defendiam a “nossa cultura”. Voltaram para a cela cerca de uma hora depois.
Entretanto, outras activistas concentraram-se no exterior da esquadra e informaram desta situação a várias pessoas e instituições. Os polícias de plantão disseram-lhes que as colegas não sairiam naquele dia, porque havia “ordens de cima”.
Alice Mabota, presidente da Liga dos Direitos Humanos, compareceu na 7ª esquadra, onde se informou da situação e intermediou a discussão. Foi-lhe dito que as detidas seriam libertadas de imediato, após a identificação, e ela retirou-se. Nada disso aconteceu.
A procuradora da Cidade de Maputo apresentou-se também na esquadra e veio dialogar com as detidas na cela. Não tendo encontrado nenhum auto feito pela polícia, mandou soltá-las e levou-as para uma sala na esquadra.
Aqui ficou claro que se o crime era de manifestação ilegal (o que era duvidoso visto que se tratava de apresentação de uma peça de teatro), então o procedimento era de registo de identificação simplesmente. O comandante da esquadra recusou-se peremptoriamente a soltar as detidas. Aliás, repetiu inúmeras vezes que ninguém estava detido, mas que deviam ser questionadas.
No meio da discussão que se seguiu, foi apontado mais um crime, neste caso o de atentado ao pudor, pelo conteúdo dos cartazes, que ostentavam palavras como vagina e pénis.
Mais adiante, foi alegado que as detentas usaram de violência contra os policiais e proferiram insultos.
Ao longo de todo o tempo em que as 5 activistas permaneceram detidas, o Comandante da 7ª Esquadra caracterizou-se por um comportamento prepotente e autoritário. Condenou verbalmente as detentas, sem antes ouvir a sua versão dos factos, disse que iriam ficar nas celas até 3ª feira, quando viesse a procuradora revisar os autos, e desobedeceu directamente a esta última, quando ela mandou soltar as activistas, por não haver matéria nem nenhum auto. Este uso arbitrário do poder só é possível porque ele sabe que ficará impune, mostrando assim que as “ordens superiores” que disse ter recebido valem mais do que a lei e a legalidade. Evidenciando, deste modo, que o Estado de direito é uma ilusão.
Alguns dos agentes na esquadra discordavam abertamente das ordens do comandante, manifestando-o em frente às detentas, mas nada puderam fazer.
A soltura das mesmas deu-se cerca das 17H30, depois do regresso de Alice Mabota, da presença de diplomatas do Brasil, da Espanha e da França e de uma representante da ONU Mulheres.
Comportamentos e atitudes que violaram os direitos das detidas e do colectivo que preparam a acção de rua
A polícia estava avisada de antemão da acção que se ia realizar e chegou mesmo antes das activistas se concentrarem, tendo demonstrado um uso excessivo de força perante as poucas dezenas de pessoas, a maioria bastante jovens, que se encontravam pacificamente preparando a sua performance teatral.
Ameaçaram, empurraram e usaram as armas e a força física para dispersar o grupo, embora não admitissem esse facto. Com efeito, chegaram a mentir e a deturpar os acontecimentos, apontando que a violência ocorrera contra eles, perpetrada pelas 5 activistas detidas.
Perante a imprensa, estavam muito interessados em mostrar a presença de activistas de raça branca e estrangeiras, apontado que se tratava de uma acção suspeita, com o argumento já usado muitas vezes, da “mão estrangeira”.
De notar também a confiscação arbitrária de celulares das pessoas que captavam fotos, tendo apagado as mesmas antes da devolução.
Durante todo o processo, não permitiram que as detidas comunicassem telefonicamente com os familiares para informar da sua situação. Não fora a presença das activistas no exterior da esquadra, elas não teriam, tido meios de contactar ninguém.
A defesa da cultura africana como desculpa para retirar direitos
O incidente de violência policial que culminou com a detenção de 5 activistas, no dia 18 de Março, Sexta-feira, trouxe a nu os preconceitos contra a igualdade de direitos das mulheres e o estigma em relação às activistas de direitos humanos. Foi grave. Grave e revelador de que Moçambique, que “vende” uma fachada de democracia e equidade de género, na realidade trata as mulheres e as meninas como categorias a serem controladas, e os seus corpos, como territórios a serem vigiados.
Antes de mais, houve uma insistência da polícia em considerar que eram as activistas de raça branca que lideravam a acção de rua. Tanto assim, que duas das que foram detidas e algemadas eram brancas e estrangeiras. Em seguida, na esquadra, elas foram apresentadas aos jornalistas como as “mandantes” de toda a acção.
No contexto de Moçambique, isso é sintomático da pretensão de atribuir o protagonismo e as reivindicações os direitos humanos das mulheres e crianças a influências do estrangeiro, tentando passar a imagem de que nós, os africanos, vivíamos felizes e contentes antes de vir o Ocidente impor as suas “modas”. É a tal famosa “mão estranha”, várias vezes invocada nos últimos anos para desqualificar demandas e lutas por direitos.
Confirmando isto, duas das activistas detidas, de raça negra, foram chamadas à parte e perguntaram-lhes porque seguiam as estrangeiras, que só queriam destruir a “nossa cultura”.
Para além disso, o comportamento dos polícias foi insultuoso a todos os níveis. A uma das activistas, de 60 anos, foi-lhe dito que deveria era ir para a machamba. Foram tratadas como menores e incapazes mentais, a quem todo o pessoal da esquadra achou por bem ir fazer sermões.
Houve também um excesso de uso de força, desde algemar as detidas até à presença de tanques militares e cães polícias no local da acção.
Este triste episódio confirma o que se vem dizendo há vários anos. A igualdade das mulheres e os direitos das mulheres e crianças em Moçambique ainda não é uma realidade. As pessoas que reivindicam direitos fazem-no no exercício dos seus direitos de cidadania e são um valioso contributo para o aprofundamento da democracia. Muito mal estamos nós se é a polícia que decide quem pode ou não fazer ouvir as suas vozes.
E uma última palavra. As crianças podem ser menores de idade, mas são cidadãos e cidadãs de pleno direito. E ninguém, nem os pais, nem a escola, podem retirar-lhes os direitos que lhes são consagrados pela Constituição e por toda a legislação moçambicana.
As activistas detidas ficaram incomunicáveis
Quando a polícia deteve as 5 activistas antes ainda do início da acção de rua prevista, entendeu que era necessário algemá-las para as encaminhar para a 7ª esquadra. Algumas foram rudemente empurradas para o interior do carro da polícia.
Na esquadra, sem o levantamento de nenhum auto, foram encerradas numa única cela, tendo-lhes antes retirado os celulares, as máquinas fotográficas, os brincos, as pulseiras, e os atacadores das que iam de sapatilhas. As fotos captadas que se encontravam nos celulares foram apagadas.
Quando as detentas reclamaram que deveriam poder comunicar com os familiares, foi-lhes negado esse direito. Se não fosse pelas activistas que concentravam defronte da esquadra e procuravam acompanhar o que sucedia, e comunicavam o que se estava a passar com um grande número de pessoas, elas teriam ficado totalmente isoladas, o que parece que era a intenção.
Perante a crítica da procuradora da cidade de que as activistas não poderiam ser detidas sem a abertura de um auto, o comandante da esquadra recusou-se a libertá-las, dizendo que ia abrir logo o auto.
As detentas foram soltas por volta das 17H30, depois de terem registado os seus dados de identificação.
A violência contra a rapariga na escola é uma realidade que ninguém pode negar
Todos os anos surgem denúncias de violações dos direitos das raparigas na escola, sem que pouco ou nada se faça. O Despacho nº 39 continua a mandar as meninas grávidas para fora da escola ou para o curso nocturno; professores assediam ou violam e ou não são denunciados por medo, ou são simplesmente transferidos para outro estabelecimento de ensino. Esta situação tem gerado um clima de terror, que faz com que as meninas vejam o espaço escolar como algo inóspito e hostil. O Ministério da Educação tem que assumir as suas responsabilidades e pôr fim a esta situação. E não procurar combater a violência que as meninas sofrem às mãos dos professores e colegas, penalizando-as ainda mais e mandando-as taparem-se.
Estes depoimentos foram recolhidos em 2016, com estudantes do sexo feminino que estudam na cidade de Maputo. Os nomes a seguir utilizados são pseudónimos, para garantir a confidencialidade.
Adriana
Quando estava a frequentar a minha décima classe, fui assediada pelo professor da disciplina de História. Partilhei o que estava acontecendo com a minha Directora de turma, que por sua vez levou o caso para a Direcção da Escola.
De seguida, chamaram o professor e fizeram-lhe uma chamada de atenção, mas as investidas dele não pararam e para mostrar que ele é quem mandava na sua disciplina, passou a dar-me notas baixas para poder reprovar-me.
 Sou uma aluna muito esforçada, e consegui boas notas em todas as disciplinas, menos a História, onde fui ao exame com nota baixa e reprovei. Mas como a Direcção da Escola e a minha Directora de turma sabiam do que se passava, fizeram tudo por tudo para que eu fizesse o exame de segunda época, onde fui controlada por outros professores e passei de classe.
 Quando tudo aconteceu, falei para minha mãe e ela apoiou-me muito, mesmo no acto das denúncias fui com ela.
Este assédio sexual, que não chegou a concretizar-se em uma violência sexual, deixou marcas profundas em mim e quase que interveio nos meus sonhos. Sonho em cursar relações internacionais desde criança e até hoje é o meu sonho. No entanto, chegou um momento em que estava para desistir, pois para fazer exame de admissão tem-se prestar provas na disciplina de História e Português e eu estava odiando História por causa do meu professor.
A minha mãe, mais uma vez, desempenhou um papel importante, para que eu continuasse com este sonho, quer aconselhando-me, quer dando-me apoio.
Sofri assédio sexual, mas sempre vesti do jeito que estou hoje, nunca pus roupa curta e nem apertada. Isso para dizer que o assédio sexual, a violência que as crianças, as adolescentes, as mulheres jovens, as adultas e as idosas sofrem não tem nada a ver com a roupa, mas sim com os comportamentos de alguns homens, que infelizmente são a maioria.
Maria
Na semana antepassada, passei mal e o professor autorizou que duas das minhas colegas me levassem para casa. Só que nesse dia ele deu trabalho em grupo e quando chegamos à aula seguinte, procuramos grupos para nos encaixar. Duas de nós conseguimos e uma não.
Na aula seguinte, professor perguntou se nós conseguimos os grupos para fazer parte, dissemos que sim, só que uma das colegas disse que não conseguiu entrar para um grupo, porque me tinha acompanhado para casa. Eu não sabia que ela não tinha conseguido.
Aí o professor começou a insultar-me, chamou-me nomes e por fim disse que iria tirar o meu nome no trabalho em grupo. Riscou o meu nome na minha frente e depois disse que eu tinha zero no teste, pois ele me proibiu de fazer. Eu só calei, acho que já chumbei. Só nesse dia recebi dois castigos, pois o professor da aula anterior também me deu carolos na cabeça, perdi a conta, por que a direcção não lhe informou que eu estaria numa formação.
Helena
Na escola temos todos os tipos de professores, bons e maus, mais os piores são os professores de Educação Física, Química, Biologia, estes batem-nos e falam coisas que nós como alunas não gostamos.
Quando vamos ao quadro e não conseguimos fazer correctamente o exercício, quando não conseguimos resolver por completo o trabalho de casa ou temos falta de algum material, os professores usam o apagador para nos bater na ponta dos dedos das mãos, independentemente de ter unhas e isso dói e muito.
Outros professores mandam-nos abraçá-los e depois beliscam-nos com muita força. Uma colega nossa, que só trazia camisa de uniforme e não blusa ou camisete por dentro, até saiu ferida.
Outros professores, como castigo, beliscam-nos os seios com muita força e não podemos chorar.
Também para nos castigar, tem professores que levam canetas, juntam com a nossa orelha e começam a beliscar-nos.
Mas o pior é o professor de Educação Física, que para além dos nos chamar de pessoas grandes, de nos chamar de órgãos genitais, femininos e masculinos, usando os próprios nomes, quando é para nos punir a nós meninas, manda afastar as pernas e bate nos nossos órgãos sexuais. Isso é de forma geral.
Paula
O corte que provocou essa cicatriz grande na minha face aconteceu em 2014. Quando ingressei para a 8ª classe fui colocada para estudar na Escola Secundaria da Polana, mas no curso nocturno. O meu irmão fez a matrícula e, no primeiro dia de aulas, fui à escola. Quando terminaram as aulas, cerca das 22 horas, fui para a paragem para apanhar o chapa para voltar para casa. Chegado lá, três moços, não sei se me seguiram, disseram para eu entregar o telefone e eu respondi que não tinha. De seguida, eles começaram a espancar-me e depois partiram garrafas e cortaram a minha face. Fui salva por um senhor que me levou para o hospital central e recebi tratamento.
 Fiquei aquele ano sem estudar, o ano passado também, só agora é que vocês me convenceram a voltar e me deram apoio é que consegui. Pois tinha e continuo tendo muito medo de voltar a passar pela mesma violência. O que fazer?
Por Fórum Mulher

EY: Este grupo "Forum Mulher" liderada pelas brasileira e espanhola, não tem nada com a defesa das meninas tão pouco lutar contra o machismo ou violações sexuais, a não ser levar as famílias moçambicanas a um descontrole total assim como acontece no brasil e espanha.  Na espanha os pais abandonaram o seu papel de educar os seus filhos. tudo é permitido. é normal meninas até mulheres maiores sair a rua com uma blusa que deixa a calcinha fora. Tudo isso, em nome de liberdade. Se querem o bem das meninas, que lhes eduquem a respeitar o seu corpo. Devem saber que estão numa sociedade que tem um modo de viver e conviver diferente de lá donde vêm. Promover a mulher consiste em assediar a elas a pôr saias curtas, é essa a educação que querem com as meninas? que tipo de sociedade estão a preparar para o futuro. Espero que o governo moçambicano não baixe o braço de ferro contra esta acção......