"Deus criou as pessoas para amarmos e as coisas para usarmos, porque então amamos as coisas e usamos as pessoas?"



quarta-feira, 27 de março de 2013

A riqueza não se distribui – defende Sociologo Helder Jauana

O SOCIOLOGO e analista politico Hélder Jauana, é muito critico relativamente as correntes de opinião tanto oficiais quanto da sociedade civil que insistem em como a riqueza deve ser distribuída.

Numa entrevista concedida ontem ao “ Noticias”, aquele académico defendeu que o que um país faz,  é apenas redistribuir o rendimento produto do esforço dos seus cidadãos. Na conversa com o nosso jornal cujo mote foi a recente sessão do Comité Central do partido no Governo, Jauana também fala duma Frelimo monolítica e chama atenção para a serenidade com que os moçambicanos devem lidar com a questão dos recursos naturais:

NOTICIAS(NOT)- No seu mais recente pronunciamento público, o Presidente da Frelimo, Armando Guebuza, elegeu o diálogo como a palavra chave do seu discurso aos membros do Comité Central. Que mensagem acha que o presidente pretendia fazer passar ao insistir na questão do diálogo?
HÉLDER JAUNA (HJ) - A questão do dialogo eu penso que tem duas vertentes. Primeiro tratava-se de uma reunião do Comité Central e, o       Presidente da Frelimo, que é o Presidente da República, estava a fazer um discurso para dentro do partido na qual, de certeza, insistia nos militantes, que é importante que haja diálogo entre os militantes, no caso, e entre os militantes e os cidadãos que não são nem militantes nem simpatizantes da Frelimo. Este é um primeiro aspecto.  O segundo aspecto tem a ver com uma mensagem para fora. Muitas vezes  tem sido acusado por alguns sectores da sociedade e por alguns fazedores da opinião publica, que o Chefe de Estado está pouco dialogante e ele insiste neste aspecto, e chama a atenção que o dialogo é um aspecto importante para se fazer democracia, e que devem os militantes da Frelimo, em particular, e os moçambicanos, no geral, insistir no diálogo para ultrapassar todas as diferenças que eles tem. Penso que esta questão do diálogo tem estas duas vertentes, a vertente mensagem interna e uma vertente mensagem externa ao partido. É preciso também não perder de vista que um dos aspectos que foi discutido foi a avaliação dos municípios e, na avaliação feita, alguns militantes fizeram as suas observações sobre a forma como alguns edis estiveram a dirigir os municípios, e, esta questão do diálogo,  e bem tomada pelo Chefe do Estado,  e que surge em momento oportuno, tanto para dentro do partido assim como para fora, momento em que nos estamos a viver uma situação politica calma, mas também tensa pelo facto de a Renamo fazer constantes ameaças de retorno a guerra, por isso esta componente de discurso para fora também veio a calhar muito bem.

NOT- Mas no Congresso de Pemba, algumas vozes foram citadas a questionar algum défice de diálogo no seio da Frelimo…
HJ - Eu penso que este reparo não faz sentido. Eu, tal como milhares de moçambicanos, tive a oportunidade de assistir as transmissões televisivas do Congresso, ver os vários espaços em que os membros da Frelimo discutem os seus problemas internos e os problemas de governação do país, e eu penso que em qualquer partido político há aquilo que eu chamo espaço e campo de debate político. Para mim, oiço sectores a falarem sobre isso, mas é estranho que aquando do Congresso que nós vimos a transmissão a nível nacional, as mesmas pessoas que fazem esse tipo de discurso, tiveram a oportunidade de falar e não falaram. Então eu não consigo perceber o tal défice de dialogo, ou o medo de falar. O que acontece, do meu ponto de vista, é que no seio dos partidos políticos existem tendências internas, algumas dessas pessoas podem ter uma visão de direcção e de condução dos destinos da Frelimo diferente da que tem o actual Presidente do partido. Mas o que é importante é que as pessoas que assim pensam diferente, nos órgãos a que participam, coloquem a sua visão. Eu penso que um partido se faz assim e amadurece assim, e não com falas fora do órgão. Eu costuma dizer as pessoas que em qualquer que seja o grupo ou movimento social ou político, ninguém transforma os grupos nem os movimentos políticos por fora. Se quer fazer alguma transformação faca parte destes grupos , coloque a sua visão , o seu caminho e penso que estes militantes que tem esta perspectiva que é plausível, devem falar nos órgãos e isso contribuirá para que a Frelimo se fortaleça e passe também uma imagem para fora de que as pessoas falam nos órgãos e que não estão receosas em falar. Eu penso que há mais receio e não creio que seja um receio por causa de uma possível sanção, mas aquilo que alguns sociólogos dizem ser o medo de falar ou a auto – censura individual. Ninguém faz a censura, mas eu acho que se eu falar , aquilo vai cair mal mas, se eu falasse aquilo cairia bem, e esta ‘e a grande questão das pessoas. Elas próprias se auto-censuaram e ninguém as censura.

NOT- E como enquadrar a postura de algumas figuras da Frelimo algumas das quais ex-governantes que, por via da imprensa, ou em debates fora dos órgãos, manifestam o seu desacordo a governação do dia?
HJ - A critica é bem vinda em qualquer que seja o espaço. Esses antigos membros do Governo teem espaços nos quais intervêm dentro dos órgãos do partido e também teem outros  espaços de intervenção porque eles não deixam de ser cidadãos e , por via disso, participam em vários espaços nos quais se discutem politica e emitem os seus juízos de valor e de facto em relação a várias situações do país. Não creio que seja mau que antigos governantes façam a sua avaliação crítica a actual governação. Mas creio que é importante em qualquer grupo que, primeiro, façam a critica dentro do partido porque isso fortalece qualquer organização política, quando os seus militantes primeiro fazem a critica dentro dos órgãos do partido, e também quando fazem fora, fazem-no com alguma responsabilidade política. Isto porque um antigo governante quando fala ele mobiliza pessoas, tem um grupo de gente com a qual simpatiza com ele,  sejam  militantes ou não do partido, e ele quando fala, fala com autoridade que as pessoas vem que ele tem legitimidade para falar e, se fala, por mais que esteja a dizer coisas que não acontecem as pessoas dão credito aquilo que ele fala. Eu penso que não é de todo mau que as pessoas falem para os órgãos de comunicação social , mas para qualquer organização é importante que um antigo dirigente também faca primeiro a critica dentro da organização , e quando o faz fora, os militantes sabem que ele já fez dentro, esta é a perspectiva dele e que não é uma questão de desqualificação ou desvalorização de quem esteja a governar , e quem está a governar também sente que o antigo dirigente já me colocou esta critica nos órgãos, e  está a fazer fora também com a responsabilidade politica, também sem desqualificar a forma como a pessoa que esteja a dirigir esteja no momento.

NOT-  Que análise faz sobre o pronunciamento de certos sectores internos do partido que defendem existir uma Frelimo de Mondlane, de Samora, outra de Chissano e a actual de Armando Guebuza?
HJ - Eu creio que não existe uma Frelimo um dois e três, uma Frelimo de Mondlane, de Samora, de Chissano e de Guebuza. Do meu ponto de vista existe uma Frelimo que, em função da conjuntura e da estrutura que ela enfrenta se vai adaptando e vai reagindo aos estímulos internos provocados pelos seus militantes, e externos provocados pela sociedade e pela mudança que a sociedade vai tendo. E existe uma Frelimo que, em função do líder que esteja na altura, vai marcar um estilo de governação, um estilo de lidar com os militantes. Não creio tanto que exista uma Frelimo de Chissano. Mas é importante que não se pense que a Frelimo é monolítica, um partido que tem militantes que pensam da mesma forma, um partido que tem militantes que seguem apenas uma visão do mundo. A Frelimo é um partido que tem pessoas que pensam sobre a politica de forma diferente , que pensam sobre o desenvolvimento nacional de forma diferente, mas que, quando estão nos órgãos e os órgãos decidem sobre o caminho que ela deve trilhar, assumem que este é o caminho que ela deve trilhar, o que não quer dizer que não tenham essas pessoas  nos órgãos, apresentado uma forma diferente de seguir o caminho. Nenhum partido é monolítico. O mais importante é que estas coloquem a sua visão de governação, de desenvolvimento, de gestão de  recursos naturais dentro dos órgãos, e mostrem e encontrem consensos dentro do próprio partido Frelimo para que, tal como sempre, haja um comando que todos os militantes sigam, mesmo aqueles que tenham apresentado uma visão diferente. Eu tenho medo de pessoas que podem pegar em armas e lutarem para defender uma ideia, por mais errada que ela seja. Essas pessoas são perigosas. Quando se discute uma visão do pais é preciso ser-se razoável e muitas vezes assumir que a posição dos meus correligionários neste momento é a mais sensata em função das condições em que nos vivemos. As pessoas teem que saber perder e reconhecer que as pessoas pensam diferente. Continue lendo aqui.

“Não precisamos de um patrão estrangeiro”

Comité Central da Frelimo.
Armando Guebuza diz no seu discurso de encerramento do CC que alguns “moçambicanos se sentem carentes de um patrão estrangeiro”, mas “é  preciso que nós demonstremos que já estamos livres e independentes”.
Encerramento da 2ª Sessão do Comité Central da Frelimo
O capítulo fundamental do discurso de encerramento de Guebuza foi o diálogo, mas o presidente da Frelimo não podia terminar sem dizer uma das suas máximas e criticar os que têm uma visão diferente e até antagónica.  Desta vez foi para os críticos ao empresariado nacional e ao surgimento de “patrões” muitas vezes associados ao poder político.
A estes críticos, Guebuza tem uma palavra: a todos os que “se sentem carentes de patrão, um patrão que deve ser necessariamente estrangeiro, nós já somos um Moçambique livre e independente, um país cujo patrão é o maravilhoso povo moçambicano. Repetimos, nós não precisamos de um patrão estrangeiro.”
Se por um lado, Guebuza exalta o heroismo da conquista da pátria das mãos do colonialista português, por outro, defende que é importante que haja “patrões” em Moçambique e que esses sejam moçambicanos e não estrangeiros. Quem se opõem a isso, com certeza, sente-se melhor governado por estrangeiros ou trabalhando para estes.
Guebuza falava ontem na Escola Central do Partido Frelimo, na Matola, por ocasião do encerramento da II Sessão Ordinária do Comité Central da Frelimo.
DIÁLOGO COMO ESTRATÉGIA ELEITORAL
Imbuído pela sua veia poética, Guebuza “dissertou” também sobre o diálogo como elemento para as vitórias do partido nos pleitos eleitorais de 20 de Novembro próximo.
Diz Guebuza que “talvez haja quem não se tenha ainda apercebido, mas a Frelimo faz o que faz, dinamiza a população no dia-a-dia porque tem uma agenda. Os nossos dirigentes, a todos os níveis, têm uma agenda de trabalho que dá substância e relevância ao diálogo em que se engajam com os nossos militantes e com o maravilhoso povo. Repetimos, a Frelimo tem uma agenda”.

Renamo mobiliza seus membros para boicotarem eleições deste ano  

Eleições autárquicas 2013.
Mais do que se abster de participar nas eleições deste ano, a Renamo diz que não vai permitir que haja recenseamento eleitoral e muito menos eleições autárquicas
A Renamo juntou os seus membros e simpatizantes, no último fim-de-semana, na cidade da Beira, para lhes informar que não se devem recensear para as eleições deste ano.
O objectivo é boicotar as eleições autárquicas deste ano e as gerais do próximo, alegando que a lei eleitoral recentemente aprovada é uma farsa.
De acordo com Horácio Calavete, chefe da mobilização da Renamo ao nível da cidade da Beira, o seu partido levará a sério esta decisão. 
“não estamos a dizer que não vamos concorrer às eleições deste ano. Estamos a dizer que não permitiremos que haja recenseamento eleitoral e muito menos eleições autárquicas deste ano e gerais do próximo ano. A Frelimo e a CNE estão a brincar connosco. Para nós, a lei aprovada pela Assembleia da República não passa de um documento que visa oficializar o roubo de votos”.
Para a Renamo, as eleições estão a ser preparadas pelo partido Frelimo com o fim único de legitimizar a sua permanência nos municípios em que está a governar. “portanto, ciente disto, apelamos esta mesma Frelimo a ir realizar estas eleições fora do território nacional, numa ilha ou espaço aéreo que não seja de Moçambique”.
Calavete foi mais longe nas suas palavras. Garantiu que se as forças de lei e ordem forem chamadas a intervir para impedir uma manifestação que está a ser preparada pelo seu partido,  os antigos guerrilheiros da “perdiz” serão chamados a intervir.
“Se a Frelimo usar a sua FIR para tentar impedir que nos manifestemos contra os processos eleitorais que se avizinham, usando para tal a força, tal como tem feito, agiremos pela mesma medida. Os nossos militares não irão perdoar”.

Yutongs de Zucula estão avariados e vão a abate

 
 


Estado gastou 3,5 milhões para autocarros que só duraram 6 anos.
Consumou-se o que já estava previsto: quase todos os autocarros de marca chinesa Yutong, adquiridos entre 2006 e 2007 pelo governo através da extinta Transportes Públicos de Maputo, estão avariados e a companhia quer desfazer-se das viaturas.
A actual Empresa Municipal de Transportes Públicos de Maputo (EMTPM) lançou ontem, no jornal Notícias, um anúncio de abate, onde torna público que vai proceder à alienação de 33 autocarros e três viaturas ligeiras, todos imobilizados.
Dos 33 autocarros, 25 são de marca Yutong, importados da China, com fundos públicos nos últimos sete anos.
A ideia era atacar a gritante falta de transporte de passageiros nas cidades de Maputo e Matola. Mas o que parecia um alívio tornou-se um pesadelo e um enorme fardo. Cada um dos autocarros custou 141 mil dólares norte-americanos, totalizando cerca de 3,5 milhões de dólares. O dinheiro foi investido para adquirir viaturas que só duraram seis a sete anos.
Ora, neste momento, a Empresa Municipal de Transportes Públicos de Maputo dispõe de viaturas que foram adquiridas antes dos Yutongs e circulam normalmente entre as cidade de Maputo e Matola. 
MÁ GESTÃO
No fundo, o negócio de compra dos autocarros vem demonstrar, acima de tudo, um problema de gestão. Até antes da aquisição do primeiro lote não existia nenhum Yutong no mercado moçambicano, nem alguma agência especializada para garantir a manutenção ou fornecimento de acessórios desta marca.
Fonte segura garantiu, ontem, ao “O País” que em toda a África Austral nenhum país, incluindo a vizinha África do Sul, dispõe de uma empresa de manutenção daqueles veículos. 
Em 2007, um dos autocarros movidos a gás ficou completamente destruído quando pegou fogo junto às bombas de fornecimento de gás localizadas em Beluluane, província de Maputo.
O incêndio resultou de um erro técnico do agente (empresa Técnica Industrial) que, por causa disso, teve de compensar ao Estado.
Na impossibilidade de adquirir um outro autocarro, a Técnica Industrial pagou à empresa TPM em dinheiro.
A falta de acessórios em Moçambique foi determinante para a companhia desistir dos autocarros. Em 2008, os vidros de algumas viaturas ficaram danificados com as manifestações de 5 de Fevereiro e, não existindo na região local para obter os mesmos (vidros), a empresa teve de os comprar na China, aguardando a sua chegada a Maputo durante semanas.
Além de pagar 3, 838 dólares americanos por cada um dos dois vidros, a empresa foi orçada a arcar com todos os custos inerentes ao processo de importação destes bens.

Municípios na Hora de Balanço

Este articulo não é meu, tirei do Reflectindo Moçambique. Achei que talvez pode interessar alguns de vós. como sempre cada está livre de comentar o que achar conveniente.

Municípios na Hora de Balanço


Dizei e confessai que durante os cinco anos que terminam nada ou pouco fizeram. É por isso que continuamos com os buracos por todo o lado nas nossas urbes.

Redimi-vos e entreguem-se à justiça do povo nos próximos pleitos eleitorais, porque pouca ou nenhuma promessa cumpriram durante os cinco anos de gorvernação ora em agonia.

Dizei e aceitai que a competência esteve longe das vossas capacidades. Por isso o saneamento do meio deficientemente crónico  continua a brilhantar os munícipes em todas as artérias das nossas cidades.

Preparai-vos para ouvir o grito do povo a dizer:

Arão Nhancale, FORA!
David Simango, FORA!
César de Carvalho, FORA!
(....)

Queremos Cuamba livre de Lixo
Queremos Montepuez livre de tudo o que imundice e desorganização!
Queremos Mocímboa da Praia livre da ganância e da corrupção
Queremos Vila Ulongwe livre da anarquia
Quremos Angoche livre da sede de Água Potável
Queremos, queremos!

Só escaparão alguns e poucos se nos partidos não houver uma
mão dura de substituir-vos e/ou de fraúde!

SINCERAS DESCULPAS A TODOS NOSSOS SEGUIDORES E LEITORES PELO SILENCIO


Ekekhayi Yowani vem por este meio pedir desculpas a todos vós que gentilmente leem e fazem comentários neste blog as nossas desculpas pelo facto de não ter dito nada. por varias circunstancias teve que parar quase desde Dezembro.
voltares ao ar e pior com as eleições que se avizinham estaremos sempre a trazer as actualizações. Desde ja nossos agradecimentos pela compreensão.
Abraços